INTERNACIONAL

"ENCONTRADA CAIXA-PRETA DE AVIÃO DA EGYPTAIR, DIZEM INVESTIGADORES EGÍPCIOS"

"Voo MS804 caiu com 66 pessoas a bordo no Mediterrâneo; causas permanecem mistério"

"CAIRO - Investigadores egípcios disseram nesta quarta-feira ter encontrado uma das caixas pretas do avião da EgyptAir que caiu no mês passado sobre o Mediterrâneo. O equipamento achado foi a caixa de voz, que grava as conversas do voo. Apesar de danificada, a caixa-preta teve suas informações recuperadas pelo navio dos investigadores.

Até agora, apenas a fuselagem e fragmentos da aeronave haviam sido identificados. Acredita-se que as 66 pessoas a bordo da aeronave na rota Paris-Cairo morreram no acidente de 19 de maio, cujas causas permanecem um mistério.

'O equipamento foi capaz de salvar a parte que contém a unidade de memória, que é considerada a parte mais importante do dispositivo de gravação', disse o comunicado do Egito.

A caixa-preta agora está sendo transferida para Alexandria, onde especialistas aguardam o equipamento para dar início a uma nova fase das investigações.

Quase um mês após a queda da aeronave, as causas do acidente continuam um mistério - foram especuladas como terrorismo, falha técnica ou erro humano. Por isso, encontrar as caixas-pretas é tido como fundamental para descobrir o que aconteceu nos momentos finais do voo.

No início do mês, um navio de busca francês havia detectado sinais que poderiam ser das caixas-pretas. Estima-se que um navio da empresa Deep Ocean Search (DOS), equipamento com um robô para recuperar os gravadores a três mil metros, chegasse à área do suposto acidente em 10 de junho.

A comissão de investigação advertiu na segunda-feira que as caixas-pretas parariam de emitir sinais no próximo dia 24.

A hipótese de ataque, inicialmente apresentada pela EgyptAir, perdeu terreno em favor de incidente técnico: automáticos foram emitidos pela aeronave dois minutos antes de sua queda, sinalizando fumaça na cabine do piloto e uma falha do computador que gere os comandos."

Notícia retirada do site O GLOBO, 16 de junho de 2016 (Acesso: 16/06/2016)