CIÊNCIA

"CIENTISTAS CONSEGUEM RESSUSCITAR CÉLULAS DO CÉREBRO DE PORCOS MORTOS"
"Avanço pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para acidentes vasculares cerebrais, lesões cerebrais traumáticas e doenças como o Alzheimer"


"Pesquisadores da Universidade de Yale, nos EUA, realizaram um estudo preliminar, publicado na Revista Nature, que coloca a relação entre vida e morte em uma linha muito tênue: os cientistas afirmam ter restaurado a atividade celular de 32 cérebros de porcos mesmo após a morte dos animais.
Algumas das células até mesmo responderam a certas drogas, sendo que pedaços de tecido cerebral tratados apresentaram atividade em alguns neurônios. Os pesquisadores notaram que neurônios e outras células cerebrais haviam reiniciado as funções metabólicas normais, tais como a produção de carbono e o consumo de açúcar.
No entanto, não houve nenhum sinal de coordenação elétrica que indicasse o restabelecimento das funções como percepção e inteligência. Em um experimento, as vias sanguíneas dos suínos começaram a funcionar com um líquido substituto ao sangue. Os cientistas injetaram no cérebro dos porcos uma solução produzida em laboratório, durante seis horas, com um sistema de bombeamento chamado de BrainEx.
Os cientistas esperam que a técnica ajude na descoberta de tratamentos para acidentes vasculares cerebrais, lesões cerebrais traumáticas e doenças como Alzheimer.
Além dos cérebros que foram bombeados com BrainEx, os cientistas também examinaram cérebros que não receberam infusões de placebo. Os tecidos cerebrais dos dois grupos não mostraram sinais de atividade, e suas células se deterioraram. 
Ainda que alguns neurônios individuais tenham carregado sinais de vida, os pesquisadores não viram padrões elétricos coordenados no cérebro inteiro - por que não havia consciência ou atividade cerebral sofisticada.
"Não é um cérebro vivo, mas é um cérebro com atividade celular. Nós queríamos testar se as células em um cérebro intacto podem ter suas funções recuperadas", explicou Nenad Nestan, neurocientista da Universidade de Yale, que liderou o estudo, em entrevista ao jornal The New York Times."

Notícia retirada do site GALILEU, 18 de abril de 2019 (Acesso: 18/04/2019)

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