AVIÕES: O QUE OS ACIDENTES AÉREOS ENSINAM?


Você sabe qual foi a maior máquina voadora? Construída em 1930, o dirigível LZ 129 Hindenburg, batizado com este nome em homenagem ao presidente Paul von Hindenburg, a nave era mais conhecida como Zappelin. - nome da companhia alemã que a operava. Com aproximadamente 245 metros de comprimento, demandava 200 mil metros cúbicos de hidrogênio para decolar. E certamente, era a mais moderna tecnologia oferecida naqueles anos. Operou durante 14 meses na aviação comercial, com aproximadamente 63 voos no total. Entretanto, tudo mudou no trágico 6 de maio de 1937, quando a Zappelin, que voltava da Alemanha e preparava-se para pousar em Nova Jersey. Após algumas manobras antes do pouso, o dirigível começou a pegar fogo, e das 97 pessoas a bordo, 36 morreram no acidente. O incêndio pode ter sido causado por um vazamento de combustível, ou possível sabotagem. As causas exatas, nunca puderam  ser comprovadas.




BOEING 747: O SEGUNDO MAIOR DESASTRE DA AVIAÇÃO COMERCIAL


Conserto malfeito que resultou em 520 vidas perdidas.

Acidente: Choque da aeronave contra uma montanha
Local: Monte Osutaka
Data do acidente: 12 de agosto de 1985
Causa: Solavanco danificado provocado por um conserto malfeito
Companhia: Japan Airlines
Aeronave: Boeing 747
Número de Mortos: 520
Número de Sobreviventes: 4

Após uma falha técnica em pleno voo, o Boeing 747 que levava 524 pessoas se despedaçou contra uma montanha. O tempo foi  de aproximadamente trinta e dois minutos, para que a história da aviação conhecesse novamente, mais um grande desastre aéreo fatal.
Passava das 18 horas, quando o avião da companhia Japan Airlines decolava do aeroporto Internacional de Tóquio, no Japão. O voo de aproximadamente uma hora, pousaria em Osaka.  E como era véspera de feriado, estava lotado. No entanto, após doze minutos, o pesadelo da tragédia começava a se traçar nos céus daquele terrível dia 12 de agosto de 1985.
"Depois de um assustador estrondo, vindo dos fundos da aeronave, um buraco havia se aberto na fuselagem, e logo após, as máscaras começaram a cair.", conta Yumi Ochiai, um dos quatro únicos sobreviventes.
Pelo rompimento das fuselagens do avião, o ar da cabine começou a escapar em velocidade supersônica. A violenta ventania de ar despressurizado arrancou o estabilizador vertical, aquela barbatana que fica na ponta da cauda, e com isso, a aeronave ficou desgovernada.
Após perceberem o que estava acontecendo, vários passageiros começaram a escrever em papéis e agendas suas últimas palavras, já imaginando o final trágico daquele acontecimento.
Enquanto isso, os pilotos ainda esperançosos, tentavam retomar o controle do Boeing 747, tentando voltar para o aeroporto de Haneda, em Tóquio. Porém, o esforço foi em vão. Alarmes apitavam por toda a parte, e sem trégua. E de forma assustadora, o avião continuava a cair desgovernado.
Entre os passageiros que conseguiram escrever mensagens de despedida, estava o administrador Hiroshi Kawagushi, de 52 anos. "O avião está descendo rapidamente. Sou grato pela vida feliz que tive até hoje. Adeus". Assim escreveu o homem, a mensagem destinada aos filhos e à mulher.
O oxigênio das máscaras que só duravam entre 15 e 28 minutos, estava acabando. Entretanto, não houve tempo para asfixia.
Às 18h56, o voo 123 da Japan Airlines desapareceu para sempre dos radares, e mergulhou ao encontro das encostas do Monte Osutaka ao pôr-do-sol. Apenas quatro, dos 524 passageiros, sobreviveram. Todos estavam na parte dos fundos do avião, onde conseguiram sobreviver à falta de ar do impacto. Uma menina de doze anos, estava entre os vivos do desastre aéreo. Ela foi encontrada entre os galhos de uma árvore. O resgate só aconteceu após dez horas do ocorrido, e segundo os médicos que ajudaram os sobreviventes, se o resgate tivesse acontecido antes, talvez mais pessoas teriam sobrevivido.
Após investigações, descobriu-se que a principal causa do acidente foi um pouso malfeito na aeronave sete anos antes, do qual a cauda batera na pista, e o solavanco danificara o selo traseiro, uma espécie de tampa, que venda os fundos da aeronave. Os consertos costumeiros, não detectaram a falha, o que acabou resultando a catástrofe aérea. 
O acidente que do Boeing 147, é considerado o segundo maior desastre da aviação comercial, ficando apenas atrás da Colisão de Tenerife, do qual 583 pessoas morreram. E é um raro desastre onde os passageiros conseguiram escrever mensagens de despedida aos seus familiares. Vários bilhetes foram encontrados. Este é um costume japonês.
Abaixo, você pode vê a imagem que ilustra a rota do voo 123 da Japan Airlines.


A banda alemã Rammistein, gravou os últimos 40 segundos do voo 123, em seu disco Reise, Reise. Algumas faixas do álbum inclui estas versões secretamente.


Você pode conferir a primeira matéria da série Aviões: O que as Catástrofes Aéreas ensinam?, onde detalha a trágica Colisão de Tenerife: O maior acidente da história da aviação

E também a segunda matéria do Sequestro Inacreditável do Boeing 727 da TWA.

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