GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM
O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE). O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!
CAPÍTULO 1: CARTOGRAFIA - TIPOS DE MAPA
VÁRIOS MAPAS, DIFERENTES LEITURAS
Veja como as diversas formas de representar o espaço geográfico podem alterar o modo como enxergamos o planeta
Representação: é essa a ideia que norteia a construção de um mapa. Ocorre que, obviamente, o tamanho e a complexidade do planeta não cabem no papel. Desse modo, é preciso fazer escolhas para conseguir mostrar, num espaço tão restrito, o máximo daquilo que comporta o mundo real.
Dessas escolhas é que resultam as diversas maneiras de representar um território, que pode se dar com base em focos variados, como seus aspectos físicos, políticos ou sociais. Cada um desses recortes, por sua vez, abarca outras subdivisões. A representação física do planeta, por exemplo, engloba mapas de hidrografia e relevo, entre outros. Todas essas divisões são importantes tanto por seu caráter teórico, ao facilitar o estudo de uma área, quanto pela aplicação prática desse conhecimento, ao nortear a implantação de políticas de saúde ou ambientais.
Entretanto, com tantas possibilidades, é preciso atenção na hora de ler os mapas e avaliar as conclusões tiradas com base em sua análise. Afinal, como vimos, eles mostram apenas uma parte da realidade. Assim, dependendo do ponto de vista adotado para sua construção, eles podem acabar servindo para influenciar - positiva ou negativamente - o modo como enxergamos determinada área ou algum fenômeno. Confira a seguir alguns dos principais tipos de mapas e o que eles representam.
MAPAS POLÍTICOS
É este recorte que dá aos mapas a cara que mais conhecemos: os continentes divididos em países, os países divididos em regiões e estas, em cidades (veja acima, os 35 países do continente americano). Seu objetivo é simplesmente demarcar os limites entre territórios, que podem mudar no decorrer dos anos.
As fronteiras entre as nações, por exemplo, sofreram muitas mudanças no decorrer da história. As atualizações do mapa-múndi atingiram número recorde no século XX, por causa do turbilhão de eventos ocorridos no período, como o desmembramento da ex-União Soviética. A mais recente alteração no mapa político ocorreu em 2011, com o desmembramento do Sudão, que deu origem ao Sudão do Sul. Em suma, aparecer ou não no mapa significa ter a própria existência reconhecida pelo resto do mundo.
MAPAS FÍSICOS
Este tipo de mapa destaca as características físicas da superfície terrestre, em especial de relevo e hidrografia. Geralmente, as diferentes faixas de altitudes são apresentadas por meio de uma sequência de cores: nas terras emersas, os tons em verde são usados para altitudes mais baixas, seguidos do amarelo, laranja e marrom, sucessivamente, para as altitudes mais elevadas.
Também constam nos mapas físicos denominações das unidades de relevo que se destacam no território, como cadeias montanhosas, serras, planaltos e planícies, bem como os picos mais elevados. Quanto à hidrografia, são representados com traços azuis os grandes rios e seus principais afluentes e subafluentes. Os principais lagos também são identificados.
MAPAS TEMÁTICOS
São mapas que representam dados sobre determinados temas, permitindo observar as características de uma região e estabelecer comparações entre os países apresentados. Os temas abordados podem ser os mais diversos, da economia à cultura, passando por demografia e meio ambiente.
Neste exemplo, os países da América são agrupados a partir de sua classificação no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O indicador, apurado pela Organização das Nações Unidas (ONU), serve para medir as variações no padrão de qualidade de vida das diferentes populações do globo, levando em conta três fatores: educação, longevidade e renda. Ao observarmos o mapa de IDH do continente americano acima, notamos que Estados Unidos, Canadá, Chile e Argentina são as únicas nações com IDH muito alto, enquanto o Haiti é a única nação com baixo desenvolvimento humano. O Brasil, junto com países como Venezuela e México, tem IDH alto.
SAIBA MAIS
ANAMORFOSES, OU MAPAS DISTORCIDOS
Os mapas têm como objetivo apresentar de forma mais fiel possível o espaço geográfico, certo? Mais ou menos. Existem alguns tipos de representação cartográfica que distorcem o tamanho e o traçado das regiões para reforçar o efeito comparativo sobre o tema apresentado. Esses mapas recebem o nome de anamorfoses e costumam cair nos vestibulares com certa frequência.
Nesta anamorfose, o tamanho de cada país é proporcional ao seu Produto Interno Bruto (PIB) e não à sua extensão territorial. Logo, chama a atenção o aumento de tamanho dos Estados Unidos, dono da maior economia do mundo, com 18 trilhões de dólares. Por sua vez, note como o Canadá, que tem a segunda maior extensão territorial do planeta, atrás apenas da Rússia, ficou representado de uma forma bem menor nesta anamorfose. Isso acontece porque o gigantismo de sua área não é proporcional ao seu PIB. Já o mapa do Brasil apresenta poucas distorções na comparação entre economia e área.
PARA IR ALÉM
Confira dezenas de anamorfoses sobre os mais diversos temas no site www.worldmapper.org
Págs. 18 e 19 (GE: GEOGRAFIA: VESTIBULAR E ENEM 2018)
Comentários
Postar um comentário