CONHECIMENTO CEREBRAL DESTACA SAÚDE!
 
A partir de agora, você poderá conferir a série de matérias que o Conhecimento Cerebral busca como destaque na mídia da comunicação. São reportagens que envolvem os mais variados temas da atualidade e de interesse do público em geral. Os textos divulgados não pertencem ao Conhecimento Cerebral, por isso destacamos seus autores e respectivos meios de comunicação, priorizando os mesmos como autores do conteúdo original. O objetivo é apenas compartilhar as informações e possibilitar mais acesso as mesmas, mesmo para aquelas pessoas que não possuem recursos para lê-las em sua forma original. Por isso, lembramos que o Conhecimento Cerebral é contra qualquer tipo de plágio, e os direitos autorais das informações pertencem exclusivamente a seus autores.
 

A seguinte matéria foi escrita por Cristine Kist e Nathan Fernandes, com design de Feu e Fernanda Didini, publicada pela revista GALILEU, edição de setembro de 2015. Esta, é a quarta matéria de uma série de matérias que fazem parte do DOSSIÊ, divididas em textos diferentes. Por isso, optamos também por dividi-las, assim as mesmas serão publicadas conforme a ordem da matéria em sua forma original. Todos os direitos autorais pertencem exclusivamente à revista e seus autores, e não devem ser copiados sem a divulgação de seus nomes.
 
DOSSIÊ AIDS/HIV
"O BRASIL DECLARA INDEPENDÊNCIA"
 
"Todo brasileiro que tem HIV pode ser tratado pelo sistema público de saúde sem custo nenhum. Em 1996, o país inovou ao aprovar uma lei que garantia o acesso universal à terapia antirretroviral. A decisão foi tomada com base na Constituição aprovada oito anos antes, em que afirmava que a saúde era 'direito de todos os cidadãos e dever do Estado'.
Mas não foi fácil. Entre 2006 e 2007, o governo brasileiro enfrentou uma negociação dura com a detentora da patente do Efavirenz (EFV), um medicamento-chave para o tratamento do HIV. Os donos da patente aceitaram baixar o preço em apenas 30%, US$ 1,49 para US$ 1,11 por unidade, enquanto na Tailândia eram cobrados apenas US$ 0,65. O governo acabou perdendo a paciência e decretou o licenciamento compulsório do EFV. Depois disso, passou a importar um genérico da Índia enquanto desenvolvia sua própria versão do medicamento. A partir daí, o país começou a divulgar que produzir as pílulas era muito mais barato do que a indústria fazia parecer, o que abriu caminho para a Unaids negociasse uma redução nos preços no mundo todo. 'Quando Brasil e Tailândia começaram a produzir antirretrovirais genéricos, eles fizeram uma coisa muito esperta: revelaram que as pílulas tinham um custo relativamente baixo', afirma o diretor executivo da Unaids, Michel Sidibé, no relatório da entidade. Só entre 2007 e 2011, a economia para o governo brasileiro foi de mais de US$ 100 milhões."
 

"O Brasil tornou-se autossuficiente na produção de Efavirenz apenas no ano passado. Antes disso, o país importava tudo da Índia. É que, em 2001, a Cipla, multinacional farmacêutica indiana, baixou o preço dos antirretrovirais de US$800 para US$350. Hoje o tratamento para HIV sai por módicos US$ 100 por ano."
 

A matéria acima foi retirada da revista GALILEU, nº 290, pág. 34. Setembro de 2015. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista GALILEU e a Editora Globo.
 
 
SUGESTÃO PARA LEITURA
 
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