DOSSIÊ ANSIEDADE:
DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO.
- "O MAL DO SÉCULO" -

Você já teve ou tem ansiedade? Certamente sua resposta foi sim. E não dá para não dizer que, a ansiedade virou o tema para muita coisa, desde notícias a matérias de jornais e revistas, está na televisão e no rádio, é assunto de livros e trabalhos nas faculdades, e até mesmo, Best-seller. Se você ainda não está convencido da veracidade desse mal, que pode ser tão benéfico, quando nos ajuda a se proteger de acidentes ou algo perigoso, mas também pode atormentar, com fobias das mais variadas e claro, pensamentos negativos que podem atrapalhar em qualquer momento. Para muitos, confundida com a depressão, por ter muito em comum. A ansiedade ainda é um dilema para muitos que convivem com ela diariamente. Mas já há inúmeros tratamentos para que possa ser amenizada, e seus sintomas, menos nocivos. Por isso, é importante procurar ajuda quando for preciso. Psicólogos, terapeutas e psiquiatras com certeza irão ajudar muito e da forma correta, a enfrentá-la e tratá-la. E é por isso que, à partir de agora, conheça o DOSSIÊ ANSIEDADE: DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO. - "O MAL DO SÉCULO" -, que reúne preciosas informações e dicas, para levar mais conhecimento a sua vida e assim, te ajudar a enfrentar seus medos e claro, a ansiedade. 

2. QUANDO VIRA DOENÇA - UMA HORA, A ANSIEDADE PODE PASSAR DO PONTO. É QUANDO ELA DEIXA DE SER UMA REAÇÃO NATURAL E SE TRANSFORMA EM UM TRANSTORNO


"FOBIA SOCIAL"
"O INFERNO SÃO OS OUTROS"


"O sintoma clássico da fobia social é aquele que você imagina: o rubor facial. Sabe aquele colega que sempre ficava vermelho na hora de falar na frente da turma? Não seria uma surpresa descobrir que ele desenvolveu o transtorno.
Ao longo da vida, 12% das pessoas sofrem com o transtorno de ansiedade social (TAS), como também é chamado o medo excessivo e irracional de ser avaliado por outras pessoas em interações sociais, falando em público ou simplesmente estando cercado de gente. A sensação de ser observado ao comer em um restaurante ou ao usar um banheiro público pode ser suficiente para disparar sintomas ansiosos, como sudorese, taquicardia, 'brancos' e, em casos graves, até um ataque de pânico.
O transtorno gera ansiedade antecipatória e esquiva: a pessoa sabe que, no dia a dia, irá deparar com as situações temidas, na escola, na faculdade, no trabalho. Sofre por antecipação imaginando o constrangimento ou a humilhação de ser visto fragilizado e, por isso, passa a evitar a todo custo esses encontros - o que pode significar abrir mão da vida social e até de sair à rua.
As consequências a longo prazo são dramáticas. 'Em uma fobia social grave, inevitavelmente o paciente tem depressão associada, porque fica muito triste pelo isolamento social. E a pessoa que não sabe o que fazer pode buscar alívio bebendo ou seja, o alcoolismo também é uma complicação do transtorno', diz a psiquiatra Daniela Zippin Kinijinik."

"LARES SUPERPROTETORES"

"A fobia social se origina na infância, em crianças com tendência a manifestar inibição, isolamento e recusa em estar com seus pares. Segundo o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto, o ambiente em que os pequenos se desenvolvem também tem um papel importante. 'Além da genética, o tipo de relação que se estabelece com o pai e a mãe parece contribuir muito para a gênese do quadro. Há pais que educam filhos com muita ênfase na opinião alheia: a criança cresce com aquela preocupação, 'o que vão pensar de mim', o tempo todo com medo da avaliação dos outros'.
Diferentemente da timidez, o transtorno de ansiedade social, quando não é tratado, tende a agravar-se com o passar o tempo. Não por acaso, é o início da adolescência a fase típica para o diagnóstico da fobia. 'Se chega um adolescente e diz 'sou envergonhado desde pequeno, tenho medo de sair de noite, nunca fiquei com ninguém', já suspeito de fobia social', diz Daniela Zippin Knijinik.
Há um tipo específico de fobia social em que o indivíduo teme somente situações de desempenho em público. Não sofre diante de encontros e conversas, mas experimenta a ansiedade e medo de ser avaliado enquanto profere uma palestra, dá uma aula ou apresenta um trabalho, por exemplo. Se essa é uma atividade corriqueira, a pessoa tende a evitar situações de que pode depender seu sucesso profissional. Mas há quem só descubra que tem fobia social específica para essas situações quando, diante da necessidade de falar em público, sofre uma crise de ansiedade aguda.
Verdade seja dita, a maioria dos não é fóbico. Mas a timidez diminui com a idade, enquanto a fobia social piora. A confusão leva muitos fóbicos sociais a demorar a buscar tratamento.
O diagnóstico acaba sendo um alento. 'Quando você diz para o paciente que ele tem fobia social, ele fica surpreso e aliviado, porque achava que só ele no mundo tinha aquele problema', afirma Daniela."


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