O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A história é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE). O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - História: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!
CAPÍTULO 5: BRASIL COLÔNIA - INTERIORIZAÇÃO
NAS ENTRANHAS DO BRASIL
As ações dos bandeirantes e dos jesuítas foram responsáveis diretas pelo processo que desconcentrou a população da colônia da faixa litorânea
Entre os séculos XVII e XVIII, exploradores paulistas penetraram os sertões brasileiros e estenderam como nunca os limites da colônia. Essas expedições de desbotamento do interior do Brasil ficaram conhecidas como entradas e bandeiras. De maneira geral, dizemos que as entradas eram as campanhas oficiais financiadas pelo governo e as bandeiras resultavam da iniciativa de particulares, partindo, principalmente, da capitania de São Vicente. Apesar de não terem inicialmente como meta a conquista de novos territórios, elas acabaram se transformando no maior ciclo de crescimento dos domínios portugueses na América.
ÍNDIOS E NEGROS
Nas últimas décadas da União Ibérica (1580-1640), época em que Portugal estaca submetido ao domínio espanhol, os holandeses tomaram dos portugueses os principais pontos de tráfico de escravos na costa africana, levando à falta de mão de obra no Brasil. A solução encontrada foi a substituição dos negros pelos indígenas.
Em São Vicente, desde o início da colonização, eram organizadas expedições rumo ao interior para o aprisionamento de índios, utilizados como escravos. Além da experiência na atividade, outro fator que contribuiu para fazer da capitania o principal núcleo de irradiação das bandeiras foi o desapego da população à terra, já que a capitania se empobreceu por ter fracassado na produção do açúcar.
Como não haviam muitos índios nas áreas próximas ao litoral, as expedições tiveram de adentrar mais profundamente o território. As incursões eram comandadas por portugueses e descendentes de lusitanos, como Antonio Raposo Tavares e Fernão Dias Pais Leme. Por conhecerem bem os sertões, muitos bandeirantes foram contratados por fazendeiros e administradores coloniais para combater índios e negros que resistiam à escravidão. Era o sertanismo de contrato. As mais conhecidas expedições foram feitas pelo paulista Domingos Jorge Velho.
EM BUSCA DO OURO
Em 1648, Portugal retomou o controle sobre o tráfico negreiro no Atlântico. Paralelamente, a produção de açúcar no Brasil começava a entrar em decadência. Os dois fatores contribuíram para o aparecimento de outro tipo de expedição, as bandeiras de prospecção, que buscavam metais preciosos.
As primeiras bandeiras rumaram à do atual estado de Minas Gerais, permitindo o surgimento da atividade mineradora no século XVIII. Em seguida, direcionaram-se a Mato Grosso e Goiás. Os principais líderes dessas bandeiras foram os paulistas Bartolomeu Bueno da Silva e Manuel de Borda Gato.
JESUÍTAS
Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549. Sua ação visava, fundamentalmente, converter os índios ao catolicismo e educar os colonos. Para catequizar os nativos, os membros da Companhia de Jesus criaram povoados indígenas, conhecidos como missões, em torno dos quais foram fundadas vilas e cidades.
Devido ao interesse dos colonos em escravizar os indígenas, os jesuítas levaram as missões para o interior do país, o que ajudou a desbravar o território. Além da catequização, as missões desenvolveram várias atividades econômicas com a mão de obra indígena. No Vale Amazônico, a extração das drogas do sertão (cacau, cravo, guaraná, entre outras) permitiu a ocupação portuguesa sobre o noroeste da colônia. No extremo sul, a pecuária e a mineração foram as principais atividades.
As missões duraram até 1759, quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas, alegando que a Companhia de Jesus ocupava funções mais políticas do que religiosas, ameaçando o poder da Coroa. O governo português também se ressentia da proteção dos jesuítas aos índios.
Pág. 91 (GE: HISTÓRIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)
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