GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM


O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 2: LITOSFERA - PLACAS TECTÔNICAS


AS CONSTRUTORAS DA TERRA
As placas tectônicas modelam e modificam o relevo do planeta há milhões de anos



As placas tectônicas são gigantes blocos que compõem a camada sólida externa do nosso planeta (a litosfera), sustentando os continentes e os oceanos . Impulsionadas pelo movimento do magma incandescente (material em estado líquido-pastoso no interior da Terra), as principais placas se empurram, afastam-se umas das outras e afundam ou elevam-se alguns milímetros por ano, alterando suas dimensões e modificando o contorno do relevo terrestre. Esses imensos fragmentos atuam como artistas que, continuamente, recriam a paisagem da Terra. Aliás, a palavra "tectônica" vem de tektoniké, expressão grega que significa "a arte de construir". A configuração atual dos continentes, por exemplo, é fruto de milhões de anos de "trabalho artístico" das placas. Veja as características de 16 das mais importantes placas tectônicas.

A DERIVA CONTINENTAL

Desenvolvida pelo alemão Alfred Lothar Wegener, a teoria da deriva continental não recebeu muito crédito quando foi divulgada em 1912. À época, poucos acreditaram na hipótese levantada por esse cientista de que, no passado geológico, toda a crosta terrestre estava unida em um único continente - a Pangeia - e que, posteriormente, ela se rompeu em dois supercontinentes. Laurásia e Godwana. Estas, por sua vez, se desmembraram em várias outras partes, que passaram a se mover em diferentes direções. Para sustentar sua argumentação, Wegener recorreu à semelhança dos contornos da África ocidental e do leste da América do Sul e também à análise de fósseis e amostras de rochas. Posteriormente, a confirmação de que as placas rochosas flutuam sobre magma incandescente ajudou a fortalecer a tese de Wegeber.

Atualmente, geólogos do mundo inteiro retomam e aprofundam as descobertas de Wegener a partir da teoria da Tectônica das Placas. Os estudos em vigor desde a década de 1960 descrevem e analisam com detalhes os movimentos das placas que compõem a crosta terrestre, bem como suas consequências, como os abalos sísmicos e as alterações no relevo terrestre e do fundo dos oceanos. Confira à direita como foi o processo de deslocamento de terras que resultou na formação dos atuais continentes.

QUEBRA-CABEÇA PLANETÁRIO
Conheça as características de 16 das mais importantes placas tectônicas



PLACA JUAN DE FUCA
É a menor das placas tectônicas que se fundiu com a placa Norte-Americana e criou a Cordilheira das Cascatas, nos Estados Unidos

PLACA DO PACÍFICO
Com cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados, está em constante renovação na região do Havaí, onde o magma sobe e cria ilhas vulcânicas. No encontro com a placa das Filipinas, ela afunda em uma área conhecida como Fossa das Marianas, na qual o oceano atinge sua profundidade máxima: 10.920 metros

PLACA DE NAZCA
A cada ano, essa placa de 10 milhões de quilômetros quadrados no leste do Oceano Pacífico fica 10 centímetros menor pelas trombadas com a placa Sul-Americana. Esta, por ser mais leve, desliza por cima da Nazca, criando vulcões e elevando as montanhas dos Andes

PLACA DE COCOS
Foi formada a partir do desprendimento da placa do Pacífico. Fundiu-se com a placa do Caribe, criando uma zona turbulenta

PLACA SUL-AMERICANA
Como o Brasil está no meio desse bloco, ele sente pouco os efeitos de terremotos. No centro do continente, a placa tem 200 quilômetros de espessura; na borda com a placa da África, não passam de 15 quilômetros

PLACA DO CARIBE
A placa do Caribe desliza ao lado da placa Norte-Americana, criando falhas transformantes. Foi o atrito entre elas que gerou, em 2010, o avassalador terremoto no Haiti, país que fica no limite entre as duas placas

PLACA DA ÁFRICA
No meio do Atlântico, uma falha submersa abre caminho para o magma do manto inferior, fazendo com que esse bloco se afaste da placa Sul-Americana e cresça de tamanho. A tendência é passar os 65 milhões de quilômetros atuais

PLACA DA ANTÁRTICA
É o bloco que dá suporte à Antártica e a uma parte do Ártico Sul, em um total de 25 milhões de quilômetros quadrados

PLACA AUSTRALIANA
O bloco que sustenta a Austrália e a maior parte do Oceano Índico ruma velozmente para o norte. Além de se chocar com a placa Indiana, a borda nordeste bate na placa do Pacífico, criando ilhas na região turbulenta

PLACA INDIANA
A placa comporta todo o subcontinente indiano. No choque com a placa Euroasiática, nasceu o conjunto de montanhas do Himalaia, no sul da Ásia, onde há mais de 100 montanhas com altitudes superiores a 7 mil metros

PLACA DAS FILIPINAS
Essa placa concentra em seus limites quase metade dos vulcões ativos do planeta. Colisões com a placa Euroasiática causam terremotos e erupções destruidoras, como a do Monte Pinatubo, em 1991, uma das mais violentas dos últimos 50 anos

PLACA IRANIANA
Localizada entre as placas Arábicas e Euroasiática, o bloco sustenta a maior parte do território do Irã. Por causa disso, o país registra grande atividade sísmica, como o terremoto de 2006, que matou mais de 31 mil pessoas

PLACA EUROASIÁTICA
Sustenta a Europa, parte da Ásia, do Atlântico Norte e do Mar Mediterrâneo. Ela se choca contra a placa das Filipinas e com a do Pacífico, onde fica o Japão. O encontro triplo é tumultuado e dá origem a uma das áreas do globo com o maior índice de terremotos e vulcões do planeta

PLACA ARÁBICA
A placa sustenta a Península Arábica e foi responsável pela criação do Mar Vermelho. O choque com a placa indiana provoca fortes terremotos

PLACA DE ANATÓLIA
Sobre essa placa fica boa parte do território da Turquia. O choque desse bloco com a placa Arábica e com a placa Euroasiática torna o país uma área sujeita a violentas atividades sísmicas

PLACA DA AMÉRICA DO NORTE
O deslocamento em relação à placa do Pacífico cria uma zona turbulenta: em um dos limites, na Califórnia, está a falha de San Andreas, famosa pelos terremotos arrasadores

DERIVA DOS CONTINENTES


225 MILHÕES DE ANOS ATRÁS
Todos os continentes estavam reunidos em um único chamado Pangeia (do grego: toda terra), formado durante a era Paleozoica

180 MILHÕES DE ANOS ATRÁS
A Pangeia começou a se partir no sentido leste-oeste formando dois subcontinentes: Laurásia e Gondwana

135 MILHÕES DE ANOS ATRÁS
Fendas separaram a América do Sul, a África e a Índia, iniciando a formação dos oceanos Atlântico e Índico

65 MILHÕES DE ANOS ATRÁS
Na atual configuração da Terra, a deriva continua. A América do Sul, por exemplo, afasta-se da África cerca de 5 centímetros


Págs. 30 e 31 (GE: GEOGRAFIA+VESTIBULAR 2018)

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