DOSSIÊ CRIMES: OS 71 CASOS MAIS IMPRESSIONANTES DE TODOS OS TEMPOS

Você já sentiu curiosidade em conhecer os maiores crimes da história? Desde assassinatos a roubos bilionários. Então, convido-os a conhecer a série de matérias que o Conhecimento Cerebral disponibiliza para leitura. Os textos foram retirados da revista DOSSIÊ SUPERINTERESSANTE.

"A DIPLOMACIA NA MIRA"

"Sequestro de 444 dias na embaixada americana no Irã detonou de vez a guerra dos EUA contra militantes islâmicos"

"Parecia mais um dia comum na embaixada dos EUA em Teerã. Iranianos na fila do visto, diplomatas discutindo política e estudantes no portão aos gritos 'Morte à América'. Ninguém se preocupou no começo - era 4 de novembro de 1979 e o Irã estava no meio de uma revolução, com protestos quase diários. Mas aquele dia foi diferente.

Uma multidão de 3 mil pessoas invadiu o complexo e fez 66 reféns. O plano saiu da cabeça de uma dúzia de estudantes das principais universidades de Teerã. Eram seguidores do aiatolá Khomeini, que tentava ditar o rumo da revolta que, meses antes, havia derrubado a ditadura do xá (rei) Reza Pahlavi, aliado de Washington. Os jovens estavam furiosos com a decisão dos EUA de acolher o xá para tratamento médico - o sujeito era acusado de pilhar as riquezas do país e matar milhares de opositores. Como os guardas da embaixada foram orientados a não atirar, os militantes, que exigiam a volta do xá ao Irã, dominaram tudo em poucas horas.

A tomada da embaixada durou longos 444 dias. Não houve feridos graves, mas bastante sofrimento - reféns eram agredidos em interrogatórios, mantidos sob a mira de armas e quase sem banho. Durante o sequestro, apenas seis americanos que haviam fugido da embaixada antes da invasão foram resgatados - a operação da CIA é o tema do filme Argo. Foi um estrago na autoestima americana. O presidente Jimmy Carter lançou um resgate desastrado que terminou com oito militares mortos num choque de aviões em pleno deserto iraniano.

Os reféns foram libertados em janeiro de 1981, em troca de US$ 8 bilhões em ativos do país retido em bancos internacionais. O episódio congelaria as relações Irã-EUA por anos. E, se hoje os países ensaiam uma reaproximação, o antiamericanismo continua sendo um instrumento na luta por poder no Irã."

SUGESTÃO

Após a leitura, sugerimos que assista ao noticiário de Portugal que relembra o episódio do sequestro. As imagens são do You Tube e o idioma, português de Portugal.