CONHECIMENTO CEREBRAL CONTEÚDO ALMANAQUE ABRIL
A partir de agora, você poderá conferir a série de matérias que o Conhecimento Cerebral traz em parceria com o Almanaque Abril. O conteúdo divulgado tem objetivo de informar e levar conhecimento a todos que buscam pelos mais diversos assuntos. É ideal para quem está em época de vestibular. As informações são exclusivas para assinantes. Informamos que as informações são reservadas exclusivamente ao site Almanaque Abril, por isso destacamos seus autores. Toda divulgação deve conter as informações do conteúdo original, assim como de seus respectivos autores.
"PRIMEIROS DOCUMENTOS (SÉCULO X A.C. - VII A.C.)"
"Durante séculos de civilização, muitas histórias foram sendo transmitidas oralmente, o que torna difícil estabelecer qual a obra literária mais antiga do mundo. Entre as primeiras manifestações escritas está o Livro dos Mortos (em egípcio antigo, Livro Sair para a Luz), designação dada a uma coletânea de rolos de papiros do antigo Egito datada do século X a. C. A obra, que recolhe textos mais antigos, pertencentes ao Livro das Pirâmides (Império Antigo) e ao Livro dos Sarcófagos (Império Médio), trazia feitiços, fórmulas mágicas e orações destinadas a orientar os mortos em sua jornada. A Epopeia de Gilgamesh, elaborada no segundo milênio a. C., na região da Mesopotâmia, é considerada o mais antigo texto literário que chegou aos nossos dias."
"EPOPEIAS (SÉCULOS VIII A.C. - II A.C.)"
"Duas das obras mais antigas conhecidas no Ocidente são as epopeias Ilíadas e Odisseia, cuja autoria é atribuída ao poeta grego Homero, que narra episódios de Guerra de Troia e as façanhas dos heróis Aquiles e Ulisses (Odisseu, em grego). Mais tarde, desenvolveu-se o teatro e a poesia, com nomes como Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes. Esopo, fica conhecido por suas fábulas e Heródoto, por registrar a história da Grécia.
Na Grécia clássica, os textos literários dividiam-se em três gêneros, que representavam as manifestações literárias da época: o épico, centrado na figura do herói; o dramático, destinado à representação cênica, na forma de tragédia ou comédia; e o lírico, centrado na subjetividade dos sentimentos. De acordo com Aristóteles, o primeiro gênero seria a palavra narrada, o segundo, a palavra representada e o terceiro, a palavra cantada."
"LITERATURA ROMANA (SÉCULOS I A.C. - II D.C.)"
"Vários modelos literários, como a sátira, se devem à civilização romana. Entre os escritores desse período, destacam-se a poesia lírica de Horácio e Ovídio e a poesia épica de Virgílio, autor de Eneida, além de nomes como Sêneca, Lucrécio, Catulo e Cícero."
"ESTAGNAÇÃO BÁRBARA (SÉCULOS III - X)"
"Após o esfacelamento do Império Romano, a Europa Ocidental é invadida por diversos povos bárbaros. A língua latina é preservada em mosteiros, mas não há desenvolvimento literário. As narrativas voltam a ser escritas, no Ocidente, a partir do século X. É o caso do poema Beowulf, que chega á Inglaterra em sua forma oral levado por invasores saxões."
"NOVELAS DE CAVALARIA (SÉCULO XI)"
"Depois do longo período de estagnação literária, aparecem as Canções de Gesta, de tradição oral, que contam aventuras de guerra - La Chanson de Roland é a mais conhecida. As novelas de cavalaria, como as lendas do rei Arthur e do Santo Graal, são os gêneros de destaque na Idade Média."
"TROVADORISMO (SÉCULOS XII - XIV)"
"O florescimento da poesia palaciana deve-se aos trovadores, compositores de cantigas dirigidas a uma dama inatingível. Pratica-se também o gênero satírico, representado pelas cantigas de escárnio (crítica indireta) e de maldizer (crítica direta)."
"HUMANISMO (SÉCULOS XIV - XV)"
"No fim da Idade Média, as transformações de ordem econômica, política e social levam ao surgimento de uma concepção humanista de mundo, que põe o homem como elemento central do pensamento. No Renascimento, a literatura retoma as ideias da cultura grega e romana. Na Itália, berço do Renascimento, distingue-se Dante Alighieri (A Divina Comédia), Giovanni Boccaccio (Decameron) e Francesco Petrarca, considerado o inventor do soneto, poema formado por 14 versos rimados em dois quartetos e dois tercetos."
"CLASSICISMO (SÉCULO XVI)"
"No teatro, William Shakespeare destaca-se na Inglaterra, com uma extensa e refinada produção de dramas e comédias. Molière, na França, é reconhecido como um mestre da comédia satírica. Salientam-se também os franceses François Rabelais e Michel de Montaigne. Na Espanha, Miguel de Cervantes faz uma sátira das novelas de cavalaria e funda o romance moderno com o fidalgo de Dom Quixote de La Mancha."
"BARROCO (SÉCULO XVII)"
"A estética barroca tenta conciliar opostos, como Deus e diabo, bem e mal, carne e espírito. Na literatura, o conflito traduz-se em figuras de oposição, bem como no exagero. Na França, a oratória sacra é representada por Jacques Bossuet. Na Espanha, destacam-se os poetas Luís de Gôngora e Francisco de Quevedo. Na Inglaterra, os expoentes são os poetas John Donne e John Milton."
"NEOCLASSICISMO (SÉCULO XVIII)"
"O neoclassicismo coloca-se contra os excessos do barroco. Reflete a aversão do espírito iluminista ao obscurantismo religioso do século anterior. Na França, além de Denis Diderot e D'Alembert, organizadores da Enciclopédia, distingue-se Jean-Jacques Rousseau, Montesquieu e Voltaire. Na Inglaterra, os destaques são os poetas Alexander Pope e William Blake e os romancistas Daniel Defoe e Jonathan Swift. Entre 1707, surgem as primeiras traduções europeias dos contos de As Mil e Uma Noites, coletânea histórias árabes - a obra se tornará um dos clássicos universais."
"ROMANTISMO (SÉCULO XIX)"
"No romantismo, que predomina na primeira metade do século XIX, faz-se antropologia da liberdade de criação, com obras de grande subjetivismo. Os expoentes são os ingleses William Wordsworth e Samuel Taylor Coledge, pioneiros do movimento, e os alemães Johann Wolfgang von Gorthe, Friedrich Schiller, Novalis, Holderlin e Heinrich Heine. No Reino Unido, destacam-se ainda os poetas Lord Byron, Percy Shelley e John Keats. Na França, os principais representantes são Victor Hugo, Honoré de Balzac e Stendhal. Nos Estados Unidos, Edgar Allan Poe aprimora a crítica literária e sobressai no conto e na poesia."
"REALISMO (SÉCULO XIX)"
"Na segunda metade do século XIX, impera o realismo, que busca descrever a realidade de maneira objetiva. Na França, Gustave Flaubert publica Madame Bovary, considerado um marco do movimento. Na Inglaterra, destaca-se Charles Dickens. Os russos Fiodor Dostoievski, Nicolai Gogol e Leon Tolstói ganham proeminência mundial. Na obra O Romance Experimental, o francês Émile Zola expõe a teoria do naturalismo, que propõe a perspectiva científica na literatura. Nessa época, o francês Júlio Verne escreveu mais de 100 livros e é tido como o fundador do gênero ficção científica. Vertido em 148 línguas, Verne permanece até hoje como o autor mais traduzido na história, segundo pesquisa realizada pela Unesco.
A poesia do período é representada por duas escolas: o parnasianismo e o simbolismo. O primeiro defende o rigor formal, como nomes como o francês Theóphile Gautier. Já o simbolismo valoriza as sugestões do subconsciente. O francês Charles Baudelaire é considerado precursor dessa estética, na qual se distinguem ainda seus conterrâneos Arthur Rimbaud, Paul Verlaine e Stéphane Mallarmé."
"CETICISMO E RENOVAÇÃO (FIM DO SÉCULO XIX - 1930)"
"A literatura é marcada por uma descrença nos valores sociais e morais e pela intensa busca de novos caminhos literários. Em língua inglesa, os expoentes são os irlandeses Oscar Wilde e William Butler Yeats, além do inglês Thomas Hardy e do norte-americano Henry James. Na Alemanha, Rainer Maria Rilke e Thomas Mann são os principais nomes. Na França, o destaque é Paul Valéry e a norte-americana Gertrude Stein, que adotaria esse país como residência permanente.
Vários autores defendem a liberdade de criação, em batalha contra o formalismo. Nos Estados Unidos, a renovação fica a cargo sobretudo de E. E. Cummings e Ezra Pound, na poesia, e de Ernest Hemingway e William Faukner, no romance. Na Inglaterra, destacam-se T. S. Eliot e Virgínia Woolf. O irlandês James Joyce (Ulisses) consagra-se pelo emprego do monopólio interior. Na França, os expoentes são Marcel Proust (Em Busca do Tempo Perdido) e o surrealista André Breton. Na Rússia, o poeta Vladimir Maiakovski é a voz da Revolução de 1917. Outro nome importante do início do século XX é o tcheco Franz Kafka."
Vários autores defendem a liberdade de criação, em batalha contra o formalismo. Nos Estados Unidos, a renovação fica a cargo sobretudo de E. E. Cummings e Ezra Pound, na poesia, e de Ernest Hemingway e William Faukner, no romance. Na Inglaterra, destacam-se T. S. Eliot e Virgínia Woolf. O irlandês James Joyce (Ulisses) consagra-se pelo emprego do monopólio interior. Na França, os expoentes são Marcel Proust (Em Busca do Tempo Perdido) e o surrealista André Breton. Na Rússia, o poeta Vladimir Maiakovski é a voz da Revolução de 1917. Outro nome importante do início do século XX é o tcheco Franz Kafka."
"EXISTENCIALISMO (1930 - 1940)"
"A corrente filosófica que exerce grande influência é o existencialismo, na qual se destacam os franceses Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Albert Camus. Na Inglaterra, George Orwell, em 1984, expressa uma amarga previsão de futuro. Buscando um caminho alternativo ao pessimismo europeu, a dinamarquesa Isak Dinesen, pseudônimo de Karen Blixen, aventura-se no continente africano, de onde regressaria com seu romance mais famoso, A Fazenda Africana."
"BEATNIKS (DÉCADA DE 1950)"
"Nos Estados Unidos, o movimento beatnik, caracterizados pela revolta contra o status quo e pelas críticas ao consumismo, tem à frente os poetas Allen Ginsberg, Gregory Corso e Lawrence e Ferlinghetti e os prosistas Jack Kerouac e William Borroughs. O movimento beatnik reverberaria, nos anos seguintes, em outros movimentos de contestação como o hippie e o punk. Na mesma década, marcada nos EUA pela Guerra Fria e pelo movimento macarthista, Henry Miller choca a crítica com a apologia a liberdade sexual na trilogia Sexus, Plexus, Nexus. Também por seu conteúdo sexual, o romance Lolita, do russo Vladimir Nabokov, radicado nos EUA, causa intensa repercussão na crítica e no público. Outro autor norte-americano que surge nessa década é J. D. Salinger, autor do cultuado O Apanhador no Campo de Centeio."
"REALISMO FANTÁSTICO (DÉCADAS DE 1960 - 1970)"
"A literatura latino-americana ganha destaque mundial. Expande-se o realismo fantástico, estilo dos argentinos Jorge Luís Borges, Adolfo Bioy Casares e Julio Cortázar e do colombiano Gabriel Garcia Márquez, autor de Cem Anos de Solidão. Outros nomes importantes vinculados a essa corrente estética são o peruano Mario Vargas Llosa, os uruguaios Juan Carlos Onetti e Mario Benedetti e os mexicanos Juan Rulfo, Carlos Fuentes e Octavio Paz, esse último poeta e ensaísta. Surgem nessa época os romances metalinguísticos, que questionam a natureza da própria ficção. O expoente dessa tendência é o italiano Italo Calvino."
"ROMANCES HISTÓRICOS (DÉCADAS DE 1980)"
"O tipo de romance a um só tempo histórico, fantástico e crítico do português José Saramago ganha repercussão mundial com O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984). Na Itália, Umberto Eco publica outro romance histórico de sucesso, O Nome da Rosa. Ganham prestígio escritores vindos de ex-colônias ou filhos de imigrantes, como o indiano Salman Rushdie e o caribenho V. S. Naipaul."
"CONFLITOS COM O TEMA (DÉCADA DE 1990)"
"Entre os destaques da década estão os norte-americanos Philip Roth, John Updike, Paul Auster, Gore Vidal e Thomas Pyncon. Distinguem-se, ainda, sul-americana Nadime Gordimer, que aborda os conflitos raciais em seu país, o israelense Amós Oz e o chileno Roberto Bolãno. Alguns autores buscam interpretar a história contemporânea, como o alemão Gunter Grass e os jornalistas norte-americanos Tom Wolfe e Gay Talese."
"CONTEMPORÂNEOS (2000 - 2011)"
"Entre as novidades no cenário literário, despontam o escritor inglês Nick Hornby, o angolano Ondjaki, o moçambicano Mia Couto e o francês Michel Houellebecq. A década assiste, também, à consagração do turco Orhan Pamuk, do japonês Haruki Murakami, do sul-africano J. M. Coetzee e do austríaco Peter Handke. Em 2010, a inglesa J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, recebe o Prêmio Hans Christian Andersen, o principal para obras infantojuvenis."
Informações retiradas do site ALMANAQUE ABRIL: (Acesso: 14/08/2015)
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