CONFLITOS INTERNACIONAIS
As informações a seguir foram retiradas do site do jornal O ESTADO DE S. PAULO, por isso o conteúdo pertence ao site. A divulgação das informações somente tem objetivo de levar conhecimento a todos que acessam o Conhecimento Cerebral.
"EM SUA DESPEDIDA DA ÁFRICA, PAPA PEDE PAZ E UNIÃO"
"República Centro-Africana foi a última etapa da viagem do pontífice ao continente e também primeira visita dele em um país em conflito"
"Protegido por um esquema de segurança acima do normal, o papa Francisco pediu ontem a reconciliação da República Centro-Africana, um país afetado há anos pela violência entre muçulmanos e cristãos. No momento em que seu avião pousou na capital Bangui, helicópteros de ataque patrulhavam os céus e forças de paz da ONU e do Exército francês esperavam do lado de fora do aeroporto.
A visita à ex-colônia francesa é a primeira viagem do pontífice a uma zona de combate. Bangui é a etapa final da primeira viagem de Francisco à África, após passagem pelo Quênia e Uganda. A cidade registrou recentemente um aumento dos confrontos, com ao menos cem mortos desde o fim de setembro, segundo a organização Human Rights Whatch (HRW).
Ontem, Francisco foi levado para o palácio presidencial - em um papamóvel aberto durante grande parte do tempo de viagem-, onde se reuniu com a chefe de Estado interina, Catherine Samba-Panza, que pediu 'perdão' em nome da classe dirigente e dos responsáveis pelo que chamou de 'queda ao inferno', em alusão à violência em seu país, e encorajou seus compatriotas a fazer o mesmo após receber o papa Francisco.
Samba-Panza elogiou a 'lição de coragem e determinação' que o pontífice demonstrou ao viajar para Bangui. 'Todos os filhos e filhas deste país devem reconhecer suas falhas e pedir perdão, um perdão sincero que sua benção transformará em um novo pavimento para a reconstrução da República Centro-Africana', ressaltou a governante."
"A chegada de Francisco foi bem recebida pela maioria cristã e por uma pequena porção muçulmana - ambos os grupos esperam que a presença do papa possa renovar o diálogo e aliviar as tensões.
O avião do papa pousou no aeroporto da capital Bangui por volta das 10 horas (horário local) e foi recebido por dignitários, incluindo o arcebispo da cidade, Dieudonné Nzapalainga. Dezenas de crianças agitavam bandeiras com as cores do Vaticano.
Gabriel Ouamale, de 33 anos, que vende souvenirs em frente à catedral de Bangui, incluindo camisetas e guarda-chuvas que levam a imagem do papa, disse que as vendas só aumentaram na semana passada. 'Havia pessoas que duvidavam, que disseram que talvez ele não viesse em razão da situação do país. Mas agora as pessoas sabem', disse.
Deslocados. Na capital do país, o papa também visitou o campo de refugiados João XXIII, que abriga parte dos mais de 440 mil forçados a abandonar seus lares em razão dos conflitos, mas que permaneceram no país."
"Trabalhem, rezem, façam tudo pela paz', disse o pontífice no acampamento. 'Mas, lembrem-se, a paz sem amor, amizade e tolerância não é nada. Espero que todos possam ver a paz'.
Aproximadamente, 40 mil pessoas vivem amontoadas no acampamento desde a explosão de violência entre os selekas, rebeldes muçulmanos que chegaram ao poder, em março de 2013 por um golpe de Estado, e as milícias cristãs que começaram a perseguir e a assassinar muçulmanos em represália aos abusos cometidos após a crise.
As condições do acampamento são péssimas, com centenas de pessoas dormindo no chão, porque nem sempre é possível ficar nas lonas fornecidas pela agência da ONU para refugiados (Acnur). Segundo o coordenador do campo, Magloire Malissaba, as necessidades de água, alimento e remédios são permanentes. A viagem foi a mais perigosa do pontificado de Francisco em razão da elevada instabilidade da região./EFE e REUTERS."
Informações retiradas do jornal O ESTADO DE S. PAULO - EDIÇÃO DIGITAL, nº 44603 - Ano 136, pág. A12. Internacional. 30 de novembro de 2015, segunda-feira (Acesso: 30/11/2015)
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