O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A história é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE). O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - História: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!
CAPÍTULO 3: IDADE MODERNA - REPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
A partir de agora, você poderá responder as 04 questões relacionadas ao capítulo 3 - Idade Moderna, da série HISTÓRIA: VESTIBULAR E ENEM. Para reler todas as postagens do capítulo basta clicar sob o nome em destaque. E para verificar as respostas de cada questão, basta clicar em CAPÍTULO 3: IDADE MODERNA - EXERCÍCIOS COMO CAI NA PROVA.
COMO CAI NA PROVA
1. (UERJ 2015)
Nos séculos XVI e XVII, o surgimento e a expansão de diversas regiões cristãs, genericamente chamadas de protestantes, alteraram as condições políticas e sociais do Ocidente europeu.
Identifique dois elementos políticos da expansão das igrejas protestantes para as sociedades europeias. Apresente, ainda, uma das reações da Igreja Católica a essa expansão.
RESOLUÇÃO:
A Reforma Protestante é um movimento de caráter religioso, político e econômico que surge na Europa no século XVI. Contesta a estrutura e os dogmas da Igreja Católica e rompe a unidade do cristianismo, dando origem às religiões ditas protestantes. As mais importantes são o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo.
As reformas protestantes provocaram diversos efeitos políticos. O primeiro reformista, o alemão Martinho Lutero (1483-1546), pregou a substituição do poder eclesiástico pelo do Estado, a simplificação da liturgia e o fim do celibato clerical e do culto às imagens. Foi excomungado, mas suas ideias se difundiram rapidamente, provocando guerras de religião do Sacro Império Romano-Germânico e terminando com a aceitação do luteranismo pelo imperador. Já na França, o religioso João Calvino (1509-1564) pregou que o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho, conquistando o apoio da burguesia. Na Inglaterra, após ter um pedido de divórcio negado pelo papa e interessado em se sobrepor à autoridade católica em seu país, o rei Henrique VIII (1491-1547) fundou a Igreja Anglicana.
Mas a Igreja Católica reagiu à Reforma Protestante em um movimento conhecido como Contrarreforma. Em 1545, o papa Paulo III convocou o Concílio de Trento para defender a disciplina eclesiástica e a unidade da igreja. Ele regulou as obrigações do clero e limitou o excesso de luxo na vida dos religiosos. Também instituiu o índice de livros proibidos (index Librorum Prohibitorum), que relacionou as obras que os católicos não poderiam ler, sob pena de excomunhão. O órgão encarregado da repressão às heresias e da aplicação das medidas da Contrarreforma foi a Inquisição.
2. (UNICAMP 2015) A primeira lei de Kepler demonstrou que os planetas se movem em órbitas elípticas não circulares. A segunda lei mostrou que os planetas não se movem a uma velocidade constante.
É correto afirmar que as leis de Kepler
a) confirmaram as teorias definidas por Copérnico e são exemplos do modelo científico que passou a vigorar a partir da Alta Idade Média.
b) confirmaram as teorias defendidas por Ptolomeu e permitiram a produção das cartas náuticas usadas no período do descobrimento da América.
c) são a base do modelo planetário geocêntrico e se tornaram as premissas científicas que vigoram até hoje.
d) forneceram subsídios para demonstrar o modelo planetário heliocêntrico e criticar as posições defendidas pela igreja naquela época.
RESOLUÇÃO:
O contexto em questão é o Renascimento Científico, ocorrido durante o Renascimento Cultural dos séculos XIV, XV e XVI. O pensamento defendido até então e propagado pela Igreja Católica era o geocêntrico, pelo qual a Terra se encontrava no centro do Universo, com o Sol girando ao seu redor. O alemão Johannes Kepler, tomando por base as críticas de Copérnico ao geocentrismo, defendia o heliocentrismo, pensamento pelo qual o Sol seria o centro do sistema.
Resposta: D
3. (FATEC 2016) Sobre as Grandes Navegações Portuguesas e seus desdobramentos históricos, é correto afirmar que
a) esse contexto é fruto do processo revolucionário comandado pelo presidente Antônio Salazar, que, posteriormente, utilizou as terras descobertas no além-mar para exilar seus opositores políticos.
b) Portugal, interessado nas especiarias orientais, cujo comércio era controlado pelos mercadores italianos e árabes, procurou novas rotas para atingir as Índias e eliminar esses intermediários.
c) a fragmentação política do reino, consequência da Revolução de Avis, ocorrida em 1385, atrasou em pelo menos dois séculos o desenvolvimento das condições necessárias para realização das primeiras viagens.
d) Portugal foi o último reino europeu a se lançar na aventura das viagens marítimas, devido, principalmente, a uma grande crise econômica, o que impediu o desenvolvimento da tecnologia necessária para as travessias oceânicas.
e) os portugueses, impulsionados pela concorrência da economia na Inglaterra, optaram por tomar posse da sua colônia americana, o Brasil, e iniciar a produção do algodão que iria abastecer os mercados internacionais no século XVI.
RESOLUÇÃO:
O interesse pelo lucrativo comércio das especiarias do Oriente levou Portugal a procurar uma rota alternativa, que não exigisse o intermédio de comerciantes árabes no Índico e nem de italianos no Mediterrâneo. Para tanto, os portugueses iniciaram a conquista do litoral africano, a partir da ocupação de Ceuta, em 1415. A realização do Périplo Africano permitiu aos portugueses alcançaram a Índia por uma rota mais eficaz do que as dominadas por árabes e italianos.
Resposta: B
4. (PUC-RS 2015) Considere o texto abaixo, de G. F. de Oviedo, que relata o estabelecimento do império espanhol na América, no livro L'Histoire des Indes, publicado no ano 1555.
"O almirante Colombo encontrou, quando descobriu esta Ilha Hispaniola, um milhão de índios e índias (...) dos quais, e dos que nasceram desde então, não creio que estejamos vivos, no presente ano de 1535, quinhentos, incluindo tanto crianças como adultos (...). Alguns fizeram esses índios trabalharem excessivamente. Outros não lhes deram nada para comer como bem lhes convinha. Além disso, as pessoas dessa região são naturalmente tão inúteis, corruptos, de pouco trabalho, melancólicos, covardes, sujas de má condição, mentirosos, sem constância e firmeza (...). Vários índios, por prazer e passatempo, deixaram-se morrer com veneno para não trabalhar. Outros se enforcaram pelas próprias mãos. E quanto aos outros, tais doenças os atingiram que em pouco tempo morreram (...). Quanto a mim, eu acreditaria antes que Nosso Senhor permitiu, devido aos grandes, enormes e abomináveis pecados dessas pessoas selvagens, rústicas e animalescas, que fossem eliminados e banidas da superfície terrestre.
Considerando o contexto histórico, pode-se afirmar que o texto de Oviedo representa
a) o pensamento singular de um ideológico extremista do absolutismo espanhol, em oposição ao sistema do Real Padroado e suas repercussões na América colonial.
b) a posição de um intelectual cristão renascentista que busca denunciar o caráter semifeudal da expansão ultramarina ibérica, sintetizado na figura de Colombo.
c) uma justificativa, de fundo religioso-moral para o genocídio decorrente da exploração colonial, cujos pressupostos são correntes no universo cultural europeu da época.
d) uma defesa, em termos racistas e preconceituosos, dos massacres promovidos pelos primeiros colonos espanhóis, que agiam contra os interesses econômicos do Estado Absolutista.
e) uma visão irônica, de caráter naturalista e raciológico, a respeito da inutilidade da violência praticada pelos colonizadores civis espanhóis no chamado período da Conquista.
RESOLUÇÃO:
De acordo com o autor, o extermínio dos nativos da América espanhola poderia ser justificado por uma questão religiosa e moral: ao serem considerados preguiçosos, pescadores e desprovidos de vontade de trabalho, a grande quantidade de mortos teria sido castigo divino. No contexto da colonização na América, o argumento de que os nativos eram preguiçosos e distantes do verdadeiro Deus foi utilizado para justificar sua escravização e extermínio.
Resposta: C
Págs. 52 e 53 (GE: HISTÓRIA+ENEM 2018)
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