Assim como o Challenger, o Columbia também se acidentaria 16 anos depois. Este, seria o início do fim dos ônibus espaciais para astronomia.
O Columbia foi a segunda nave espacial criada pelos americanos. Inicialmente, foi lançado aos céus no dia 12 de abril de 1981. A Nasa previa que a era dos ônibus espaciais atingiria aproximadamente 100 voos. Contudo, a contagem exata foi de 124 voos em 27 anos de história da nave mais perigosa da aviação e da astronomia.
O Columbia nunca tivera nenhum acidente, mas seus dias de glória estavam contados. Isso porque na manhã de 1º de fevereiro de 2003, o Columbia se preparava para regressar à Terra depois de sua 28ª jornada. Aparentemente, tudo parecia normal. A descontração era tanta, que os astronautas gravaram um vídeo brincando de dar tchauzinho. Passados alguns minutos, o foguete espacial começa a pegar fogo e se desintegrar. Os astronautas não sabiam, mas a Nasa já previa um potencial problema na nave. Seus engenheiros viram durante o lançamento do Columbia, 12 dias antes, um pequeno pedaço de escudo térmico, na asa esquerda da máquina voadora, tinha se soltado. Entretanto, após várias reuniões, a agência decidiu se calar e não fazer nada. Sendo assim, o Columbia estaria desprotegido do calor criado pela reentrada a atmosfera terrestre. E foi assim que a asa se desintegrou junto com toda a estrutura de metal. Todos os ocupantes morreram.
Em 2010, os ônibus espaciais foram aposentados de vez.
WORLD TRADE CENTER: O ÁPICE DO TERROR NA AVIAÇÃO COMERCIAL
O 11 de setembro transformou a história - e os aeroportos. A aviação nunca mais seria a mesma
Acidente: Impacto de aviões contra as torres gêmeas
Local: Nova York, EUA
Data do acidente: 11 de setembro de 2001
Causa: Atentado terrorista
Companhia: American e United
Aeronave: Dois Boeings 767
Número de mortos: 2. 996
Apesar dos acidentes anteriores com aviões comerciais, nenhum se compara ao trágico 11 de setembro de 2011. Certamente o World Trade Center foi o ápice do terror na aviação.
O boeing 767 - 223ER da companhia American Airlines foi o primeiro dos quatros aviões comerciais que seriam sequestrados naquele dia trágico em Nova York. Com capacidade para 181 pessoas, apenas 86 embarcaram. Eram 11 tripulantes e 75 passageiros. O voo com destino a Los Angeles, decolou do aeroporto em Boston às 07h59 local, com 14 minutos de atraso.
Após 13 minutos da partida, enquanto os comissários se preparavam para iniciar o serviço de bordo, um grupo de terroristas liderados pelo egípcio Mohamed Atta, anunciaram o sequestro.
Enquanto o avião era dominado, a aeromoça Betty Ong escondida no fundo da aeronave, narrava o sequestro em tempo real, por telefone, a um funcionário da empresa responsável pelo voo. Ela dizia: "Acho que estamos sendo sequestrados". O anúncio foi rápido, mas com uma surpreendente calma. Assim como Ong, vários passageiros tentavam se comunicar para avisar sobre o terror que estavam vivendo naquele momento. Graças a estas conversas, foi possível a reconstrução da tragédia. Por incrível que pareça, os terroristas não tomaram nenhuma medida ou tentaram impedir essas ligações. "Provavelmente, acharam mais fácil ignorar possíveis telefonemas e se concentraram no objetivo final da missão", disse a aviadora e pesquisadora Sylvia Wrigley, autora dos livros como Why Planes Crash ("Por que os aviões caem", ainda inédito no Brasil). Uma das principais hipóteses levantadas no livro de Wrigley é que os sequestradores "Talvez tenham calculado que os reféns não poderiam fornecer ou receber qualquer informação capaz de parar o avião."
Segundo relatos de Ong, um grupo de passageiros havia se lançado subitamente sobre duas aeromoças, armados com facas e estiletes. Até então, tudo isso havia entrado com os terroristas durante o embarque. Questionados, os agentes de fiscalização do aeroporto, avisaram que os homens foram revistados, mas as armas não foram encontradas. Certamente, se fosse nos dias atuais, isso seria impossível. Entretanto, naquela época, a vigilância era bem menos rigorosa. Além disso, é provável que os terroristas tivessem tido sorte, conta Sylvia Wrigley.
Até hoje não se sabe como os terroristas invadiram a cabine de comando, mas o que tudo indica é que tenham rendido as aeromoças, provavelmente as esfaqueado, e assim, arrancaram as chaves do compartimento onde ficam os pilotos. O certo é que apenas 13 minutos após o início do sequestro, Mohamed Atta e seus cúmplices estavam no comando do Boeing 767. Umas das medidas tomadas pelos homens do Oriente Médio, fora desligar o transpônder - que é o aparelho que transmite informações para os radares em terra, facilitando a identificação das aeronaves -. E assim, a rota do voo agora era Nova York, mais precisamente as torres do World Trade Center.
Após 25 minutos, a ligação de Betty Ong caiu. Mas outras comissárias ainda conseguiram telefonar para American Airlines antes do impacto final. Um dos últimos relatos é de Amy Sweeney que diz já aparentando ter notado a intenção de seus sequestradores: "Alguma coisa está errada. Estamos descendo muito rápido (...) Estamos voando muito baixo. Estamos muito, muito baixo. Oh, meu Deus, estamos baixo demais!". Eram 8 horas e 46 minutos, e o Boeing, a uma velocidade aproximada de 800 quilômetros por hora, chocou-se contra a Torre Norte do World Trade Center, entre os andares 93 e 99.
Nos primeiros momentos após o impacto, muita gente pensou que se tratasse de um acidente - até aquele dia, jogar aviões contra prédios era literalmente coisa de filme ou romance policial, no caso de Débito de Honra, livro escrito por Tom Clancy publicado em 1994. Um fato notório até aquele dia, é que as pessoas aprenderam que aviões podem ser armas de grande potencial. E o Boeing da American Airlines, foi usado com precisão por Mohamed Atta. Ele era um bom aviador. Inclusive, ele e outros pilotos-terroristas daquele atentado, fizeram cursos em uma das melhores escolas de aviação, ali mesmo nos Estados Unidos. Ou seja, os próprios americanos sem saber, estavam treinando os inimigos.
Mohamed Atta obteve sua licença para pilotar aeronaves na Flórida. Então, entrou na escola de aviação Huffman em 2000.
Abaixo, você vê a foto do piloto e terrorista, Mohamed Atta.
Esta, é a imagem do trem de pouso do avião, após o impacto na Torre Norte do World Trade Center.
SEGUNDO ATAQUE NAS TORRES GÊMEAS
Passava das 08 horas quando o voo 175 da United Airlines partiu do aeroporto de Logan, em Boston com destino à cidade de Los Angeles, no estado da Califórnia. O Boeing 767-222, possuía 65 passageiros a bordo.
Peter viajava com sua esposa Sue, e a filha Christine de apenas 2 anos de idade, quando ligou para os pais. Eunice e Lee Hanson estavam tomando café naquela manhã, e a ligação do filho fora inesperada. Faltavam dez minutos para as nove quando o telefone tocou e o filho disse quase que em um sussurro: "Acho que terroristas tomaram o cockpit. O avião está fazendo movimentos estranhos. Ligue para a polícia." Na mesma hora, suas palavras fizeram que o pai Lee, cambaleasse.
Lee e Eunice estavam com a televisão ligada, mas não imaginam que outro avião já havia se chocado contra o World Trade Center, quatro minutos antes. Como o casal Hanson, muita gente dos Estados Unidos e do mundo, ainda não sabia, o que estava acontecendo - incluindo também a maior parte dos operadores de voo. Era o caso de David Bottiglia, que naquele momento trabalhava em uma torre de controle em Boston. David notara que o Boeing da United Airlines estava se aproximando de outra aeronave, da Delta Airlines. Instruiu o voo 175 a mudar de rota. Em vez disso, o avião acelerou ainda mais. Então, suplicou: "Avião fora de controle. Desvie!". O comandante do avião da Delta o escutou, e por pouco, as duas aeronaves não se colidiram. Em seguida, o Boeing 767 rasgou o ar rumo a Nova York.
Peter ainda falava com o pai. "A coisa está ficando feia, pai. Acho que vamos cair. (...) Acho que eles pretendem jogar o avião em um edifício. Não se preocupe, pai. Se isso acontecer, vai ser rápido." Momentos depois, Peter murmurou desesperado: "Oh, meu Deus."
Naquele instante, o avião guinava à esquerda, rumo ao impacto. Peter estava sentado à esquerda, e pela janela, ele e outros passageiros podem ter avistado não apenas a Torre Sul, que se aproximava, mas também a Torre Norte já em chamas. Nos momentos finais, vários já deviam ter percebido o atentado. Hanson escutou enquanto o filho falava, uma mulher aos gritos. Provavelmente, assustada e já imaginando seu final trágico. Como Peter dissera ao pai, o fim foi rápido: todos os passageiros e tripulantes, morreram na hora do impacto.
Abaixo, você pode vê a imagem de Marwan al-Shehhi, líder e piloto do voo 175:
Estas, são algumas das imagens da colisão do Boeing 767 da United Airlines. Abaixo, destroços do avião:
Esta é a primeira parte da catástrofe aérea, que culminou no desabamento do World Trade Center: O ápice do terror na aviação comercial.
Após a colisão dos dois boeings 767 nas Torres Gêmeas, vários vídeos foram produzidos tentando relatar os momentos finais dos desastres, entre eles, documentários e filmes. Separamos um documentário da National Geographic que conta e explica detalhes do terror nos céus de Nova York, para assistir, clique no ícone colorido. Você será direcionado ao vídeo. O idioma é o Português.
Você pode ler outras matérias da série Aviões: O que as Catástrofes Aéreas Ensinam?, para vê-las, clique sobre as palavras coloridas da matéria que quer visualizar, você será direcionado automaticamente para a página desejada.
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