CRESCE O NÚMERO DE DOENÇAS PROVOCADAS PELA CRISE DA ÁGUA EM SÃO PAULO
A crise da água parece não ter mais fim. Desde o começo do ano, a população paulista vem sofrendo com as graves consequências da diminuição do fluxo nos reservatórios como o Sistema Cantareira e Alto do Tietê, responsáveis pelo maior número de abastecimento da capital e do Grande ABC. Entretanto, uma nova ameaça começa a surgir: o aumento de casos de doenças como diarreia, que tem provocado colapso nos habitantes das grandes cidades.
Segundo o presidente da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, Sabesp, Jerson Kelman, ainda não se pode afirmar que o racionamento da água seja o agente causador dos casos de doenças. Porém, prometeu que irá formalizar uma investigação na próxima quarta-feira, 29.
A diarreia aguda, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), órgão da Secretaria Estadual de Saúde, é provocada na maioria dos casos por contaminação bacteriana, muito comum em águas contaminadas, ou tratadas de forma incorreta. Em 2014, ano considerado "hiper-epidêmico", foram confirmados mais de 35.000 casos da doença somente no estado de São Paulo, principalmente na região metropolitana. A ameaça de um novo surto parece cada vez maior, devido aos novos indícios da propagação da doença. Veja abaixo o diagrama que mostra o controle da MMDA do município de São Paulo, conforme avaliação dos casos de diarreia aguda no ano passado.
Conforme demonstrado pela pesquisa da CVE, os principais causadores para o aumento de doenças provocadas pela má qualidade da água são a diminuição da pressão da tubulação, o racionamento no abastecimento, o consumo do volume morto dos reservatórios, o uso de águas de poço sem o devido tratamento, e a utilização de caminhões pipas, todos podem comprometer a qualidade da água.
Outro estudo, ainda aponta a crise hídrica como "agente causador" da epidemia de dengue no começo do ano.
Para algumas pessoas, uma medida plausível seria a transparência quanto a origem e qualidade da água por parte da companhia abastecedora e do governo.
Informações retiradas do site El País: (Acesso: 26/07/2015)
Comentários
Postar um comentário