MUNDO
"ATAQUE À TIROS NA FRANÇA MATA 4: POLÍCIA APURA POSSÍVEL LIGAÇÃO COM TERRORISMO"
"A ação ocorreu na cidade de Estrangeiro, perto de um famoso mercado de Natal"
Por: Lucas Neves
"PARIS Um ataque a tiros deixou pelo menos quatro mortos e 11 feridos na noite desta terça-feira (11), em Estrasburgo (França), perto da fronteira com a Alemanha.
O episódio aconteceu nos arredores de um mercado de Natal, evento muito frequentado na Europa, pouco antes das 20h (17h em Brasília).
O autor dos disparos, segundo fontes do jornal Figaro, é um homem de 29 anos, natural da cidade e monitorado pelos serviços de inteligência franceses.
Na manhã desta terça, a polícia esteve na casa dele para efetuar uma operação de busca e apreensão ligada à investigação de um assalto. O homem não estava no endereço, e os agentes encontraram ali granadas."
"Após o ataque, que se estendeu ao menos três pontos do centro de Estrasburgo, ele fugiu ainda armado e foi atingido por um tiro dado por um policial.
Às 23h (20h em Brasília), de acordo com a TV francesa, um grupo de policiais o havia encurralado, mas o homem ainda não tinha se entregado.
A polícia de Paris já abriu investigação sobre o caso, mencionando possível relação do suspeito com grupos terroristas.
Por causa da fuga dele, a prefeitura s a polícia de Estrasburgo pediram à população que não saísse de casa.
O Parlamento Europeu, que tem uma de suas sedes na cidade, ficou trancado, e várias pessoas relataram estar confinadas em bares, cinemas, bibliotecas e estabelecimentos comerciais do centro da cidade por horas.
O presidente da Comissão Europeia, que havia feito um pronunciamento pela manhã na Casa, condenou o atentado. "Estrasburgo é, por excelência, uma cidade símbolo da paz e da democracia europeias, valores que defendemos sempre".
O ministro do Interior, Christophe Castaner, chegou à cidade pouco tempo depois do ataque para acompanhar a perseguição ao homem."
"O caso lembra um ataque a um mercado natalino em Berlim, em dezembro de 2016. Na ocasião, um caminhão foi jogado contra uma aglomeração de visitantes do evento, e 12 pessoas morreram.
A França tem um complicado histórico recente de ataques terroristas.
Em janeiro de 2015, os irmãos Said e Chérif Kouachi invadiram a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, e mataram 12 pessoas. No dia seguinte, um comparsa deles matou um policial, na véspera de adentrar um mercado kosher, fazer reféns e matar outras quatro pessoas.
Alguns meses depois, em 13 de novembro, uma sequência de ataques na periferia e em bairros boêmios da capital francesa deixou como saldo 130 mortos.
Por fim, em 2016, nas comemorações do 14 de julho (a grande festa nacional francesa), um homem no volante de um caminhão invadiu uma via à beira-mar reservada naquela data a pedestres e fez 86 vítimas.
Por causa dos episódios de 2015, o governo decretou estado de emergência no país, medida que foi estendida diversas vezes e perdurou até outubro de 2017.
Esse dispositivo habilita a polícia a conduzir algumas operações sem necessidade de autorização judicial prévia e simplifica a interdição de manifestações populares e a imposição de toques de recolher, entre outras restrições."
Notícia retirada do site FOLHA DE S. PAULO, 11 de dezembro de 2018 (Acesso: 11/12/2018)
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