GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM
O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE). O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!
CAPÍTULO 1: CARTOGRAFIA - COORDENADAS GEOGRÁFICAS
LOCALIZAÇÃO PRECISA
Um sistema de eixos horizontais e verticais constituem as coordenadas geográficas, que nos ajudam a identificar qualquer posição na superfície terrestre
Para encontrar determinado lugar, como a casa de alguém ou um órgão público, precisamos de um endereço, não é mesmo? Sabendo o nome da cidade, do bairro, da rua e o número da casa, chegaremos ao destino. No entanto, nem todas as regiões do planeta têm um endereço com essas informações. Por isso, para obtermos a localização de qualquer ponto ou área da superfície terrestre, utilizaremos as coordenadas geográficas. Trata-se de um sistema obtido a partir do cruzamento de uma rede de linhas imaginárias - os meridianos e paralelos:
- Os meridianos cruzam a Terra no sentido norte-sul, de um polo ao outro do globo. Os meridianos nos indicam a longitude, que é a distância expressa em graus entre um local no mapa e o meridiano de Greenwich.
- Os paralelos são linhas perpendiculares aos meridianos, que cruzam a Terra no sentido leste-oeste. Eles determinam a latitude, também expressa em graus, e nos indicam a distância entre um local no planisfério e a linha do Equador.
Para localizar qualquer ponto na superfície terrestre é só fazer o cruzamento do meridiano com o paralelo e obter os dados referentes a latitude e longitude.
- LINHA DO EQUADOR
A linha do Equador é equidistante em relação aos polos Norte e Sul da Terra e serve como referência para traçar os paralelos, como os trópicos de Câncer e Capricórnio e os círculos polares Ártico e Antártico. Ela divide o planeta em porção norte, ou setentrional, e sul, ou meridional. As linhas que partem do Equador são divididas de zero a 90 graus para as duas direções. A latitude de um lugar é determinada por sua distância em relação à linha do Equador - quanto mais longe, mais alta é a latitude de um ponto. A latitude de Brasília, por exemplo, é 15º47'S - lê-se 15 graus e 47 minutos de latitude sul. Ou seja, a cidade fica a pouco mais de 15 graus ao sul da linha do Equador.
- MERIDIANO DE GREENWICH
O meridiano de Greenwich, que ganhou esse nome por passar pela cidade de Greenwich, na Inglaterra, divide o planeta em Ocidente e Oriente. A partir dele, as distâncias são contabilizadas de zero a 180 graus, tanto para leste quanto para oeste. A longitude de um lugar é a sua distância até o meridiano de Greenwich - quanto mais distante, maior será sua longitude. A longitude de Brasília, por exemplo, é de 47º55'O - lê-se 47 graus e 55 minutos de longitude oeste. Ou seja, Brasília está a cerca de 47 graus a oeste do meridiano de Greenwich. Também é comum informar no lugar das iniciais dos pontos cardeais (N, S, L e O) um sinal de + (positivo) para as latitudes norte e longitudes leste e, em contrapartida, um sinal de - (negativo) para as latitudes sul e longitudes oeste.
POR QUE AS COORDENADAS SÃO MEDIDAS EM GRAUS?
Geralmente as distâncias são medidas em metros ou quilômetros. Por que então a latitude e a longitude são medidas em graus? Ocorre que, apesar de a maioria dos planisférios não mostrar isso, estamos tratando da medida de uma superfície curva, pois a Terra tem a forma arredondada. Assim, essas medidas equivalem à abertura do ângulo entre as linhas imaginárias traçadas a partir do centro da Terra até a linha do Equador (latitude) e do centro da Terra até o Meridiano de Greenwich (longitude). Veja o exemplo de Brasília, nas figuras abaixo:
SAIBA MAIS
BÚSSOLAS, PORTULANOS E GPS
Da Idade Média (séculos V a XV) ao período das Grandes Navegações (séculos XV a XVII), a localização geográfica era obtida por meio da observação dos astros - a posição do Sol durante o dia e das constelações e da Lua à noite, por exemplo. As distâncias e as direções a serem seguidas eram obtidas pela leitura atenta da bússola e das Cartas, Portulanas ou Mapas Portulanos.
A bússola, cuja invenção é creditada aos chineses, foi fundamental para a navegação marítima no período das Grandes Navegações. Sua agulha imantada alinha-se com os polos magnéticos Norte e Sul da Terra e, dessa forma, permite que o navegador possa localizar-se e seguir na direção desejada. O desenvolvimento das Cartas Portulanas também facilitou a navegação, à medida que traziam as linhas de rumo para orientar o trajeto das embarcações, além de mostrar detalhes do litoral e a indicação dos principais portos, baías e cidades, como mostra este exemplo que representa o Mar Mediterrâneo e o seu entorno.
Atualmente, dispomos de tecnologias infinitamente mais precisas para obter as coordenadas geográficas e identificar praticamente qualquer lugar no planeta. Esses dados são facilmente levantados pelo GPS (Global Positioning System), um sistema composto por 24 satélites que fornece a um aparelho receptor sua posição exata na superfície terrestre. As informações são visualizadas a partir de aparelhos de GPS, celulares e computadores de bordo em automóveis, aviões e navios e são fundamentais para a navegação terrestre, marítima e aérea hoje em dia.
Págs. 14 e 15 (GE: GEOGRAFIA: VESTIBULAR E ENEM 2018)
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