DOSSIÊ ANSIEDADE:
DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO.
- "O MAL DO SÉCULO" -
Você já teve ou tem ansiedade? Certamente sua resposta foi sim. E não dá para não dizer que, a ansiedade virou o tema para muita coisa, desde notícias a matérias de jornais e revistas, está na televisão e no rádio, é assunto de livros e trabalhos nas faculdades, e até mesmo, Best-seller. Se você ainda não está convencido da veracidade desse mal, que pode ser tão benéfico, quando nos ajuda a se proteger de acidentes ou algo perigoso, mas também pode atormentar, com fobias das mais variadas e claro, pensamentos negativos que podem atrapalhar em qualquer momento. Para muitos, confundida com a depressão, por ter muito em comum. A ansiedade ainda é um dilema para muitos que convivem com ela diariamente. Mas já há inúmeros tratamentos para que possa ser amenizada, e seus sintomas, menos nocivos. Por isso, é importante procurar ajuda quando for preciso. Psicólogos, terapeutas e psiquiatras com certeza irão ajudar muito e da forma correta, a enfrentá-la e tratá-la. E é por isso que, à partir de agora, conheça o DOSSIÊ ANSIEDADE: DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO. - "O MAL DO SÉCULO" -, que reúne preciosas informações e dicas, para levar mais conhecimento a sua vida e assim, te ajudar a enfrentar seus medos e claro, a ansiedade.
2. QUANDO VIRA DOENÇA - UMA HORA, A ANSIEDADE PODE PASSAR DO PONTO. É QUANDO ELA DEIXA DE SER UMA REAÇÃO NATURAL E SE TRANSFORMA EM UM TRANSTORNO
"FOBIA SOCIAL"
"TERROR DE TODO DIA"
"TERROR DE TODO DIA"
"Claustrofobia, aracnofobia, aerofobia. Talvez as fobias específicas sejam os transtornos de ansiedade mais presentes no imaginário popular. Ainda que o senso comum possa empregar o termo sem compromisso com a precisão médica, o medo crônico e paralisante de objetos ou situações é um problema real que acomete cerca de 10% da população.
'Existe uma classificação de fobias específicas. Ambiente natural, que envolve água, altura, escuridão. As situacionais, de avião, de dirigir. As de injeção, de sangue. Aí vêm as fobias de animais: só os artrópodes, que são os insetos, constituem três quartos das espécies animais do planeta', diz o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto. Há coisa à beça para se temer neste mundo. Em seu site The Phobia List, o americano Fredd Culbertson descreve mais de 500 fobias distintas, que ele coletou em publicações científicas nas últimas três décadas.
As fobias chegam a causar ataques de pânico, ainda que o paciente saiba que, muitas vezes, seus temores são irracionais. A perspectiva de ter de enfrentar algum dos estímulos fóbicos (como são chamados os objetos ou situações temidas) é o bastante para disparar os sintomas ansiosos.
Curiosidade: metade das pessoas fóbicas não passou por experiências dolorosas ou desconfortáveis com o objeto de seu medo ou não lembra quando nem por que os temores começaram. Há diversas teorias que buscam explicar por que os fóbicos temem o que temem. Algumas sugerem que tendemos a ter medo do que é imprevisível e de situações menos frequentes em nossas vidas, em que não temos boas experiências suficientes para afastar o temor de o pior acontecer."
"SUSTO NA INFÂNCIA"
"Na linha do tempo dos transtornos de ansiedade, a fobia específica costuma ser a primeira a entrar em cena, ainda na infância. 'São crianças em torno de 10 anos. Podem ter visto alguém ser picado, ou entendido que a mãe esteve em uma tempestade e derrapou de carro, ou testemunhado um afogamento na prais. Ou ainda, diante das notícias sobre acidentes aéreos na televisão, ter percebido que o pai não quer voar de avião', exemplifica a terapeuta cognitivo-comportamental Daniela Zippin Knijnik.
A infância é uma fase sensível a eventos impactantes, e fatores como superproteção podem tornar a criança mais vulnerável aos diversos transtornos de ansiedade, incluindo as fobias. Mas a fobia específica também pode chegar mais tarde na vida - é um dos transtornos mais comuns em em idosos. Um tombo inesperado pode levar ao medo de locomoção e à piora da situação clínica do paciente, culminando em isolamento, depressão e propensão à demência.
Em qualquer fase da vida, as fobias podem ser tratadas. Mas, ainda que percebam o transtorno, a maior parte dos pacientes não procura ajuda. Em vez disso, passa a evitar o que lhe causa ansiedade. O problema é que a esquiva fóbica, como é chamado esse comportamento, pode acentuar os sintomas ansiosos, na medida em que se tem cada vez menos base para avaliar o real perigo daquilo que se teme.
Segundo o DSM-5, 75% dos indivíduos fóbicos temem mais de uma situação ou objeto. Será que você se encaixa em alguma delas?"
"ANIMAIS"
"Entram nessa categoria os medos de cachorro, cobra, barata e aranha, apenas para começar. É provável que fobias de animais estejam ligadas à evolução do homem, que tinha de se proteger de predadores e das picadas de insetos. Atualmente, a fobia é caracterizada pelo medo irracional típico dos transtornos de ansiedade.
Para lidar com o medo, não tem jeito: é preciso encará-lo. Mas aos poucos. 'São sessões de terapia comportamental em que se expõe a pessoa gradualmente às imagens de baratas. A exposição, que é o tratamento de base das fobias, é feita de forma gradual, repetida e prolongada. Na fase final a pessoa vai matar a barata'."
"AMBIENTE NATURAL"
"São as fobias de altura, tempestades e água, por exemplo. Como na fobia por animais, não é difícil supor o papel evolutivo do medo de relâmpagos, enxurradas.
Mas, ainda que muitos de nós sintam-se assustados quando aquele trovão nos desperta no meio da noite, sabemos que o melhor a fazer é voltar a dormir. É compreensível que sintamos aquela vertigem ao visitar o amigo que mora no 20º andar, mas não deixaríamos de visitá-lo por isso. Uma pessoa fóbica pode entrar em crise de ansiedade diante de estímulos como esse - e até mesmo de imagens que remetam a ele, como uma cena nas alturas em um filme no cinema."
"SANGUE, INJEÇÃO E FERIMENTO"
"Hospitais não evocam boas memórias, e não é de se surpreender que muita gente não goste de frequentá-los. Mas há quem tenha fobia de procedimentos médicos - que tem sua própria categoria no DSM: Sangue-injeção-ferimentos, assim mesmo, com hífens.
A psiquiatra Daniela Zippin Knijnik diz ser importante diferenciar a fobia da aversão a injeções que pode aparecer em pacientes com TOC. 'O paciente fóbico tem medo de ver a injeção. Se ele tivesse TOC, ele não gostaria por nojo, por ideia de contaminação'. Quem tem fobia de injeção, sangue e ferimentos, experimenta um sintoma particular: a pressão arterial sobe e, em seguida, tem uma queda, o que pode levar a desmaios."
"SITUACIONAL"
"É o medo de situações como viajar de avião, utilizar o elevador ou frequentar locais fechados. O temor de ficar encurralado em uma caverna estreita está cravado em algum lugar do genoma humano, dos tempos em que avistar um avião no ar, por si só, já seria capaz de provocar pânico. Mesmo sabendo que o avião é mais seguro que o carro, o fóbico não consegue controlar o medo que a perspectiva de entrar em uma aeronave desperta."
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