MEIO AMBIENTE
"SACOLA PLÁSTICA ENCONTRADA EM FOSSA OCEÂNICA MAIS PROFUNDA DO PLANETA"
"Mesmo um dos lugares mais remotos da Terra não conseguiu escapar do grave problema ambiental que é o lixo plástico"
Por: Randy Olson
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"A FOSSA DAS MARIANAS, ponto mais profundo do mar, estende-se por 2,5 mil quilômetros em uma parte remota do fundo do Oceano Pacífico. Mas você imagina que a ela escaparia da ofensiva global da poluição por plástico, está enganado.
Um estudo recente revelou que uma sacola plástica, como aquelas oferecidas em supermercados, é agora o pedaço de lixo plástico mais profundo já encontrado. O material estava a uma profundidade de 10 quilômetros dentro da Fossa das Marianas. Cientistas a encontraram através do Banco de Dados de Resíduos em Águas Profundas, uma coletânea de fotos tiradas em 5.010 mergulhos feitos nos últimos 30 anos, que acabou de ser divulgada.
Em fevereiro de 2010, outro estudo constatou que a Fossa das Marianas tem níveis mais altos de poluição em certas regiões do que a maioria dos rios mais poluídos da China. Os autores do estudo teorizaram que os poluentes químicos na fossa podem ter originado, em parte, da decomposição do plástico na coluna de água.
Recentemente, o plástico tem recebido maior atenção no movimento ambiental, tendo grande destaque neste último Dia da Terra, por exemplo. Enquanto o plástico pode entrar diretamente no oceano, como lixo que voa das praias ou que é descartado de navios, um estudo publicado em 2017 constatou que a maior parte dele entra nos oceanos nos oceanos a partir de 10 rios que correm por regiões altamente povoadas.
Equipamentos de pesca descartados também são uma grande fonte de poluição plástico, e um estudo publicado em março constatou que o material formava o grosso da Grande Ilha de Lixo do Pacífico, que flutua entre o Havaí e a Califórnia e é do tamanho do Texas.
Enquanto o oceano claramente tem muito mais plástico do que uma única sacola plástica, o item passou de uma metáfora para indiferença soprada pelo vento a um exemplo de enorme impacto que os humanos podem causar no planeta."
Notícia retirada do site NATIONAL GEOGRAPHIC, 16 de maio de 2018 (Acesso: 16/05/2018)
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