GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM


O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 3: A DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA



A TERRA É AZUL
Ocupando mais de 70% da superfície terrestre, a hidrosfera domina a paisagem do nosso planeta



Primeiro homem a ver o planeta do espaço, o astronauta russo Yuri Gagarin tornou célebre a frase em que descreveu o que observou lá de cima: "A Terra é azul". A coloração do nosso planeta visto da órbita terrestre é consequência do enorme volume de água que a Terra dispõe. São cerca de 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos que cobrem mais de 70% da superfície do globo.



O conjunto de toda a água do planeta recebe o nome de hidrosfera. Há cerca de 4 bilhões de anos, quando nosso planeta era uma nuvem quente de poeira de gás, a água encontrava-se misturando a outros gases, no estado de vapor. À medida que o planeta esfriava, esse vapor foi se condensando e, sob forma de chuva, precipitando sobre a superfície. Dessa longa e caudalosa tempestade formaram-se os oceanos, mares e o conjunto das "águas continentais", composto de rios, lagos, lençóis subterrâneos, geleiras e neves eternas.

Mas todo esse volume de água que cobre o planeta não está à disposição para o nosso consumo. Desse 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos de água que revestem o globo, apenas 2,5% são de água doce - algo em torno de 35 milhões de quilômetros cúbicos. Além disso, a maior parte da água ou está congelada nas geleiras e calotas polares ou encontra-se escondida em depósitos subterrâneos. A real proporção da água a que o homem tem acesso fácil - a superficial, de rios, lagos e pântanos - é de, no máximo, 0,4% da água doce existente no planeta (veja mais no gráfico abaixo). Ou seja, temos 100 mil quilômetros cúbicos para matar a sede, cuidar da higiene, gerar energia, produzir alimentos e bens industriais. Não é exatamente pouca água - imagine que cada pessoa no mundo tenha direito a mais de 570 bilhões de litros por dia, durante 75 anos.



O problema é que a água não é distribuída assim, de forma equilibrada, entre toda a população. A própria natureza impõe restrições. Enquanto regiões como a Amazônia é riquíssima em recursos hídricos, trechos da África e do Oriente Médio sofrem com uma bruta escassez, responsável, inclusive, por sérios conflitos armados. Para piorar, a ação do homem em nada vem ajudando a tornar a distribuição e o acesso à água mais democráticos. Se hoje 2,4 bilhões de pessoas não têm acesso à água tratada, isso se deve principalmente ao mau gerenciamento das fontes naturais e à falta de equilíbrio entre a renovação e o consumo da água. 


O CICLO HIDROLÓGICO

Toda a água disponível no planeta está em constante renovação. Esse processo no qual a água se desloca na superfície terrestre e da atmosfera, passando pelos estados líquido, sólido e gasoso, recebe o nome de ciclo hidrológico.

Um dos responsáveis por esse processo é a energia solar, que incide na superfície do planeta e provoca a evapotranspiração das águas, ou seja, elas passam do estado líquido para o gasoso. A evaporação dos oceanos ocorre com maior intensidade, mas o fenômeno acontece ainda em rios, lagos e demais águas continentais. A transpiração das plantas também contribui para a evaporação da água.

O vapor de água resultante desse processo dá origem às nuvens, que se deslocam com o movimento de rotação da Terra e dos ventos. Quando as nuvens se condensam, ocorre a precipitação, e a água volta para a superfície terrestre, atingindo tanto o continente quanto os oceanos. Essa precipitação pode ser líquida, no caso das chuvas, ou sólida, se cair na forma de neve ou granizo. Tudo depende das condições climáticas da região.

Ao atingir os continentes, a água da precipitação pode percorrer alguns caminhos:

  • volta para a atmosfera, em novo processo de evapotranspiração;
  • infiltra-se no solo, alimentando as águas subterrâneas;
  • é escoada na direção de rios, lagos e mares.
O destino dessas águas é influenciado por fatores como a cobertura vegetal, as condições climáticas e a geologia e a altitude. Em áreas mais áridas, por exemplo, a evaporação é maior que a infiltração, ao passo que, em terrenos arenosos, a água se infiltra mais rapidamente.


Págs. 50 e 51 (GE: GEOGRAFIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)


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