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A seguinte matéria foi escrita por Luise de Oliveira Rodrigues, publicada pela revista AVENTURAS NA HISTÓRIA, edição de setembro de 2015. Portanto, todos os direitos autorais pertencem exclusivamente à revista e a autora, e não devem ser copiados sem a divulgação de seus nomes.
 
"VIDA DEPOIS DA MORTE"
"Os rituais egípcios garantiam o reencontro do corpo com o espírito"
 

"Na História do homem o pós-morte sempre esteve cercado de mistérios e questões. O povo egípcio era muito ligado aos rituais funerários, com os quais demonstrava a importância que dedicava à conservação dos corpos como isso era fundamental para que esses corpos realizassem uma boa passagem para o mundo dos mortos.
A preparação dos egípcios para a viagem para o além começava cedo. Era essencial ter consigo uma cópia do Livro dos Mortos, uma série de encantamentos que auxiliariam o morto a chegar com segurança ao julgamento de Osíris (deus da mitologia egípcia associado à vegetação e à vida no além). Era Osíris que julgava o morto ao pesar seu coração na balança da Justiça, com a pena de Maat, a deusa da Verdade, da Justiça, da Retidão e da Ordem. O coração tinha que ter o mesmo peso que a pena. Se fosse mais pesado, o morto seria devorado por um monstro horrendo, mas, se tivesse o mesmo peso, ele havia sido uma boa pessoa, então desfrutaria de todos os privilégios do além. Os egípcios acreditavam que passar pelas divindades e pelo processo da pesagem do coração não era uma tarefa fácil se o falecido não estivesse preparado."
 
 
"Com a mumificação - que incluía o processo de secagem do corpo com natrão, retirada do cérebro pelo nariz, remoção de alguns órgãos, enfaixamento com tiras de linho e goma e enterrar no sarcófago -, os egípcios confiavam que o morto realizaria uma viagem tranquila no pós-morte, uma vez teria um corpo para onde retornar.
Eles também identificavam o nome do falecido no ataúde, porque acreditavam que a alma (Ba, para eles) não teria para onde voltar e ficaria 'perdida' caso a identificação fosse incorreta ou o nome fosse apagado. Toda a população, teoricamente, tinha acesso à mumificação, da mais luxuosa à mais simples. E todos os tipos tinham seu valor perante os deuses. As tumbas mais luxuosas mostram com riqueza de detalhes como se davam os rituais, que além do processo da mumificação havia a chamada 'cerimônia de abertura da boca'. Objetos como os vasos canopos, amuletos, shawabtis, esquifes, entre outros, eram presença obrigatória nos cerimoniais."
 

"Nos vasos canopos eram guardadas as vísceras, e cada vaso correspondia a um deus específico, assim como o órgão depositado nele.
No sarcófago o corpo do falecido seria depositado após um processo de 70 dias de mumificação. Nesse método, as feições do rosto do falecido deviam ser preservadas, tudo para que a alma achasse o corpo mais facilmente.
Os shawabtis eram pequenas estatuetas em forma humana depositadas na tumba. Elas representavam 'empregados' e sua função era trabalhar para o morto no além (segundo os egípcios, 'já que trabalhamos arduamente durante toda uma vida, por que necessitamos trabalhar no além igualmente?')."
 
 
"Além da balança da Justiça, o morto também passava pela Confissão Negativa, texto presente no Livro dos Mortos, que deveria ser recitada diante dos deuses na Dupla Sala da Verdade e Justiça. Daí a importância do coração como peça-chave no julgamento dos mortos e a preocupação em preservá-lo tão ardentemente. Para chegar bem ao outro lado, ele precisava ser puro e limpo."
 

A matéria acima foi retirada da revista AVENTURAS NA HISTÓRIA - edição 146, pág. 28 e 29. Setembro de 2015. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista AVENTURAS DA HISTÓRIA e a Editora Abril.
 
 
 

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