CONHECIMENTO CEREBRAL DESTACA SAÚDE!
"8 FATOS SOBRE A DOAÇÃO DE SANGUE"
"Doar algo a quem necessita é um ato que deve ser incentivado. Quando o objeto dessa ação pode salvar vidas, é bom saber a melhor a forma de agir"
Por: Letícia Ronche
"Uma segunda chave. Às vezes é só isso que alguém precisa realizar um sonho, atingir um objetivo, finalmente ser feliz. Quando doamos sangue estamos indiretamente proporcionando isso para alguém: a oportunidade de recomeçar. E você sabia que o sangue doado voluntariamente é mais valioso até quanto à qualidade? É o que afirma Carla Luana Dinardo, médica da Fundação Pró-Sangue (SP). Não é difícil fazer a doação, e a seguir verá o perfil adequado do doador. Já adiantamos que a maioria das pessoas estão aptas! Então, independentemente de uma prévia experiência nós o convidamos a conhecer o bastidores de cada doação:
O SANGUE QUE COMBINA COM O SEU!
Talvez você ainda que são quatro tipos sanguíneos, combinados com o fator Rh que pode ser positivo ou negativo. Confira quem pode doar e receber de quem:
SANGUE TIPO A+
Pode doar para:
AB+ e A+
Recebe de:
A+, A-, O+ e O-
SANGUE TIPO A-
Pode doar para:
A+, A-, AB+ e AB-
Recebe de:
A- e O-
SANGUE TIPO B+
Pode doar para:
B+, AB+
Recebe de:
B+, B-, O+, O-
SANGUE TIPO B-
Pode doar para:
B+, B-, AB+ e AB-
Recebe de:
B- e O-
SANGUE TIPO AB+
Pode doar para:
AB+
Recebe de:
A+, B+, O+, AB+, A-, B-, O- e AB-.
Receptor universal
SANGUE AB-
Pode doar para:
AB+ e AB-
Recebe de:
A-, B-, O- e AB-
SANGUE TIPO O+
Pode doar para:
A+, B+, O+ e AB+
Recebe de:
O+ e O-
SANGUE TIPO O-
Pode doar para:
A+, B+, O+, AB+, A-, B-, O- e AB-
Doador universal
Recebe de:
O-
1. POTENCIAIS DOADORES
Primeiramente, é necessário estar bem de saúde. Afinal, alguém que precisa de vitalidade vai utilizá-lo e você precisa ter condições de continuar bem após a coleta. O peso mínimo é de 50 kg, e a idade deve ser entre 16 e 69 anos. Mas vale lembrar que antes dos 18 anos, a ação só pode ser feita com o responsável legal presente no momento. Entre 61 e 69 anos, pode ser realizada somente se a pessoa já doou antes dos 60 anos. No caso, homens podem doar até quatro vezes por ano e mulheres, até três. 'A doação de sangue deve realizar-se com intervalo mínimo de sessenta dias para homens e noventa dias para as mulheres', explica Dante Langhi, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia celular (ABHH).
2. QUANDO A AJUDA É IMPOSSÍVEL
'É recomendado que as lactantes aguardem 12 meses após o parto', lembra Langhi. Ele lembra ainda que pessoas com piercing na cavidade oral não podem realizar a doação, pois a boca está mais receptiva a infecções. Além dessas restrições, resfriados ou gripes, uso de certos medicamentos, anemia, recentes cirurgias, extração dentária nos sete dias que antecedem a doação, tatuagem ou transfusão de sangue no último ano também são fatores que impedem temporariamente a doação. Algumas condições a tornam impossível como hepatite após onze anos de idade, evidência clínica ou laboratorial de doenças transmissíveis pelo sangue, uso de drogas injetáveis ilícitas e malária.
3. O PREPARO IDEAL
É importante estar descansado e não ter praticado atividades físicas intensas pelo menos cinco horas antes da doação. 'Em relação à alimentação, é preciso estar bem nutrido, com refeições prévias leves e sem gordura. Além disso, é proibido o consumo de bebidas alcoólicas até doze horas antes da doação', alerta Langhi. Carla lembra que o voluntário não deve estar em jejum e é recomendado tomar água antes.
4. SÃO POUCOS DOADORES
Langhi conta que a proposta de doação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a autossuficiência em componentes sanguíneos deve ser obtida quando o número de doadores é de 3% a 5% da população. Aqui chega a 2%. Carla revela que no Hospital das Clínicas (HC-FMUSP) a necessidade é de 5 mil bolsas de sangue por mês. Essa é a média de hospitais de grande porte. Por esse motivo a doação é tão incentivada.
5. O DESTINO DO LÍQUIDO VERMELHO
O sangue é fracionado em três partes. 'As plaquetas são destinadas a pacientes com essa deficiência, as hemácias vão para quem tem anemia e o plasma é utilizado quando há dificuldade de formar coágulos', conta Carla. Luiz Amorim, diretor geral do Hemorio, diz que 80% deste é enviado para a Hemobrás, uma empresa de hemoderivados, medicamentos usados por até 60 mil brasileiros.
6. ENTREVISTA, PARA GARANTIR SEGURANÇA
Após o cadastro, é feita uma avaliação de sinais vitais e peso. Então, o voluntário passa para uma entrevista que visa a avaliar se a doação é segura. Ao final, o candidato diz se tem ou não comportamento de risco. Se a resposta for sim, a bolsa será desprezada, mesmo se o resultado do exame for negativo. 'Quando alguma patologia é detectada nos testes, a avaliação é refeita, se for confirmada, convocamos o doador e ele é encaminhado a um especialista para que inicie o tratamento adequado', informa Carla.
7. TIPOS MAIS COMUNS
A classificação é a ABO. Existem pessoas de sangue tipos A, B, AB e O. 'As pessoas que oferecem o tipo O podem doar para todos os tipos, mas só recebem do mesmo tipo. AB aceita todos, mas só doa para quem tem do mesmo tipo', explica Langhi. Como o tipo O é o doador universal, é utilizado em casos de emergência em que não se sabe o tipo sanguíneo do paciente, portanto, é o mais necessário. Além do tipo sanguíneo, existe também o fator Rh. Este pode ser positivo ou negativo e também é tão importante como o tipo sanguíneo. 'Pessoas com Rh + podem receber tanto o positivo quanto o negativo. Já o Rh - pode doar para negativo e positivo, mas só pode receber negativo', conta o especialista da ABHH.
8. 35 TIPOS DE SANGUE RAROS
Carla Luana Dinardo compartilha que existem casos em que o paciente de doença sanguínea crônica reage ao sangue recebido, como na anemia falciforme. 'Para eles, existem doadores raros que são utilizados. Estes apresentam tipos sanguíneos diferentes do ABO. Poucos sabem, mas existem outros 35 tipos sanguíneos que só têm utilidade para essas pessoas', explica a médica. Ela conta que o HC conta com quinhentos desses doadores e dentro dos bancos de sangue, estes equivalem a 0,01%."
A matéria acima foi retirada da revista VIVA SAÚDE - nº 151, págs. 44, 45 e 46. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista VIVA SAÚDE e a Editora Escala.
SUGESTÃO
Separamos uma animação que representa como é feito a análise para descobrir o tipo sanguíneo de cada paciente. As imagens foram retiradas do YouTube e o idioma é o português.
*Aproveite e descubra se você, pode ou não doar sangue. É muito fácil, procure um posto de coleta próximo à sua residência e faça sua parte. A doação é o primeiro passo para ajudar alguém que precisa. Ajude o próximo.
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