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A seguinte matéria foi escrita pelo colunista Duda Teixeira, publicada esta semana pela revista Veja. Portanto, todas as informações pertencem exclusivamente à revista e ao autor, e não devem ser copiadas sem a divulgação de seus nomes.
A seguinte matéria foi escrita pelo colunista Duda Teixeira, publicada esta semana pela revista Veja. Portanto, todas as informações pertencem exclusivamente à revista e ao autor, e não devem ser copiadas sem a divulgação de seus nomes.
"ASSASSINATO EM PRIMEIRA PESSOA"
"Ao transmitir seu crime na internet, um louco ganhou fama e muitos cúmplices"
"A mão forte que empunha a pistola no centro da tela e que reage aos trancos dos disparos parece simular jogos de videogame como Call of Duty e Counter Strike. A cena, que coloca o espectador na pele do assassino, foi flagrada pelo ex-repórter Vester Lee Flanagan II com uma minicâmera na cabeça. Quinze tiros depois, a jornalista americana Alison Parker e o cinegrafista Adam Ward, que faziam um programa ao vivo no Estado da Virgínia, estavam mortos. A entrevistada foi baleada nas costas, mas sobreviveu. Enquanto fugia de carro, Flanagan, que se apresentava na televisão com o nome de Bryce Williams, escreveu mensagens no Twitter. Quatro horas depois do duplo homicídio, postou: 'Eu filmei os tiros. Vejam o Facebook'. Muita gente compartilhou o vídeo para ganhar curtidas de amigos virtuais. Uns poucos replicaram pelo deleite de ter a mesma sensação do predador, que espreita e ataca. Milhares de pessoas assistiram ao que não queriam porque, no Facebook, os vídeos rodam automaticamente. Os administradores desse e de outros sites, como Twitter e You Tube, apagaram as cenas, mas não a tempo de conter seu efeito viral. Flanagan achava que havia perdido o emprego na TV por causa de Alison. A exemplo de outros atiradores desajustados que dirigem contra inocentes suas frustrações pessoais, ele queria notoriedade. Na era digital, isso ficou mais fácil."
A matéria acima foi retirada da revista Veja, edição 2441, ano 48, nº 35, pág. 31. 02 de setembro de 2015. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista Veja e a Editora Abril.
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