DOSSIÊ CRIMES: OS 71 CASOS MAIS IMPRESSIONANTES DE TODOS OS TEMPOS
Você já sentiu curiosidade em conhecer os maiores crimes da história? Desde assassinatos a roubos bilionários. Então, convido-os a conhecer a nova série de matérias que o Conhecimento Cerebral disponibiliza para leitura. Os textos foram retirados da revista DOSSIÊ SUPERINTERESSANTE, edição de agosto de 2015.
"HORROR NO PAVILHÃO 9"
"Assassinato de 111 presos praticamente desarmados no Carandiru foi marcado por tentativas de adiar notícia e encobrir execuções sumárias."
"Rebelião de presos deixa 8 mortos e mais de 100 feridos'. Essa foi a manchete, de canto de página, do jornal O Estado de S. Paulo sobre o que aconteceu no dia 2 de outubro de 1992 na Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru. No sábado em que aquele jornal chegou às bancas, haveria o primeiro turno da eleição para prefeitos em todo o País, e havia receio de que a notícia pudesse influenciar o resultado da eleição. De fato, o número real de mortos da chacina só foi revelado pouco antes do fechamento das urnas, e a notícia com os dados verdadeiros só ocorreu o País no domingo.
Numa entrevista concedida dez anos depois à Agência Brasil, o perito aposentado Osvaldo Negrini Neto conta que só entrou no presídio cinco horas depois do massacre, escondido na viatura do delegado, porque a PM tinha proibido a entrada da perícia. 'Quando cheguei, vi uma cena dantesca. Um monte de cadáveres empilhados, completamente destroçados, com buracos de balas aos 'montes'.
Além de ser considerado uma das maiores chacinas da história do País, o massacre do Carandiru também é um exemplo da lentidão da Justiça brasileira. O comandante da ação, o coronel Ubiratan Guimarães, foi julgado e condenado nove anos depois do crime, em 2001, e nunca foi preso. Eleito deputado estadual no ano seguinte, teve seu recurso julgado com foro privilegiado e foi inocentado - sete meses antes de ser assassinado em seu apartamento, num crime que permanece sem solução. Já o julgamento dos 120 PM's acusados pela ação de lesão corporal, foi tempo suficiente para o crime prescrever. E todos os condenados por homicídio ainda recorrem da decisão. A defesa usou o argumento de que os policiais agiram em legítima defesa - tese refutada pelos laudos da perícia."
Numa entrevista concedida dez anos depois à Agência Brasil, o perito aposentado Osvaldo Negrini Neto conta que só entrou no presídio cinco horas depois do massacre, escondido na viatura do delegado, porque a PM tinha proibido a entrada da perícia. 'Quando cheguei, vi uma cena dantesca. Um monte de cadáveres empilhados, completamente destroçados, com buracos de balas aos 'montes'.
Além de ser considerado uma das maiores chacinas da história do País, o massacre do Carandiru também é um exemplo da lentidão da Justiça brasileira. O comandante da ação, o coronel Ubiratan Guimarães, foi julgado e condenado nove anos depois do crime, em 2001, e nunca foi preso. Eleito deputado estadual no ano seguinte, teve seu recurso julgado com foro privilegiado e foi inocentado - sete meses antes de ser assassinado em seu apartamento, num crime que permanece sem solução. Já o julgamento dos 120 PM's acusados pela ação de lesão corporal, foi tempo suficiente para o crime prescrever. E todos os condenados por homicídio ainda recorrem da decisão. A defesa usou o argumento de que os policiais agiram em legítima defesa - tese refutada pelos laudos da perícia."
SUGESTÃO
Após a leitura, sugerimos que você veja o vídeo abaixo para entender melhor o caso. O primeiro vídeo, é uma reportagem de Caco Barcellos, feita pela Rede Globo, sobre o conflito sangrento. As imagens são do You Tube, com idioma é o português.
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