NACIONAL
"CURTO-CIRCUITO NO 5º ANDAR DEU INÍCIO AO INCÊNDIO NO PRÉDIO NO LARGO DO PAIÇANDU"
"Polícia ouviu moradora de barraco onde o fogo começou; marido e filha estão internados"
Por: Felipe Resk
"SÃO PAULO - Um curto-circuito em um barraco no 5º andar deu início ao incêndio no Edifício Wilton Paes de Almeida, no centro da capital paulista, segundo a Polícia Civil.
A Polícia Civil esclareceu o caso após localizar e ouvir a moradora Walkiria Camargo do Nascimento, que morava no apartamento onde o fogo começou. Segundo as investigações, havia um microondas, uma geladeira e uma televisão conectados a uma tomada, que deu curto e explodiu.
Na hora, Walkiria estava no barraco com o marido, Pedro Lucas de Sampaio Viana Ribeiro, de 32 anos, e dois filhos, uma criança de 3 anos e outra de 10 meses. Todos dormiam.
Os moradores só teriam percebido o incêndio com o fogo já avançado. Segundo depoimento, Walkiria conseguiu resgatar a caçula e descer pelas escadas.
A outra criança, Maria Cecília, sofreu queimaduras e está na UTI do Hospital das Clínicas em estado gravíssimo. O pai queimou 2/3 do corpo e também está internado, entubado, na Santa Casa de São Paulo.
Em entrevista coletiva no local do incêndio na tarde desta quinta-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que o prédio tinha diversas irregularidades. 'Foi uma fatalidade em um prédio com diversas irregularidades, o que resultou nessa tragédia para diversas famílias'.
Segundo o secretário, a família que morava no barraco onde o incêndio teve início, no quinto andar do edifício, foi separada pelo resgate. 'Na hora da confusão, a família foi separada pelo resgate. A mãe (Walkiria) conseguiu salvar um bebê de colo', afirmou o secretário.
Cobranças. Sobre o inquérito instaurado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para investigar a cobrança de aluguel, o secretário disse que a apuração não ficará restrita ao prédio que desabou, mas se estenderá a outras ocupações na cidade. '(O inquérito) é para apurar cobranças. Vamos investigar as associações e não os movimentos que promovem as ocupações. Investigar as associações que exploram moradores das ocupações'."/COM ISABELA PALHARES
Notícia retirada do site ESTADÃO, 03 de maio de 2018 (Acesso: 03/05/2018)
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