SAÚDE


"NOVO MONITOR DE GLICOSE FICA NO CORPO POR MESES E TE NOTIFICA VIA APP"
"O sensor, implantado sob a pele, notifica tanto a hiperglicemia quanto a hipoglicemia - e pode servir como guia para controle da alimentação"


Por: Felipe Sali

"Imagine estar trabalhando em um dia comum e receber uma notificação no celular avisando que a sua taxa de açúcar está muito alta e que deve procurar um médico. Isso será possível nos EUA, agora que a FDA - o órgão regulador que é equivalente à Anvisa por lá - aprovou o sistema de Monitoramento Contínuo de Glicose implantável que recebeu o nome de Eversense.
O Eversense conta com um pequeno sensor no formato de comprimido, que é implantado sob a pele através de um procedimento simples de cinco minutos. Ele é revestido por uma substância química que reage à glicose e consegue vigiar os seus níveis de açúcar no sangue 24h por dia.
Com a ajuda de um transmissor sem fio, ele envia sinais para o aplicativo (disponível para IOS e Android) que irá te notificar sempre que as taxas de açúcar estiverem alarmantes, tanto para mais (hiperglicemia), quanto para menos (hipoglicemia). Além disso, a cada cinco minutos o aplicativo é atualizado com o estado de seu sangue em tempo real, o que pode te servir como guia para controlar a alimentação do dia.
O implante hightech, porém, não é o primeiro monitor contínuo de glicose que já existiu. Mas é o primeiro a ser realmente prático. Enquanto os modelos não implantáveis duram cerca de uma semana, sendo que desperdiçaram os primeiros dias aprendendo a se calibrar com o organismo, o novo dispositivo dura três meses.
O objetivo era que fosse aprovado para trabalhar em conjunto com bombas de insulina - assim, além de alertar sobre o nível de glicose, ele também determina que a quantidade exata de insulina fosse injetada no corpo a cada momento do dia. Mas essa coordenação o FDA decidiu não liberar.
Mesmo depois de ter sido aprovada nos testes de segurança e eficácia, nos quais menos de 1% dos voluntários sofreram efeitos adversos, o Eversense irá participar agora do chamado de 'estudo pós-mercado' - onde serão acompanhados os efeitos nos pacientes que optarem por usar o dispositivo nos EUA. Ainda não há previsão de quando a novidade chegará no Brasil."

Notícia retirada do site SUPERINTERESSANTE, 26 de junho de 2018 (Acesso: 26/06/2018)

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