DOSSIÊ A SAGA DO AVIÃO:
A HISTÓRIA, A TECNOLOGIA, O FUTURO

O avião é um dos meios de transporte mais utilizados pelos humanos. Com ele, é possível viajar e conhecer locais que seriam impossíveis visitar, a não ser viajando pelos céus. E como não lembra que, este é considerado o transporte mais seguro. Com o avião foi possível ir da América à Europa, e gastar apenas algumas horas. E é por isso, que a partir de agora, convidamos você, a conhecer o DOSSIÊ A SAGA DO AVIÃO: A HISTÓRIA, A TECNOLOGIA E O FUTURO, que levará você ao passado, ao presente e ao futuro da aviação, principalmente a comercial, no qual todos estão acostumados a viajar. Ficou curioso? Então, vamos voar!

"O FUTURO"
"As inovações da indústria aeroespecial para a criação de aviões mais eficientes, seguros e rápidos (quiçá supersônicos) e as perspectivas para um amanhã além da atmosfera terrestre."


"O FUTURO NO PRESENTE"
"Motores mais eficientes, com menos poluição e baixo consumo de combustível, são só o começo. As próximas décadas podem levar à era dos aviões elétricos e até mesmo a fuselagens transparentes"


Por: André Mileski

"Se você acha que os aviões atuais maravilhas da tecnologia, é porque ainda não viu o que vem por aí. Os próximos anos prometem aeronaves ainda mais seguras (o que nunca é demais) e menos poluentes (o que é pré-requisito para a sobrevivência da civilização além do século 21). E não pense que estamos falando de coisas para daqui a meio século. Bem, em alguns casos, até estamos. Mas, em outros, a inovação está ali na esquina, já sendo incorporada aos novos projetos de aviões. A começar pelos novos motores, focados na eficácia.
Apesar de ser uma incrível maravilha tecnológica, o motor a jato de um avião é conceitualmente muito simples. Ele opera por ação e reação, a famosa lei de Newton. O ar entra e passa por um compressor até atingir o núcleo do motor, onde combustível é queimado com o oxigênio atmosférico e produz exaustão de gases por trás, propelindo a turbina. Ao ejetar esse produto da combustão em alta velocidade, o avião é acelerado para a frente.
Em essência, esse é o princípio dos jatos convencionais, que ganhou uma inovação importante quando os projetistas tiveram a ideia de incluir uma ventoinha à frente do motor, para fazer com que nem todo o ar entrasse no núcleo, e parte dele o contornasse. O ar que vazasse pelos lados também ajudaria na propulsão, além de tornar o motor mais silencioso. Ninguém reclamou. Muito pelo contrário. Esses motores, chamados turbofan, se tornaram rapidamente o novo padrão da indústria, emplacando de vez nos anos 1980.
Contudo, o conceito acabaria esbarrando numa limitação. Havia um limite para o aumento da ventoinha que desviava o ar. Se ela fosse grande demais, girada pela turbina, as pontas avançariam tão depressa que romperiam a barreira do som (sim, rápido). Nisso, os booms sônicos resultantes seriam um problemão, não só pelo ruído, mas pela ameaça à integridade do motor."


"Para resolver a questão, a fabricante americana de motores Pratt & Whitney passou as duas últimas décadas (resgadas a US$ 10 bilhões) para desenvolver motores com marcha - uma engrenagem adicional permitiria girar a ventoinha numa velocidade diferente da turbina. Isso, por sua vez, viabilizaria aumentar ainda mais ar contorná-lo por fora, sem ter de lidar com velocidades superiores às do som na ventoinha. Esses motores com marcha, batizados de PurePower, oferecem redução no consumo de combustível de até 15% em comparação com modelos anteriores, além de serem mais silenciosos.
A Pratt & Whitney já tem encomendas da Airbus para equipar seus aviões A320neo com eles, e a Embraer já decidiu utilizá-los em sua próxima geração de jatos executivos, os E-Jets E2.
Nessa 'guerra' tecnológica dos motores, as correntes General Electric e Rolls-Royce apostam numa alternativa: alterar a aerodinâmica dos fans (parte frontal do motor) e usar materiais compostos e cerâmica em seus novos motores para obter reduções de consumo em torno de 15%."

"AVIÕES SONHAM COM MOTORES ELÉTRICOS?"

"Ainda na área de propulsão, estão pintando alguns desenvolvimentos promissores envolvendo o uso de energia solar - algo que engenheiros aeronáuticos têm tentando implementar desde a década de 1970. Agora parece que vai.
Um dos pioneiros é o projeto do Solar Impulse, aeronave experimental suíça para apenas um lugar e que teve seu primeiro voo em 2011. Suas asas contam com células fotovoltaicas que geram eletricidade durante o dia, para alimentação do motor a hélice e também para carregar baterias que proporcionam o voo durante a noite.
É uma boa propaganda do conceito, mas dificilmente teremos um dia transporte de passageiros por energia solar. Entretanto, o mesmo não se aplica a aviões elétricos alimentados por baterias.
É um assunto investigado por ninguém menos que a gigante europeia Airbus. A companhia desenvolve inovações nesse segmento desde os anos 2000, e em 2015 apresentou o E-Fan 2.0, avião para dois ocupantes e autonomia de poucas horas em missões de treinamento. A diferença em relação a outros projetos é que o modelo é 'plug-in', ou seja, as baterias são carregadas no solo, antes das missões. O objetivo final da fabricante é desenvolver até 2050 uma aeronave elétrica para cem passageiros.
Embora ainda distantes da aviação comercial, já existem modelos elétricos menores próximos de comercialização, fabricados nos EUA, na Europa e na China. O fabricante do americano Sun Flyer, para dois passageiros e destinado a treinamento primário de pilotos, promete uma hora de voo com custo de cerca de US$ 5, uma fração do custo por hora de modelos tradicionais. O avião deve entrar em produção no próximo ano."

"PARA DEPOIS DE AMANHÃ"

"De tempos em tempos, a Airbus divulga informações e dados sobre aviões conceituais com tecnologias - algumas delas - radicais. Em sua visão para os aviões de 2050, por exemplo, a fuselagem continuaria em formato de tubo, mas com curvas e formatos mais alongados, proporcionando mais espaço para diferentes configurações de cabines.
O avião seria construído com uso de materiais que hoje soam como ficção científica, e o nível de inteligência artificial dos computadores de bordo permitiria o monitoramento da 'saúde' da aeronave, antecipando a necessidade de reparos.
Em seu interior, a configuração dos ambientes e assentos seria móvel, e estruturas transparentes ofereceriam vistas panorâmicas do exterior da aeronave, lançando mão, por exemplo, do grafeno, material feito de átomos de carbono que é centenas de vezes mais resistentes que o aço e chamado por alguns de o 'material mágico deste século'. (e você que achava que aquele avião transparente da Mulher Maravilha no desenho animado o maior absurdo do mundo?)
Essas ideias, no momento, estão todas no ar. Portanto, não se anime demais. Até a Airbus reconhece que o pacote completo de inovações propostas em seu avião conceitual de 2050 dificilmente se tornará realidade no futuro vislumbrável. Tais conceitos têm por objetivo estimular a imaginação dos engenheiros, apresentando desafios que ajudem a moldar a aviação civil na segunda metade do século 21 e além."


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