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A seguinte matéria foi escrita pela colunista Adriana Farias, publicada em 26 de agosto de 2015 pela revista Veja SP. Portanto, todas as informações pertencem exclusivamente a seus autores, e não devem ser copiadas sem a divulgação de seus nomes.
"PAULISTANO NOTA DEZ"
Nome: Maxx Figueredo/ Profissão: desenhista
Atitude transformadora: veste fantasia de super-herói para visitar e divertir crianças e adolescentes em hospitais
"Em 2007, o desenhista Maxx Figueredo circulava de moto pelas Perdizes quando perdeu o controle do veículo depois de levar uma fechada de um carro. Ele se espatifou no asfalto e isso lhe custou a perda de parte da perna direita após três meses de internação em um hospital. Desde então, carrega doze parafusos no braço direito e usa uma prótese mecânica abaixo do joelho (ela é substituída por uma flexível, de fibra de carbono, semelhante à que é usado por atletas paralímpicos, quando participa de corridas de rua). A prática esportiva é um exemplo de como Maxx não se deixou abater pelas limitações físicas. Para os amigos, ele é o Homem de Ferro.ç Ajudam a reforçar a pertinência do apelido os materiais que carrega no corpo desde o acidente e a semelhança como o ator Robert Downey Jr., protagonista da série de filmes com o super-herói.
Em 2014, Maxx teve a ideia de usar a história para ajudar a elevar a autoestima de crianças e adolescentes em recuperação de doenças graves. Por meio de um financiamento coletivo na internet, arrecadou 6 000 reais em quinze dias para comprar o traje nos Estados Unidos. Vestido com armadura, o 'Tony Stark brasileiro' iniciou suas ações voluntárias em outubro. A partir de então, calcula ter visitado cerca de 200 jovens com câncer e paralisia em instituições como o Hospital das Clínicas, o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) e a Assistência à Criança Deficiente (AACD).
Nas telas, o Homem de Ferro é capaz de voar a uma velocidade supersônica e medir força com robôs gigantes. Na vida real, suas façanhas são mais emocionantes. Em janeiro, um garoto de 6 anos com problemas motores levantou a mão para imitar a pose do personagem das HQs quando emite um raio. O gesto surpreendeu a equipe médica, que tentava fazê-lo esboçar movimentos havia quase um mês. 'Não tem dinheiro que pague isso', lembra Maxx. O desenhista luta agora para conseguir patrocinadores e institucionalizar seu trabalho sob o nome de Heróis da Alegria. 'Ás vezes o vilão vem com uma criptonita e você cai de joelhos', afirma. 'Mas é preciso se levantar', completa repetindo o que costuma dizer aos fãs em suas aparições."
A matéria acima foi retirada da revista Veja SP - parte integrante da Veja - Ano 48 - nº 34, pág. 36. 26 de agosto de 2015. Todos os direitos autorais pertencem exclusivamente à revista Veja SP e a Editora Abril.
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