GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM


O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 4: ATMOSFERA - POLUIÇÃO DO AR


ATMOSFERA CARREGADA
A emissão de poluentes no ar causa uma série de efeitos nocivos ao homem e à natureza


A poluição do ar é provocada principalmente pela queima de combustíveis fósseis nos transportes e na geração de energia elétrica e pela atividade industrial. Dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC) são alguns poluentes mais emitidos. Veja a seguir alguns dos efeitos mais comuns provocados pela emissão desses gases.


BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

O aparecimento de buracos na camada de ozônio é um processo natural, já que, em certas épocas do ano, reações químicas na atmosfera produzem aberturas, que depois se fecham. O ozônio absorve parte da radiação ultravioleta B (UVB) emitidas pelo Sol. Sem ela, as plantas teriam redução na capacidade de fotossíntese e haveria maior incidência de câncer de pele e catarata. A atividade humana, porém, acentuou o processo. As reações que destroem o ozônio são intensificadas pela emissão de compostos químicos halogenados artificiais, sobretudo os clorofluorcarbonos (CFCs), criado nos anos 1930 e usados como fluídos refrigerantes em geladeiras, aparelhos de ar condicionado e como propelente de aerossóis.

A boa notícia é que, nos últimos anos, acordos internacionais levaram ao fim da produção das substâncias nocivas à camada de ozônio. Estudos recentes indicam que o buraco na camada de ozônio atualmente está 9% menor do que no ano de 2000. No entanto, desde 2010, o tamanho do rombo não diminuiu - são 23 milhões de quilômetros quadrados, área equivalente à da América do Norte. A perspectiva, segundo a Organização Mundial de Meteorologia, é que a camada deverá voltar à espessura original por volta de 2050.


CHUVA ÁCIDA

Toda chuva é naturalmente ácida (PH inferior a 7), em função das reações do vapor d'água com o gás carbônico presente na atmosfera. Entretanto, ao atingir um pH inferior a 5,6 a chuva é considerada, de fato, ácida e passa a ser tratada como um problema ambiental. Esse aumento de acidez se deve à queima de combustíveis fósseis, feita principalmente pelas atividades industriais e pelos automóveis, que liberam óxido de nitrogênio (NOx) e dióxido de enxofre (SO2) na atmosfera. Esses compostos reagem com o vapor d'água presente na atmosfera, formando o ácido nítrico (HNO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4). Quando chove, essas substâncias atingem o solo e a água, alterando suas características e prejudicando lavouras, florestas e a vida aquática. Também danificam edifícios e monumentos históricos. 


As principais áreas de ocorrência se encontram próximas às regiões de maior emissão de gases causadores do efeito estufa, ou seja, mais urbanizadas e industrializadas, como o Nordeste dos Estados Unidos, a Europa ocidental, o leste da China, o eixo Rio-São Paulo. Entretanto, essas substâncias podem ser transportadas pelos ventos para regiões mais afastadas desses grandes centros urbano-industriais, causando a chuva ácida. Trata-se, portanto, de uma "poluição transfronteiriça". O leste do Canadá, por exemplo, sofre com a chuva ácida proveniente da poluição gerada na megametrópole Boston-Washington-Nova York e nas cidades industriais da região dos Grandes Lagos, dos Estados Unidos. Já os países escandinavos como Noruega, Finlândia e Suécia recebem as correntes de ar que trazem a poluição da Alemanha, Holanda, Bélgica e Inglaterra.


ILHAS DE CALOR

Os poluentes lançados na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono, ajudam a aumentar a temperatura do ar mais próximo da atmosfera. Em regiões urbanas, esse fato é agravado pela substituição da cobertura vegetal por prédios de concreto e cimento e ruas asfaltadas. Esses materiais absorvem mais calor e o devolvem na forma de radiação térmica. A combinação desses fenômenos tende a aumentar a temperatura nos grandes centros, criando as ilhas de calor. A diferença de temperatura entre uma área verde e uma típica zona central de uma cidade pode ser de 8 graus centígrados a mais (veja o mapa abaixo).


 INVERSÃO TÉRMICA

A inversão térmica é um fenômeno atmosférico natural que ocorre principalmente nas manhãs de outono e inverno, com a penetração de massas de ar frio, em regiões de clima tropical e subtropical. Caracteriza-se pela alteração na sequência de camadas de ar. Em condições normais, a temperatura fica cada vez mais baixa conforme aumenta a altitude. Em uma situação de inversão térmica, porém, forma-se uma camada de ar mais quente logo acima da camada de ar mais fria próxima ao solo. Isso ocorre graças ao resfriamento da superfície e do ar durante o final da madrugada e início da manhã, quando as temperaturas, tanto da terra quanto do ar, são mais baixas.

Em regiões onde o ar não encontra carregado de poluentes, a inversão térmica não provoca nenhum problema ambiental. No entanto, em ambientes urbanos, a inversão térmica causa o bloqueio das correntes ascendentes de ar, chamadas correntes de convecção, não chegam a atingir a superfície, formando-se somente a partir da camada de ar quente para cima. Por esse motivo, os poluentes não conseguem se dispersar. Quando o Sol esquenta a superfície no decorrer da manhã, o ar da camada mais baixa se aquece e sobe, as correntes de convecção voltam a atingir o solo e os poluentes voltam a ser dispersados em camadas mais elevadas.


Págs. 82 e 83 (GE: GEOGRAFIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)

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