GRAMÁTICA: O PORTUGUÊS DIFERENTE DA FALA
Você sabe o que significa a palavra Gramática? Segundo o dicionário da Língua Portuguesa MICHAELIS, é o estudo dos elementos de uma língua (sons, formas, palavras, construções e recursos expressivos); ou seja, a Gramática nada mais é do que compreender as regras que compõem a estruturação do idioma falado, no nosso caso, a Língua Portuguesa. Nesta nova série de estudo chamada GRAMÁTICA: O PORTUGUÊS DIFERENTE DA FALA, iremos aprender que a escrita é muito diferente do modo como falamos, e sabemos o porque isso acontece. Convido-os agora, a aventurar-se na complexidade de um idioma chamado português, que é a quinta língua mais falada do hemisfério, tendo nove países utilizando-a como idioma oficial.
A partir de agora, vamos estudar sobre a classe de palavras. Mas você sabe do que se trata? Então vamos explicar. Classe gramatical ou classe de palavras é o nome dado ao conjunto que classifica uma palavra, baseando-se na sua estrutura sintática e morfológica.
Na língua portuguesa, existem dez classes gramaticais, que são subdivididas entre classes gramaticais variáveis e invariáveis.
As classes gramaticais variáveis são conhecidas por: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo e artigo.
Já as classes gramaticais invariáveis são constituídas pelo: advérbio, conjunção, interjeição e as adposições (proposição e circumposição).
Quando se diz que uma classe gramatical é variável, significa que possui a capacidade de se flexionar, ou seja, assumir forma de plural ou singular, masculino ou feminino e etc.
Já as invariáveis são estatísticas, ou seja, não sofrem flexões em suas estruturas.
A morfologia é a área de estudo especializada nas classes gramaticais, ou seja, em como as palavras são formadas e suas características sintáticas e morfológicas.
Nessa primeira matéria, vamos falar sobre o substantivo. Leia a seguir:
A partir de agora, vamos estudar sobre a classe de palavras. Mas você sabe do que se trata? Então vamos explicar. Classe gramatical ou classe de palavras é o nome dado ao conjunto que classifica uma palavra, baseando-se na sua estrutura sintática e morfológica.
Na língua portuguesa, existem dez classes gramaticais, que são subdivididas entre classes gramaticais variáveis e invariáveis.
As classes gramaticais variáveis são conhecidas por: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo e artigo.
Já as classes gramaticais invariáveis são constituídas pelo: advérbio, conjunção, interjeição e as adposições (proposição e circumposição).
Quando se diz que uma classe gramatical é variável, significa que possui a capacidade de se flexionar, ou seja, assumir forma de plural ou singular, masculino ou feminino e etc.
Já as invariáveis são estatísticas, ou seja, não sofrem flexões em suas estruturas.
A morfologia é a área de estudo especializada nas classes gramaticais, ou seja, em como as palavras são formadas e suas características sintáticas e morfológicas.
Nessa primeira matéria, vamos falar sobre o substantivo. Leia a seguir:
SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, passarinho, abraço, quadro, universidade, saudade, amor, respeito, criança.
Os substantivos exercem, na frase, as funções de: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto e vocativo.
Os substantivos classificam-se em:
➥ Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie: menina, piano, estrela, rio, animal, árvore.
➥ Próprios: referem-se a um ser em particular: Brasil, América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.
➥ Concretos: são aqueles que têm existência própria; são independentes; reais ou imaginários: mãe, mar, água, anjo, mulher, alma, Deus, vento, DVD, fada, criança, saci.
➥ Abstratos: são os que não têm existência própria; dependem sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, justiça. Os substantivos abstratos podem ser concretizados dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana (caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caça, neste caso, refere-se ao animal, portanto, concreto).
➥ Simples: como o nome diz, são aqueles formados por apenas um radical: chuva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra, flor, mar, cabeça.
➥ Compostos: são os que são formados por mais de dois radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia, pão de ló, para raio, sem-terra, mula sem cabeça.
➥ Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; vieram primeiro, deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, mês, queijo, chave, chuva, pão, trovão, casa.
➥ Derivados: são formados de outra palavra já existente; vieram depois, padeiro, trovoada, casarão, casebre.
➥ Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando, povo, frota, batalhão, biblioteca, constelação.
Eis alguns substantivos coletivos: álbum - de fotografias; alcateia - de lobos; antologia - de textos escolhidos; arquipélago - ilhas; assembleia - pessoas; professores; atlas - cartas geográficas; banda - de músicos; bando - de aves, de crianças; baixela - utensílios de mesa; banca - de examinadores; biblioteca - de livros; biênio - dois anos; bimestre - dois meses; boiada - de bois; cacho - de uva; cáfila - camelos; caravana - viajantes; cambada - de vadios, malditos; cancioneiro - de canções; cardume - de peixes; casario - de casas; código - de leis; colmeia - de abelhas; código - de leis; concílio - de bispos em assembleia; conclave - de cardeais; confraria - de cortejo - acompanhantes em comitiva; discoteca - de discos; elenco - de atores; enxoval - de roupas; fato - de cabras; fornada - de pães; galeria - de quadros; hemeroteca - de jornais, revistas; horta - de invasores; iconoteca - de imagens; irmandade - de religiosos; mapoteca - de mapas; milênio - de mil anos; miríade - de muitas estrelas, insetos; nuvem - de gafanhotos; panapaná - de borboletas em bando; penca - de frutas; pinacoteca - de quadros; piquete - de grevistas; plêiade - de pessoas notáveis, sábios; prole - de filhos; quarentena - quarenta dias; quinquênio - cinco anos; renque - de árvores, pessoas, coisas; repertório - de peças teatrais, música; resma - de quinhentas folhas de papel; século - de cem anos; sextilha - de seis versos; tríduo - período de três dias; triênio - de três pessoas, três versos; tríduo - período de três dias; triênio - período de três anos; tropilhas - de trabalhadores, alunos; vara - de porcos; videoteca - de videocassetes; xiloteca -de amostras de tipos de madeiras.
Os substantivos classificam-se em:
➥ Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie: menina, piano, estrela, rio, animal, árvore.
➥ Próprios: referem-se a um ser em particular: Brasil, América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.
➥ Concretos: são aqueles que têm existência própria; são independentes; reais ou imaginários: mãe, mar, água, anjo, mulher, alma, Deus, vento, DVD, fada, criança, saci.
➥ Abstratos: são os que não têm existência própria; dependem sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, justiça. Os substantivos abstratos podem ser concretizados dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana (caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caça, neste caso, refere-se ao animal, portanto, concreto).
➥ Simples: como o nome diz, são aqueles formados por apenas um radical: chuva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra, flor, mar, cabeça.
➥ Compostos: são os que são formados por mais de dois radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia, pão de ló, para raio, sem-terra, mula sem cabeça.
➥ Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; vieram primeiro, deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, mês, queijo, chave, chuva, pão, trovão, casa.
➥ Derivados: são formados de outra palavra já existente; vieram depois, padeiro, trovoada, casarão, casebre.
➥ Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando, povo, frota, batalhão, biblioteca, constelação.
Eis alguns substantivos coletivos: álbum - de fotografias; alcateia - de lobos; antologia - de textos escolhidos; arquipélago - ilhas; assembleia - pessoas; professores; atlas - cartas geográficas; banda - de músicos; bando - de aves, de crianças; baixela - utensílios de mesa; banca - de examinadores; biblioteca - de livros; biênio - dois anos; bimestre - dois meses; boiada - de bois; cacho - de uva; cáfila - camelos; caravana - viajantes; cambada - de vadios, malditos; cancioneiro - de canções; cardume - de peixes; casario - de casas; código - de leis; colmeia - de abelhas; código - de leis; concílio - de bispos em assembleia; conclave - de cardeais; confraria - de cortejo - acompanhantes em comitiva; discoteca - de discos; elenco - de atores; enxoval - de roupas; fato - de cabras; fornada - de pães; galeria - de quadros; hemeroteca - de jornais, revistas; horta - de invasores; iconoteca - de imagens; irmandade - de religiosos; mapoteca - de mapas; milênio - de mil anos; miríade - de muitas estrelas, insetos; nuvem - de gafanhotos; panapaná - de borboletas em bando; penca - de frutas; pinacoteca - de quadros; piquete - de grevistas; plêiade - de pessoas notáveis, sábios; prole - de filhos; quarentena - quarenta dias; quinquênio - cinco anos; renque - de árvores, pessoas, coisas; repertório - de peças teatrais, música; resma - de quinhentas folhas de papel; século - de cem anos; sextilha - de seis versos; tríduo - período de três dias; triênio - de três pessoas, três versos; tríduo - período de três dias; triênio - período de três anos; tropilhas - de trabalhadores, alunos; vara - de porcos; videoteca - de videocassetes; xiloteca -de amostras de tipos de madeiras.
REFLEXÃO DO SUBSTANTIVO
Observe que o poema apresenta vários substantivos e apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo).
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. A regra para a reflexão do gênero é a troca de o por a, ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra.
FORMAÇÃO DO FEMININO
O feminino se realiza de três modos:
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha/mestre, mestra/leão, leoa;
- Acrescentando-se ao masculino a desinência "a" ou um sufixo feminino: autor, autora/ deus, deusa/ cônsul, consulesa/ cantor, cantora/ reitor, reitora.
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical diferente: pai, mãe/ homem, mulher/ boi, vaca/ carneiro, ovelha/ cavalo, égua.
Observe como são formados os femininos: parente, parenta/ hóspede, hospeda/ monge, monja/ presidente, presidenta/ gigante, giganta/ oficial, oficiala/ peru, perua/ cidadão, cidadã/ aldeão, aldeã/ ancião, anciã/ guardião, guardiã/ charlatão, charlatã/ escrivão, escrivã/ papa, papisa/ faisão, faisoa/ hortelão, horteloa/ ilhéu, ilhoa/ mélro, mélroa/ folião, foliona/ imperador, imperatriz/ profeta, profetisa/ píton, pitonisa/ abade, abadessa/ czar, czarina/ perdigão, perdiz/ cão, cadela/ pigmeu, pigmeia/ ateu, ateia/ hebreu, hebreia/ réu, ré/ cerzidor, cerzideira/ frade, freira/ frei, sóror/ rajá, rani/ dom, dona/ cavaleiro, dama/ zangão, abelha/
SUBSTANTIVOS UNIFORMES
Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para ambos os gêneros: dentista, vítima. Os substantivos uniformes dividem-se:
➥ Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer se refiram ao macho ou à fêmea - jacaré macho ou fêmea/ a cobra macho ou fêmea/ a formiga macho ou fêmea.
➥ Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: o, a intérprete/ o, a colega/ o, a médium/ o, a personagem/ o, a cliente/ o, a fã/ o, a motorista/ o, a estudante/ o, a artista/ o, a repórter/ o, a manequim/ o, a gerente/ o, a imigrante/ o, a pianista/ o, a rival/ o, a jornalista.
➥ Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para homem ou mulher: a criança (menino, menina)/ a testemunha (homem, mulher)/ a pessoa (homem, mulher)/ o cônjuge (marido, mulher)/ o guia (homem, mulher)/ o ídolo (homem, mulher).
Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o gênero: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital (dinheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia (documentação); o moral (ânimo) - a moral (ética); o grama (peso) - a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rádio (aparelho) - a rádio (emissora); o crisma (óleo salgado) - a crisma (sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleireira); o cura (vigário) - a cura (ato de curar); o lente (prof. Universitário) - a lente (vidro de aumento); o língua (intérprete) - a língua (órgão, idioma); o voga (o remador) - a voga (moda).
Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o plasma, o estigma.
São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em - ma: o dilema, o teorema, o emblema, o trema, o eczema, o edema, enfisema, o fonema, o anátema, o tracoma, o hematoma, o glaucoma, o aneurisma, o telefonema, o estratagema.
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rés, a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, a Xerox, a aguardante.
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS
Há várias maneiras de se formar o plural dos substantivos. Acrescentam-se:
➞ S - aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: povo, povos/ feira, feiras/ série, séries.
➟ S - aos substantivos terminados em N: líquen, líquens/ abdômen, abdômens/ hífen, hifens. Também: líquenes, abdômenes, hífenes.
➞ ES - aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes/ motor, motores/ mês, meses. Alguns terminados em R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores/ caráter, caráteres/ sênior, seniores.
➞ IS - aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, jornais/ sol, sóis/ túnel, túneis/ mel, meles/ méis. Exceções: mal, males/ cônsul, cônsules/ real, réis (antiga moeda portuguesa).
➞ ÃO - aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: cidadão, cidadãos/ irmão, irmãos/ mão, mãos.
Trocam-se:
➞ ão por ões: botão, botões/ limão, limões/ portão, portões/ mamão, mamões.
➞ ão por ãe: pão, pães/ charlatão, charlatães/ alemão, alemães/ cão, cães.
➞ il por is (oxítonas): funil, funis/ fuzil, fuzis/ canil, canis/ pernil, pernis, e por EIS (Paroxítonas): fóssil, fósseis/ réptil, répteis/ projétil, projéteis.
➞ m por ns: nuvem, nuvens/ som, sons/ vintém, vinténs/ atum, atuns.
➟ zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, balões; 2º elimina-se o S + zinhos.
➞ alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor fonético = cs): o tórax, os tórax/ o ônix, os ônix/ a fênix, as fênix/ uma Xerox, duas Xerox/ um fax, dois fax.
➞ Outros (fora de uso) têm o mesmo plural que suas variantes em ice (ainda em vigor): apêndix ou apêndice, apêndices/ cálix ou ucálice, cálices (x, som de s)/ látex, látice ou láteces/ códex ou códice, códices/ córtex ou córtice, córtices/ índex ou índice, índices (x, som de cs).
➞ substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma no plural: aldeão, aldeões, aldeãos; verão, verões, verãos; anão, anões, anãos; guardião, guardiões, guardiães; corrimão, corrimãos, corrimões; hortelão, hortelões, hortelãos; ancião, anciães, anciãos; ermitão, ermitões, ermitãos.
A tendência é utilizar a forma em ÕES:
➞ Há substantivos que mudam o timbre da vogal tônica, no plural. Chama-se metafonia. Apresentam o "o" tônica fechado no singular e aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó)/ imposto (ô), impostos (ó)/ forno (ô), fornos (ó)/ miolo (ô), miolos (ó)/ poço (ô), poços (ó)/ olho (ô), olhos (ó)/ povo (ô), povos (ó)/ corvo (ô), corvos (ó). Também são abertos no plural (ó): fogos, ovos, ossos, portos, porcos, postos, reforços. Tijolos, destroços.
➞ Há substantivos que mudam de sentido quando usados no plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. (patrimônio); Conferiu a féria do dia (salário); As férias foram maravilhosas (descanso); Sua honra foi exaltada (dignidade); Recebeu honras na solenidade (homenagem); Outros: bem = virtude, benefício/ bens = valores/ costa = litoral/ costas = dorso/ féria = renda diária/ férias = descanso/ vencimento = fim/ vencimento = salário/ letra = símbolo gráfico/ letras = literatura.
➞ Muitos substantivos conservam no plural o "o" fechado: acordos, adornos, almoços, bodas, bojos, bolos, cocos, confortos, dorsos, encontros, esposos, estojos, forros, globos, gostos, moços, molhos, pilotos, piolhos, rolos, rostos, sopros, sogros, subornos.
➞ Substantivos empregados somente no plural: Arredores, belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias, férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames, viveres, idos, afazeres, algemas.
➞ A forma singular das palavras ciúme e saudade são também usadas no plural, embora a forma a forma singular seja preferencial, já que a maioria dos substantivos abstratos não se pluralizam. Aceita-se os ciúmes, nunca o ciúmes.
Atenção: avô - avôs (o avô materno e o avô paterno; avôs, fechado) avó - avós (o avô e a avó). Termos no singular com valor de plural: Muito negro ainda sofre com o preconceito social./ Tem morrido muito pobre de fome.
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Não é muito fácil a formação do plural dos substantivos compostos.
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
➞ Palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés/ girassol = girassóis/ autopeça = autopeças.
➞ verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas/ arranha-céu = arranha-céus/ bate-bola = bate-bolas/ guarda-roupa = guarda-roupas/ guarda-sol = guarda-sóis/ vale-refeição = vale-refeições.
➞ elemento invariável+palavra variável: sempre-viva = sempre-vivas/ abaixo-assinado = abaixo-assinados/ recém-nascido = recém-nascidos/ ex-marido = ex-maridos/ autoescola = autoescolas.
➞ palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos/ o tico-tico = os tico-ticos/ o corre-corre = os corre-corres.
➞ substantivo composto de três ou mais elementos não ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres/ o bem-te-vi = os bem-te-vis/ o sem-terra = os sem-terra/ o fora-da-lei = os fora-da-lei/ o João-ninguém = os joões-ninguém/ o ponto e vírgula = os ponto e vírgula/ o bumba-meu-boi = os bumba-meu-boi.
➟ quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: grão-duque = grão-duques/ grã-cruz = grã-cruzes/ bel-prazer = bel-prazeres.
Somente o primeiro elemento vai para o plural:
➟ substantivo + preposição + substantivo: água de colônia = águas-de-colônia/ mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça/ pão-de-ló = pães-de-ló/ sinal-da-cruz = sinais-da-cruz.
➟ quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredos/ pombo-correio = pombos-correio/ salário-família = salários-família/ banana-maçã = bananas-maçã/ vale-refeição = vales-refeições (vale = ter valor de, substantivo + especificador)
A tendência na língua portuguesa atual é pluralizar os dois elementos: bananas-maçãs/ couves-flores/ peixes-bois/ saias-balões.
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver:
➞ verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco/ o cola-tudo = os cola-tudo/ o bota-fora = os bota-fora.
➞ os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai = os entra-e-sai/ o leva-e-traz = os leva-e-traz/ o vai-e-volta = os vai-e-volta.
Os dois elementos, vão para o plural:
➞ substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis/ abelha-mestra = abelhas-mestras/ tia-avó = tias-avós/ tenente-coronel = tenentes-coronéis/ relator-chefe = relatores-chefes. Coloque entre dois elementos a conjunção e, observe se é possível a pessoa ser o relator e chefe ao mesmo tempo/ cirurgião e dentista/ tia e avó/ decreto e lei/ abelha e mestra.
➞ substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-perfeitos/ capitão-mor = capitães-mores/ carro-forte = carros-fortes/ obra-prima = obras-primas/ cachorro-quente = cachorros-quentes.
➞ adjetivo + substantivo: boa-vida = boas vidas/ curta-metragem = curtas-metragens/ má-língua = más-línguas/
➞ numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = segundas-feiras/ quinta-feira = quintas-feiras.
Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos/ guarda-florestal = guardas-florestais/ guarda-civil = guardas-civis/ guarda-marinha = guardas-marinha.
Plural das palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo (substantivadas), são flexionadas como substantivos: Gritavam vivas e mortas; Fiz a prova dos noves; Pensei bem os prós e contras.
Numerais substantivos terminados em s ou z não variam no plural. Este semestre tirei alguns seis e apenas um dez.
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas/ os Oliveiras/ os Picassos/ os Mozarts/ os Kennedys/ os Silvas.
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs/ DVDs/ ONGs/ PMs/ Ufirs.
GRAU DO SUBSTANTIVO
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é que damos o nome de grau do substantivo. São dois os graus dos substantivos: aumentativo e diminutivo.
Os graus aumentativos e diminutivos são formados por dois processos:
➟ Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou diminutivo: peixe - peixão (aumentativo sintético); peixe-peixinho (diminutivo sintético); sufixo inho ou isinho.
➞ Analítico: formado com palavras de aumento: grande, enorme, imensa, gigantesca: obra imensa/ lucro enorme/ carro grande/ prédio gigantesco; e formado com as palavras de diminuição: diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena, peça minúscula/ saia diminuta.
➞ Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco.
➞ Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho, Toninho, mãezinha.
➞ Em consequência do dinamismo da língua, alguns substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha (calendário).
➞ As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo zinho(a): lâmpada (proparoxítonas) = lampadazinha; irmão (sílaba nasal) = irmãozinhos; herói (ditongo) = heroizinho; baú (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
➞ As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza = belezinha.
➞ Há ainda aumentativos e diminutivos formados por prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado, minicalculadora.
Substantivo caracterizador de adjetivo: os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por um substantivo: verde piscina, azul petróleo, amarelo ouro, roxo batata, verde garrafa.
BIBLIOGRAFIA:
Apostila Prefeitura de Santo André - Agente de Desenvolvimento Infantil, 2015. Grupo Nova.
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