INTERNACIONAL

"APÓS DERROTA FINAL NA SÍRIA, HERANÇA DE "CALIFADO VIRTUAL" DO GRUPO ESTADO ISLÂMICO VAI PERDURAR"
"Forças árabes e curdas apoiadas pelos Estados Unidos anunciaram neste sábado (23) que os últimos militares do EI foram retirados de Banghuz"


Por: RFI

"As forças árabes e curdas apoiadas pelos Estados Unidos anunciaram neste sábado (23) o fim do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria. O último bastião dos terroristas no país, em Banghuz, foi definitivamente derrotado pela aliança, em uma vitória crucial contra os extremistas. No entanto, a influência do grupo jihadistas pela internet ainda deve perdurar e pode estimular ataques contra o Ocidente, avaliam especialistas.
As batalhas duraram seis meses e terminaram na província de Deir Ezzor. Desde janeiro, mais de 67 mil pessoas deixaram a localidade, entre elas 5 mil terroristas que se renderam.
"Banghuz foi liberada. A vitória militar contra o Estado Islâmico foi conquistada", tuitou Mustafa Bali, porta-voz das Forças Democráticas Sírias. "O suposto califado na Síria foi totalmente eliminado", declarou.
A vitória ocorre um ano depois da derrota do califado autoproclamado no Iraque. Em 2014, o grupo Estado Islâmico conseguiu se instalar em um vasto território nos dois países, amplo em uma extensão equivalente ao Reino Unido. Na Síria e no Iraque, implantou um regime de terror, imposto a uma população de 7 milhões de pessoas e financiado com a comercialização ilegal do petróleo local. De lá, encomendou diversos atentados na Europa nos últimos quatro anos."

"RECUSA DA DERROTA PELAS REDES SOCIAIS"

"Em um vídeo publicado nas redes sociais neste sábado, os jihadistas recusaram a derrota e convocaram seus apoiadores a lutar contra o Ocidente. Ao longo dos últimos anos, o grupo se tornou hiperativo na internet para promover a propaganda do terror.
Com a morte ou a fuga dos principais líderes da organização, a destruição dos centros de informática do grupo e as tentativas de conexões interrompidas pelos serviços de inteligência do mundo inteiro, essa influência midiática caiu. No entanto, o amplo catálogo de vídeos de execuções e atentados promovidos pelos extremistas deve continuar a servir de modelo para semear o terrorismo."

Notícia retirada do site CORREIO BRASILIENSE, 23 de março de 2019 (Acesso: 24/03/2019)

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