ROMBO NA POUPANÇA É O MAIOR EM 20 ANOS


Devido ao desemprego alto nos últimos meses, os saques na poupança também aumentaram significativamente, totalizando R$40,99 bilhões no ano. Já os depósitos, diminuíram. A diferença é de R$2,45 bilhões de reais somente no mês de julho, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira. Em ambos os casos, o volume de retirada é o maior em vinte anos.
Desde o começo do ano, o resultado da saída de dinheiro tem ficado negativo. Somente em janeiro já haviam sido retirados cerca de 5,5 bilhões. No mês seguinte foi ainda maior, chegando a R$6,3 bilhões. E em março, o recorde foi de R$11,4 bilhões retirados da aplicação. Abril, o volume diminuiu, mas mesmo assim foi grande, cerca de R$5,8 bilhões de reais sacados. No mês de maio foram mais R$3,2 bilhões, e em junho R$6,3 bilhões de reais que saíram dos bancos. Se analisados, a lista fica com o mês de março em primeiro lugar, seguido por fevereiro e junho, segundo levantamento do Banco Central.
Somado ao resultado de julho, o saldo total da poupança ficou em R$648,24 bilhões, já incluídos o rendimento do período, no valor de R$4,3 bilhões. Quanto aos depósitos em caderneta, o valor somado é de 167,4 bilhões de reais. Enquanto as retiradas foram de R$169,9 bilhões.
A situação só não foi pior porque a quantidade de aplicações no último mês foi de R$4,35 bilhões, número maior que a retirada. No entanto, até o dia 30, o saldo da caderneta continuava no vermelho com R$6,8 bilhões. É comum ocorrer um aumento dos depósitos no último dia de cada mês por conta das aplicações automáticas e de sobras de salários.
Entretanto, ao contrário dos últimos tempos, as sobras ficaram cada vez menores. Além disso, com a atual alta dos juros e a alta do dólar, tornaram os investimentos menos atrativos, e assim, a caderneta de poupança perde cada vez mais o brilho. Outro índice que contribui para este resultado é a mudança da taxa básica de juros - a Selic. Pela regra que passou a vigorar em 2012, sempre que a Selic for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser de 70% mais a Taxa Referencial - TR. Atualmente, a taxa básica está em 14,25% ao ano. Quando o juro sobe, passa a valer a antiga remuneração fixa de 0,5% ao mês mais a TR.
Outro ponto a ser destacado, é que o saldo da poupança é uma das principais fontes do crédito de financiamento imobiliário. Após alguns rumores, como os desempregados e a crise econômica, principais motivos para a retirada das aplicações, a Caixa afirmou que irá aplicar medidas restritas ao crédito. Na quarta-feira, 05, depois de reduzir os percentuais de crédito para imóveis novos e usados, o banco anunciou que vai restringir o crédito daqueles que já possuem algum financiamento com o banco.

Informações retiradas do site VEJA: (Acesso: 06/08/2015)

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