SAÚDE
"NOVO EXAME DIAGNOSTICA AUTISMO EM BEBÊS COM 3 MESES DE VIDA"
"Pesquisadores conseguiram identificar precocemente o transtorno do espectro autista (TEA) adaptando um teste já bastante usado por aí"
Por: Maria Tereza Santos
"Cientistas americanos descobriram uma possível maneira de diagnosticar muito precocemente o autismo: com uma nova forma de interpretar exames de eletroencefalograma (EEG). Oi?
O encefalograma nada mais é do que um teste do qual eletrodos são colocados no couro cabeludo para medir a atividade do cérebro. Ele é usado, por exemplo, para ajudar a detectar a epilepsia.
No entanto, mesmo resultados normais ou inconclusivos às vezes escondem informações valiosas - por exemplo, para o diagnóstico do autismo. Como pegar essas alterações sutis? Com a ajuda de um algorítimo (uma fórmula de computador), que foi desenvolvido por William Bosl, professor de informática em Saúde da Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos.
Então vamos à pesquisa. Nela, exames de EEG foram feitos em 99 bebês com alto risco de desenvolver autismo, uma vez que seus irmãos mais velhos tinham o transtorno. Outros 89 pequenos com baixa probabilidade de manifestar o quadro também passaram pelo procedimento.
Os testes - com direito ao uso daquele algorítimo - foram realizados no período de 3 a 36 meses de idade das crianças. Todas também se submeteram a avaliações de comportamento comumente empregadas em consultas clínicas para confirmar ou descartar a presença do autismo.
Resultado: os algorítimos acertaram o diagnóstico em mais de 95% dos casos aos 3 meses de vida. E, aos 9, o índice beirou dos 100%. 'Também conseguimos prever a gravidade do transtorno nessa faixa de idade com bastante confiabilidade', afirmou Bosl, em comunicado.
Segundo Charles Nelson, diretor dos Laboratórios de Neurociência Cognitiva do Hospital Infantil de Boston (EUA) e coautor do estudo, por ser um exame de baixo custo e não invasivo, o EEG seria facilmente incorporado ao checkup dos bebês. O potencial do método, se confirmado com mais estudos, representaria um avanço na medicina, porque normalmente o transtorno de espectro de autismo tende a ser diagnosticados mais tarde, com base em aspectos comportamentais. E isso, claro, atrasa o início do tratamento."
Matéria retirada do site SAÚDE, 10 de maio de 2018 (Acesso: 03/06/2018)
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