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A reaproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba sinaliza uma nova etapa nas relações entre os longevos rivais

"Pretendemos criar um novo capítulo nas relações entre os dois países". Foi dessa forma que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, abriu seu histórico discurso em 17 de dezembro de 2014, no qual anunciou a retomada das relações diplomáticas com Cuba. Em pronunciamento simultâneo, o presidente cubano, Raúl Castro, afirmou estar disposto a dialogar sobre qualquer tema com os EUA. Rompidas desde 1961, as duas nações negociaram o reatamento durante 18 meses até a divulgação oficial.

A normalização das relações entre os dois rivais históricos será gradativa. Está prevista uma série de medidas para estabelecer confiança mútua. No mesmo dia do pronunciamento, EUA e Cuba trocaram prisioneiros e, em janeiro de 2015, a ilha caribenha libertou mais 53 presos políticos conforme Raúl havia prometido. Durante o ano estão previstas ações para flexibilizar as restrições a viagens e remessas para Cuba, além da permissão para que empresas de telecomunicações norte-americanas possam operar.

A normalização completa das restrições, contudo, pode durar anos, segundo o próprio Obama. Por sua vez, Raúl não ignorou a principal ferida em aberto. 'O bloqueio econômico, comercial e financeiro que provoca enormes danos humanos e econômicos a nosso país deve acabar', disse o líder cubano em referência ao embargo imposto pelo governo norte-americano a Cuba. O problema é que a suspensão do bloqueio depende de aprovação do Congresso dos EUA, onde os partidários de Obama têm maioria.

Mesmo com alguns obstáculos, o primeiro passo foi dado para encerrar um dos principais pontos de tensão surgidos na Guerra Fria. 

Informações retiradas do livro GE - GUIA DO ESTUDANTE - HISTÓRIA/VESTIBULAR 2016, págs. 56 e 57.

SUGESTÃO

Separamos um vídeo do pronunciamento do reatamento econômico entre Cuba e EUA, feito pelo presidente Raúl Castro, em espanhol. Legendado em português. Imagens do YouTube.