MUNDO
"ESPANHA DECIDE DESTITUIR O GOVERNO CATALÃO E LIMITAR PODER DO PARLAMENTO"
"Medidas serão submetidas ao Senado; entre as propostas, estão eleições em seis meses"
MADRI - Depois de se reunir com seus ministros desde as 10h da manhã (6h no horário de Brasília) deste sábado, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou que o governo regional autônomo da Catalunha será destruído, as funções do Parlamento da região passarão a ser limitadas e novas eleições serão realizadas 'em um prazo máximo de seis meses'.
Em primeiro lugar, o governo espanhol solicitará ao Senado que autorize o afastamento de Carles Puigdemont, presidente atual da Catalunha que luta por independência, e todos os seus conselheiros. Haverá, também, limitação dos poderes dos membros do Parlamento. A proposta dele é que qualquer decisão do governo catalão deve, de agora em diante, submeter-se ao governo central - e Rajoy terá poder de veto.
- Não estamos retirando a autonomia da Catalunha, apenas afastando os governantes - afirmou o chefe do governo, em anúncio feito logo após a reunião com o conselho de ministros.
A isso se seguirá a convocação de novas eleições. Rajoy disse que essas medidas são necessárias 'porque nenhum governo democrático pode tolerar que a lei seja violada'."
"SAIBA QUEM SÃO OS PROTAGONISTAS DA CRISE POLÍTICA ENTRE CATALUNHA E ESPANHA"
"O conselho extraordinário de ministros foi instaurado em Madri, e o conjunto de medidas que eles montaram sobre a região catalã será encaminhado ao Senado até o final do mês.
Para renovar a câmara dos deputados atual, dominada pelos separatistas, Rajoy disse que proporá ao Senado assumir a competência para dissolver o parlamento regional e convocar as eleições, função que hoje está nas mãos do presidente da Catalunha."
"Os senadores ainda precisam autorizar a aplicação das propostas. A pretensão dos ministros é 'restaurar a ordem constitucional', palavras de um governo que busca acabar com a crise institucional mais séria da era democrática, iniciada com a morte do ditador Francisco Franco, em 1975.
O governo da Espanha recebeu apoio da União Europeia, que também não vê com bons olhos a tentativa de separação da Catalunha.
Poucas horas antes do anúncio de novas eleições na região, os dirigentes máximos do país elevaram o tom: o rei Felipe VI denunciou 'uma inaceitável tentativa de secessão', enquanto o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que chegou-se 'a uma situação limite'."
Notícia retirada do site O GLOBO, 21 de outubro de 2017 (Acesso: 21/10/2017)
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