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A seguinte matéria foi publicada pela revista Planeta, edição de outubro de 2015. Portanto, todos os direitos autorais pertencem exclusivamente à revista, e não devem ser copiados sem a divulgação de seus nomes.
"UM ESTRANHO EL NIÑO"
"O atual aquecimento das águas do Pacífico, que influencia o clima do mundo, deve ser um dos mais fortes dos últimos tempos"
"Fazia cinco anos que ele não dava as caras. Agora voltou, muito mais avassalador, e deve perdurar até março de 2016, segundo cientistas americanos e australianos. O El Niño é um fenômeno que provoca o aquecimento das águas do Oceano Pacífico e afeta o clima no mundo todo. Em geral, ele provoca condições preexistentes. Locais com muita incidência de chuvas devem se preparar para inundações. Áreas sujeitas a secas convertem-se em desertos. A Nasa já mostrou que secas favorecidas pelo El Niño estimulam incêndios nas florestas, um dos grandes fatores de poluição atmosférica.
'Tudo indica que o El Niño atual será um dos mais fortes desde 1950', diz Mike Halpert, diretor do centro de previsões climáticas da Agência Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA. Com base no fenômeno anterior, há razões para preocupação. Em 2010, houve secas excepcionais na Austrália, nas Filipinas e no Equador, tempestades nos EUA, inundações no México e fortes ondas de calor no Brasil.
Para Karla Longo, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a intensificação das ilhas de calor é a consequência mais nefasta do fenômeno no Brasil. Sobretudo no Nordeste, que deve sofrer ainda mais com secas. No Sul, são esperadas chuvas torrenciais. Os reflexos na crise hídrica paulista são incertos. Felizes com o El Niño por aqui, só os produtores de soja e milho do Sul e Sudeste, que esperam ser beneficiados por um verão mais úmido. (E. F.)"
A matéria acima foi retirada da revista PLANETA - Ano 42 - edição 514, págs. 26 e 27. Outubro de 2015. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista PLANETA e a Editora Três.
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