SAÚDE
50 ALIMENTOS FUNCIONAIS
O Conhecimento Cerebral em parceria com a revista SAÚDE apresenta a sua nova série de matérias: SAÚDE - 50 ALIMENTOS FUNCIONAIS, que abordará uma lista com 50 superalimentos, entre verduras, legumes, frutas, grãos e temperos, que além de saciar a fome e fazer muito bem à nossa saúde, possuem propriedades que vão de ajudar no controle do peso, a fortalecer a imunidade e até a prevenir doenças, como as cardiovasculares, a hipertensão, diabetes, dentre outras. Nessa nossa nova série, você vai aprender tudo sobre esses alimentos e conferir a tabela nutricional, para conhecer tudo que eles possuem.
Mas você sabe de onde veio o conceito de "alimento funcional"? Pois então, vamos te explicar! Essa expressão surgiu na década de 1980 lá no Japão, quando um programa chamado Foods for Specified Health Use (traduzindo: Alimentos para Uso Específico de Saúde) foi instituído. Este programa japonês tinha como objetivo principal, diminuir os gastos com o seguro saúde e tratamentos com a introdução de alimentos específicos, ou seja, funcionais. Além de sua função básica de fornecer nutrientes para o corpo, os ditos alimentos funcionais são aqueles que, por causa de determinadas características, mostram-se capazes de fortalecer a imunidade e auxiliar na prevenção e até no controle de certas doenças. Quando consumidos na quantidade certa e inseridos em um estilo de vida de qualidade, eles seriam capazes, portanto, de evitar idas constantes à farmácia e ao hospital.
E saiba que não são só os japoneses que pensam dessa forma. No mundo inteiro, pesquisas realizadas por cientistas e especialistas de peso, sugerem que uma dieta equilibrada e funcional, com a prática de atividade física, pode não apenas ajudar a aumentar a expectativa de vida, mas também fornecer qualidade à ela. Diferente dos alimentos processados e industrializados, a que boa parte da população está acostumada, os alimentos funcionais podem, à princípio, não ser tão saborosos, mas superam no quesito de benefício à saúde. E para colocá-los à mesa, existem uma série de combinações e receitas acessíveis que podem dar um upgrade no seu cardápio. Ficou curioso para saber quais são eles e o que eles têm de especial? Então embarque com a gente nesse mundo de descobertas benéficas à saúde!
Seu berço é a Floresta Amazônica, onde cresce em cachos de palmeiras que atingem cerca de 30 metros de altura. E, segundo a mitologia indígena, ele teria surgido pelas mãos de Tupã. Reza a lenda que a divindade criou o açaí para suprir uma tribo que sofria com a escassez de comida. Não poderia ter feito melhor. O fruto miúdo - mede entre 1 e 2 centímetros de diâmetro - contém minerais como cálcio, uma boa dose de fibras e um manancial de antioxidantes. Outro destaque na fórmula é o teor de gorduras benéficas. Daí ser considerado um excelente energético. Somam-se ainda substâncias adaptógenas que combatem o estresse e, por isso, são bem-vindas especialmente após a prática de atividade física. Aliás, os esportistas e a turma que frequenta as academias têm grande responsabilidade na disseminação do pelos quatro cantos do país.
UM CONSELHO
Por trás de suas qualidades, o fruto esconde calorias aos montes. Portanto, o recado para quem não pratica atividade física é moderar na porção e, de preferência, consumir a polpa pura. Mel, xarope de guaraná e leite condensado devem ficar fora da tigela se estiver de olho no peso.
DO PARÁ PARA O MUNDO
Embora existam indícios de que já era consumido pelo povo marajoara muito antes de as caravelas de Cabral aportarem por essas bandas, foi só nos anos 1990 que o açaí ganhou o resto do Brasil e outros países, despertando a atenção de cientistas pelas suas vantagens à saúde. Sim, o frutinho faz bem mais do que dar aquela revigorada na disposição física e mental. Pesquisas associam o consumo à redução no risco de câncer. Entretanto, a maior vantagem revelada até agora é a de fazer o sangue fluir numa boa pelas artérias.
Tanto a casca, quase negra, quanto a polpa, de coloração arroxeada, concentram um pigmento que faz parte da família dos flavonoides, a antocianina. Essa substância é uma das principais responsáveis pela fama do vinho tinto na proteção do coração. Mas digamos que a bebida da uva perde feio para o açaí no placar da antocianina: testes apontam que o suco do fruto amazônico chega a carregar 33 vezes mais do tal corante em comparação com o vinho. E quem ganha com toda essa exorbitância é o nosso organismo. Está comprovado que a antocianina é um tremendo antioxidante - ou seja, com ela no pedaço, excesso de radicais livres não tem vez. Graças a esse papel, pesquisas indicam que o açaí ajuda a afastar de tumores a problemas no coração.
QUE TAL VARIAR?
Em sua terra natal, a Amazônia, o fruto entra em receitas doces ou salgadas e na companhia dos mais diversos pratos. Fica perfeito servido com peixe, em forma de pirão, que você pode preparar misturando a polpa com farinha de tapioca, água e uma pitada de sal.
AMIGO DO PEITO
Além do pigmento roxinho, o fruto do açaizeiro carrega outro benfeitor cardiovascular. Ele atende pelo nome de fitosterol e possui estrutura química bastante parecida com a do colesterol. Por causa dessa semelhança, a molécula rouba o lugar de parte do colesterol que é absorvida no intestino. Sem ser aproveitada, essa parcela de partícula gordurosa é eliminada pelas fezes. Resultado: haverá menos colesterol dando sopa pelas artérias. Por essas e outras, o fitosterol é considerado um belo coadjuvante no combate às placas de gordura capazes de entupir os vasos sanguíneos.
No quesito proteção ao peito, é preciso mencionar também a fração gordurosa do fruto, que, diga-se, é abundante. Inclusive aquela textura cremosa presente no conteúdo servido nas tigelas é consequência dessa característica. O açaí oferece um mix interessante de ácidos graxos - esse, lembre-se, é nome científico das gorduras. Vale destacar as monoinsaturadas e as poli-insaturadas. Não é de hoje que essa dupla tem sido associada à diminuição do risco de encrencas cardiovasculares. Existem evidências de que o consumo equilibrado de monoinsaturadas baixa os teores de LDL, popularmente chamado de colesterol ruim. Já as poli-insaturadas têm a capacidade de brecar processos inflamatórios. Sorte das artérias e do coração: sabe-se que a inflamação serve de estopim para a formação das placas nos vasos.
Embora a gordura do açaí desempenhe esse papel tão bacana, ela esconde uma faceta que pode ser perigosa: entrega uma boa soma de calorias. Não há como negar que o alimento é calórico, mas, como você viu aqui, oferece uma batelada de benefícios. Conclusão: sem abusos, todo mundo sai ganhando. Mesmo porque o montante de fibras e proteínas fornecidas pelo frutinho eleva a sensação de saciedade. Então, se consumido na medida, ninguém vai ver o ponteiro da balança se mexer.
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