INTERNACIONAL


As informações a seguir foram retiradas do site da FOLHA DE S. PAULO, por isso o conteúdo pertence ao site. A divulgação das informações somente tem objetivo de levar conhecimento a todos que acessam o Conhecimento Cerebral.

CONFERÊNCIA DO CLIMA EM PARIS
"CÚPULA COMEÇA COM SEGURANÇA REDOBRADA"
"Encontro que visa acordo sobre mudança climática reúne mais de 150 líderes globais, mas festa dá lugar à vigilância"


Por: Leandro Colon e Lucas Neves
[ENVIADOS ESPECIAIS A PARIS]

"Com 120 mil efetivos no país, muito deles na capital, Paris vira 'cidade sitiada' durante duas semanas de evento.
A cidade de Paris está sitiada por soldados e policiais em um contexto jamais visto na história da França.
Não foi pensado em estado de emergência e sob o temor de novos atentados terroristas que a capital francesa se preparou para ser a anfitriã, a partir desta segunda (30), da COP21, a conferência da ONU que debate o futuro climático do planeta e tenta buscar fechar acordo que freie a mudança climática.
Além do frio, o que se sente nas ruas de Paris é apreensão quanto aos próximos 12 dias de encontro da comunidade internacional.
Os atentados que mataram 130 pessoas em 13 de novembro transformaram o desejo de promover uma recepção histórica em uma enorme preocupação para as autoridades, sobretudo porque há suspeitos de envolvimento com aquela noite de terror ainda foragidos."


"A COP21 é considerada o maior encontro diplomático do país desde a Conferência da ONU de 1948 que resultou na Declaração Universal de Direitos Humanos.
Cerca de 150 chefes de Estado e de governo são aguardados para cerimônia de abertura nesta segunda, entre eles os presidentes americano, Barack Obama, e o russo, Vladimir Putin, que lideram ataques na Síria contra o Estado Islâmico, facção terrorista que reivindicou os atentados de Paris.
Ambos sentarão à mesa com o anfitrião François Hollande, que também declarou guerra ao EI.
É uma chance para reafirmar nosso compromisso para proteger a população e nosso modo de vida da ameaça terrorista', escreveu Obama em uma rede social neste domingo (29).
São 120 mil efetivos protegendo a França. Além de 8.300 policiais na fronteira, há contingentes em estações de metrô e ruas da capital. 
Ao todo, 11 mil foram escalados somente para a conferência, sendo 2.800 exclusivamente no espaço que a abriga, um parque de exposições em Le Bourget, subúrbio de Paris, que deve receber 40 mil pessoas.
As catracas dos serviços de transporte público foram liberadas até esta noite, mas a polícia pediu que a população evite usá-los para não sobrecarregar os vagões, ao mesmo tempo em que as principais de acesso de carro estão bloqueadas."

"DILMA"

"Grades e policiais cercavam, por exemplo, todo o quarterão de Le Bristol, onde estão hospedadas a presidente Dilma Rousseff e outras delações. Passaportes, malas e bolsas são checados nas esquinas do hotel.
Dilma, que discursará no evento, teve um fim de semana reservado em Paris, com dois compromissos bilaterais de última hora com a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, e o presidente da Bolívia, Evo Morales.
A presidente prometeu dar entrevista coletiva após as reuniões oficiais.
Foram deslocados 6.300 efetivos para vigiar embaixadas e hotéis que recebem os líderes mundiais.
Estima-se a média de três policiais franceses para cuidar de cada chefe de Estado - no caso de Obama, por exemplo, o número é muito maior, obviamente, por causa do forte esquema próprio de segurança do americano.
O clima de segurança tomou o lugar do ativismo e de festividades nas ruas da cidade pela COP21, abortado com a proibição de marchas previamente programadas.
Mesmo assim, manifestantes tentaram furar a ordem e entraram em confronto com a polícia na praça da república (leia abaixo).
Protestos e marchas ocorreram também em cidades de outros países, entre elas Madri, Londres, Vancouver, Nova York e São Paulo, onde a chuva inibiu os ativistas.
No sábado (28), 24 pessoas foram detidas na França sob as regras do 'estado de emergência' pois, segundo o governo, planejavam um 'protesto violento'."


"MANIFESTANTES DESAFIAM PROIBIÇÃO E PROTESTO TERMINA EM CONFRONTO"
"Segundo a polícia francesa, atos levaram a 289 detenções"

"Manifestantes desafiaram a proibição de realizar protestos e reuniões públicas na França e foram reprimidos com spray de pimenta e bombas pela polícia, no domingo (29) à tarde, na praça da República, no leste parisiense.
A interdição está em vigor desde que o presidente François Hollande decretou estado de emergência no país, horas após os atentados que deixaram 130 mortos em Paris, no último dia 13.
A medida levou ao cancelamento de um marcha convocada por ONGs e ativistas do meio ambiente, que aconteceria na tarde de domingo, véspera da abertura da conferência do clima da ONU. O protesto sairia da República.
Desde o fim da manhã, no entanto, pequenos grupos e manifestantes avulsos começaram a se aglomerar no local, erguendo faixas e cartazes com mensagens ambientais e anticapitalistas, além de entoar slogans como 'Estado de emergência, Estado policial, ninguém nos tira o direito à manifestação'.
Por volta das 13h (10h em Brasília), a polícia bloqueou os acessos à praça com viaturas e barreiras humanas.
O objetivo era impedir que cortejos saíssem em direção à praça da Nação, cumprindo o tradicional percurso de manifestações parisienses.
Menos de uma hora depois, um grupo de algumas centenas de pessoas, sobretudo jovens, conseguiu avançar um quarterão na avenida da República, uma das artérias que levam à praça. Um cordão policial freou o avanço da aglomeração, mas um confronto estourou quando alguns manifestantes tentaram forçar a passagem.
Policiais usaram spray de pimenta e foram alvejados por sapatos e pedras. O tumulto foi controlado após cerca de 20 minutos."

"MEMORIAL"

"Um segundo enfrentamento ocorreu minutos depois na esquina com a rua do templo, outra via de acesso à República. Ali, um grupo bem menor atirou garrafas, castiçais e vasos de flores na direção de policiais, que reagiram com bombas de efeito moral e gás de lacrimogênio, dispersando a formação.
Muitos objetos arremessados contra as forças de segurança eram tirados do memorias às vítimas dos atentados, improvisado aos pés da estátua central da praça. Para proteger as homenagens, outro grupo fez um cordão humano em torno do monumento. Durante o tumulto, a estação de metrô da República permaneceu fechada, e o comércio baixou as portas.
Tomada por policiais e viaturas, a praça foi esvaziada pouco após as 16h. A polícia informou que 289 pessoas foram detidas.
Mais cedo, ativistas ambientais e simpatizantes haviam formado uma 'corrente humana' na calçada do bulevar Voltaire, ao longo dos 3,5 km que separam a República da Nação, itinerário da marcha cancelada. Segundo a polícia, cerca de 4.500 pessoas participaram - os organizadores falaram em 10 mil.
O traçado do cordão incluía o Bataclan, casa de shows atacada no dia 13 onde morreram 90 pessoas.
Antes, a República amanheceu coberta por quatro toneladas de sapatos apontados para a praça da Nação, em aceno à manifestação cancelada.
A iniciativa foi da ONG Avaaz, que disse ter recebido doações de personalidades como o papa Francisco, o secretário-geral da ONU, Bam ki-moon, e a atriz francesa Marion Cotillard. (LN)"



Informações retiradas do jornal FOLHA DE S. PAULO - EDIÇÃO DIGITAL, nº 31.652, pág. A11. Mundo. 30 de novembro de 2015, segunda-feira (Acesso: 30/11/2015)

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