CONHECIMENTO CEREBRAL DESTACA CONFLITOS INTERNACIONAIS!
"À MARGEM DO MUNDO"
"Os dois lados do conflito na guerra civil no Iêmen impedem que a ajuda humanitária chegue à população do país, criando o cenário para uma das mais terríveis crises de fome dos últimos tempos"
"Próspero no passado, o Iêmen, no canto sul da Península Arábica, já há um bom tempo está na lista das nações mais pobres do mundo. E a situação piorou: devastado há três anos por uma guerra civil com protagonistas estrangeiros - o governo local, apoiado pela Arábia Saudita, combate rebeldes houthis, auxiliados pelo Irã -, o país ostenta a mais grave crise humanitária atual. O conflito já fez pelo menos 10 mil vítimas, e 22 milhões dos cerca de 28 milhões de iemitas sobrevivem graças à assistência de organizações não governamentais.
A crise de fome enfrentada pela população local está prestes A se tornar a maior do planeta nos últimos cem anos, alertou a ONU em outubro. Cerca de 13 milhões de habitantes estão ameaçados de carência alimentar, quadro que deve se agravar se os constantes bombardeios e ataques da coalizão liderada pelos sauditas (com apoio dos Estados Unidos, Reino Unido e França) não forem interrompidos. Mas tão cedo isso não ocorrerá: Os houthis dominam grande parte do país, incluindo a capital, Sana. As ações bélicas dos dois lados impedem que a assistência humanitária chegue aos necessitados.
Segundo dados da ONU, pelo menos 50% das crianças iemitas são raquíticas e o número das que apresentam desnutrição aguda grave cresceu 90% de 2015 para cá. A organização humanitária internacional Save the Children declarou em novembro que, desde o início da guerra civil, cerca de 85 mil crianças com menos de 5 anos morreram no país por fome ou moléstias. Em entrevista à rede BBC por ocasião do alerta da ONU, Lisa Grande, diretora de ajuda humanitária da organização, previu uma piora do problema três anos seguintes. E lamentou: "Muitos acreditavam ser imaginável que em pleno século 21 veríamos uma crise de fome como na Etiópia e em partes da União Soviética - isso foi simplesmente inaceitável"."
A crise de fome enfrentada pela população local está prestes A se tornar a maior do planeta nos últimos cem anos, alertou a ONU em outubro. Cerca de 13 milhões de habitantes estão ameaçados de carência alimentar, quadro que deve se agravar se os constantes bombardeios e ataques da coalizão liderada pelos sauditas (com apoio dos Estados Unidos, Reino Unido e França) não forem interrompidos. Mas tão cedo isso não ocorrerá: Os houthis dominam grande parte do país, incluindo a capital, Sana. As ações bélicas dos dois lados impedem que a assistência humanitária chegue aos necessitados.
Segundo dados da ONU, pelo menos 50% das crianças iemitas são raquíticas e o número das que apresentam desnutrição aguda grave cresceu 90% de 2015 para cá. A organização humanitária internacional Save the Children declarou em novembro que, desde o início da guerra civil, cerca de 85 mil crianças com menos de 5 anos morreram no país por fome ou moléstias. Em entrevista à rede BBC por ocasião do alerta da ONU, Lisa Grande, diretora de ajuda humanitária da organização, previu uma piora do problema três anos seguintes. E lamentou: "Muitos acreditavam ser imaginável que em pleno século 21 veríamos uma crise de fome como na Etiópia e em partes da União Soviética - isso foi simplesmente inaceitável"."
A matéria acima foi retirada da revista PLANETA - Ano 47 - Edição 545, págs. 30 e 31. Dezembro de 2018/ Janeiro de 2019. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista PLANETA e à Editora Três
SUGESTÃO
Neste vídeo do noticiário do Globo News, que fala sobre a guerra civil do Iêmen, confirmando as informações da Save the Children. As imagens são do YouTube e o português.
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