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CAPÍTULO 3: IDADE MODERNA - REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII
XEQUE-MATE NO ABSOLUTISMO
Em duas jornadas, a burguesia inglesa deu o golpe final no poder absoluto do rei, deixando a política nas mãos do Parlamento e a economia preparada para seguir rumo à Revolução Industrial
As revoluções inglesas do século XVII foram duas: a Revolução Puritana, que estourou em 1642 e resultou na substituição da monarquia por uma república temporária; e a Revolução Gloriosa, de 1688, que pôs fim ao absolutismo, consolidando a supremacia do Parlamento sobre a autoridade real. Ambas foram, na essência, revoluções burguesas, que abriram alas para a instalação do capitalismo no século seguinte.
REVOLUÇÃO PURITANA
Na Inglaterra, os calvinistas eram chamados de puritanos. A religião era popular sobretudo entre os ex-camponeses e os pequenos burgueses, que andavam descontentes. Os primeiros haviam sido expulsos das lavouras durante os cercamentos, ocorridos ainda no fim da Idade Média, quando os nobres substituíram a agricultura autossuficiente pela lucrativa criação de ovelhas, que alimentava as manufaturas de lã. E os pequenos burgueses reclamavam por não ter acesso à exportação, cujo monopólio era concedido pelo rei a poucos comerciantes.
Mas o puritanismo - que conflita com a doutrina oficial do reino, o anglicanismo - também crescia no Parlamento, tornando cada vez mais uma ameaça às pretensões absolutistas da dinastia Stuart, que substituíra os Tudor após a morte de Elizabeth 1, em 1603.
As tentativas do rei Carlos I de criar impostos sem a aprovação do Parlamento, desencadearam uma guerra civil em 1642. O Parlamento organizou um Exército popular liderado por Oliver Cromwell, um puritano oriundo da pequena burguesia. Os combates estenderam-se até 1649. Carlos I foi executado, e a monarquia abolida, e instalou-se a Republica Puritana, liderada por Cromwell.
Nacionalista, uma de suas principais medidas foi a promulgação dos Atos de Navegação, em 1651, segundo os quais somente embarcações inglesas poderiam transportar mercadorias procedentes ou destinadas à Inglaterra, o que alavancou a economia do país. Fortalecido, Cromwell dominou o Parlamento, dissolvendo-o mais uma vez, e governou como um ditador até a morte, em 1658.
REVOLUÇÃO GLORIOSA
Com a morte de Cromwell, seu filho, Ricardo, assumiu o poder, mas não foi capaz de assegurar a estabilidade do governo. Temendo que lideranças populares do Exército assumissem o controle da república, o Parlamento decidiu restaurar a monarquia, regime no qual o chefe de Estado descende de uma linhagem aristocrática. Os Stuart voltaram ao poder, com Carlos II, coroado em 1660.
Contemporâneo do francês Luiz XIV, soberano que levou o absolutismo ao seu máximo, Carlos II quis impor um regime semelhante na Inglaterra. Seu sucessor, Jaime II, que assumiu o trono em 1685, tinha as mesmas pretensões. Além disso, havia se convertido ao catolicismo, o que o tornava ainda mais impopular. Burgueses e parlamentares reagiram: ofereceram a Coroa inglesa ao holandês Guilherme de Orange, genro de Jaime II. Em troca, pediram a manutenção do anglicanismo e a liberdade do Parlamento.
Em novembro de 1688, Guilherme desembarcou na Inglaterra e foi coroado Guilherme III. Para consolidar a supremacia legislativa, o Parlamento promulgou a Declaração de Direitos (em inglês, Bill of Rights), que limitou fortemente a atuação do rei. O absolutismo foi abolido na Inglaterra e substituído por uma monarquia constitucional.
A grande beneficiada pelas revoluções inglesas do século XII foi a burguesia, especialmente a parcela dedicada às atividades manufatureiras. Ele pôde ver, a partir então, ruir as restrições mercantilistas, e abrir-se um caminho para o desenvolvimento do capitalismo industrial, no século XVIII.
Pág. 48 (GE: HISTÓRIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)
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