ECONOMIA
As informações a seguir foram retiradas do site do jornal DIÁRIO DO GRANDE ABC, por isso o conteúdo pertence exclusivamente ao site. A divulgação das informações somente tem objetivo de levar conhecimento a todos que acessam o Conhecimento Cerebral.
"INFLAÇÃO VAI A 7,64%, MAIOR ALTA DESDE 2003"
"Variação é a mais expressiva no acumulado de janeiro a setembro desde início do governo Lula"
Por: Leone Farias
"A maior inflação para período de janeiro a setembro desde 2003, ou seja, início do governo de Luíz Inácio Lula da Silva (PT), foi registrada no mês passado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O custo de vida sofreu aumento, nos últimos meses deste ano, de 7,64%. Nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 9,49%.
Contribui para a taxa elevada neste ano o índice de setembro, que ficou em 0,54%, que foi 0,32 ponto percentual maior que em agosto (que tinha sido de 0,22%). Essa variação mensal foi impulsionada pelo reajuste do botijão de gás de 13 kg, praticado pela Petrobras no início de setembro. O produto de uso residencial subiu 12,98% - um pouco menos que o aumento de 15% adotado pela estatal e dos 8% de alta de custos repassados pelas distribuidoras, segundo os lojistas. Isso pode significar que parte da elevação ainda será sentida em outubro. O produto, sozinho, respondeu por um quarto do índice geral. 'Tem maior peso nos gastos das famílias de baixa renda', avalia o delegado do Corecon (Conselho Regional de Economia) no Grande ABC, Leonel Tinoco.
Também geraram impacto no IPCA as passagens aéreas, que subiram 23,13% no mês. Nesse caso, no entanto, a influência é bem menor: Todo o grupo de transportes, do qual esse item faz parte, representou 0,13 ponto percentual da taxa de 0,54%. Nesta caso, a alta do dólar, na casa dos R$4, influi, já que os custos das companhias têm como referência a moeda norte-americana, aponta o professor de Economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Volney Gouveia."
"ACUMULADO"
"A alta do custo de vida neste ano se deve em grande parte ao aumento dos preços administrados pelo governo, como energia elétrica, combustíveis e água, além do botijão de gás, que estavam represados, destaca Gouveia.
Além disso, no início do ano, por causa das condições climáticas (seca no início do ano), os alimentos também pressionaram a inflação. No mês passado, no entanto, os produtos alimentícios tiveram contribuição pequena no índice, principalmente por causa da alta dos custos das refeições fora de casa - alta de 0,77% -, terceiro item que mais pesou na inflação. Já a alimentação no domicílio apresentou retração (-0,55%).
Segundo os economistas ouvidos pelo Diário, a inflação no fechamento de 2015 deve ficar entre 9% e 9,5%, portanto bem acima do teto da meta fixada pelo governo (6,5%). Pelo relatório Focus, do Banco Central, que coleta projeções de analistas financeiros, o IPCA ficará em 9,53%. Para Tinoco, a dúvida é se o esforço do governo para conter o consumo, com alta de juros, será suficiente para frear a inflação. Haverá ainda o repasse de outro preço administrado, a gasolina, que teve elevação de 6% no início deste mês.
O dólar alto, que eleva o custo de muitas empresas, pode impactar também no bolso do consumidor. Para Gouveia, esse impacto pode ser pouco sentido, já que a demanda está retraída e, por isso, não há muito espaço para repasse nos preços. 'Mas com o ajuste fiscal, diminuirá a pressão sobre o dólar (no ano que vem)', avalia."
"INPC"
"Índice utilizado como referência para os reajustes salariais, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficou em 0,51% em setembro, acima do resultado de 0,25% de agosto. Com isso, o acumulado no ano fechou em 8,24%. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 9,9%."
Informações retiradas do jornal O DIÁRIO DO GRANDE ABC - VERSÃO ONLINE, edição 16296 - Ano 58, pág. 7. Economia. 08 de outubro de 2015, quinta-feira (Acesso: 08/10/2015)
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