AVIÕES: O QUE AS CATÁSTROFES AÉREAS ENSINAM?


Já falamos muito aqui que o avião é o meio de transporte mais seguro do mundo, não é mesmo? Mas isso não impede que ocorram histórias surpreendentes, e digamos, bizarras. O caso do piloto Gilberto Araújo da Silva, veterano da Varig, antiga companhia de aviação brasileira, é um exemplo disso. E antes de me esquecer, guarde o nome dele, pois nesta matéria, ele é nosso personagem principal.
Imagine que, em 11 de julho de 1973, em um voo aparentemente rotineiro, o experiente piloto Gilberto Araújo da Silva, seria o comandante do voo RG-820, da Varig, que faria a rota Rio de Janeiro-Paris, na França, com 117 passageiros a bordo, e mais 17 tripulantes. Tudo transcorria normalmente até que, quase no percurso final, por volta das duas da tarde daquele dia, uma fumaça muito densa saía de um dos banheiros daquele Boeing 707, e aquela altura, a fumaça já incomodava os passageiros, que tossiam sem parar. Uma das comissárias foi pegar o extintor para acabar com o problema, mas quando voltou, já era tarde, o fogo que tomava conta de um dos banheiros e havia provocado aquela fumaça, já havia tomado conta também dos corredores do avião. Sabendo dos riscos da situação, o comandante Gilberto decidiu que não podia continuar o voo, e decidiu fazer um pouso de emergência, antes de chegar a seu destino final, o aeroporto de Paris. Temendo uma catástrofe ainda maior, caso a aeronave caísse sob casas, Gilberto avistou uma plantação de cebolas, e decidiu pousar ali mesmo. Inacreditavelmente, o avião que já havia sido consumido na parte do teto pelo fogo, praticamente destruído, conseguiu pousar. Contudo, todos os 117 passageiros mais 6 tripulantes, morreram devido a falta de oxigênio provocada pelas chamas e fumaça. O comandante Gilberto e o restante da tripulação, sobreviveram aquela catástrofe. Mas, calma, que outro acidente ocorreria quase 6 anos depois com o mesmo piloto e mesmo modelo de avião, da mesma companhia aérea, mas o desfecho não seria desse jeito...


COINCIDÊNCIA FATAL: O MISTÉRIO DO VARIG 707 CARGO - SORTE INVERTIDA


Acidente: Avião desaparecido no Oceano Pacífico
Local: Oceano Pacífico, Tóquio - Japão
Data do acidente: 30 de janeiro de 1979
Causa: Desconhecida
Companhia: Varig
Aeronave: Boeing 707-323C
Número de mortos: 6

Era noite quando o Voo Varig 967, decolou do Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, no Japão. Comandado pelo experiente piloto brasileiro Gilberto Araújo da Silva, o Boeing 707-323C era um modelo de carga, transportava valiosos quadros do pintor Manabu Mabe, que voltavam de uma exposição no Japão. Na época, a valiosa carga valia em torno de US$ 1,24 milhão. Junto com Gilberto, estavam a bordo mais 5 tripulantes, todos homens, e o voo teria escala nos Estados Unidos, antes de chegar a seu destino final, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão. 
Vinte e dois minutos após decolar, o comandante fez seu primeiro contato com a torre de controle. Segundo o mesmo, o voo transcorria perfeitamente, sem problema algum. Contudo, aguardando contato previsto para as 21h23min, o chamado nunca ocorreu.
Segundo autoridades da época, o avião desapareceu quando voava sobre o Oceano Pacífico, cerca de trinta minutos após decolar. Nenhum sinal de queda, como destroços ou corpos, jamais foi encontrado. O voo tinha sumido misteriosamente, sem deixar qualquer vestígio, ou sinal de problemas com o avião. O desaparecimento misterioso é conhecido até hoje como um dos maiores mistérios da aviação, e um dos raríssimos voos civis comerciais que desapareceram sem deixar vestígios.
O mais intrigante desse caso é que, foi um dos raríssimos episódios da aviação no qual o piloto e comandante havia se envolvido em dois acidentes de avião com vítimas fatais. Neste último, o piloto Gilberto Araújo da Silva, não teve a mesma sorte que no acidente anterior (Voo Varig RG-820, 11 de julho de 1973), do qual havia se salvado, após ter seu avião destruído por um incêndio provocado por bituca de cigarro, em um dos banheiros. Outro fato curioso é que, em ambos os acidentes, o modelo do avião era um Boeing 707, da mesma companhia aérea, a brasileira Varig.
O mistério do Voo 967, é tema de várias teorias conspiratórias. Uma delas é que, sobre um dos pontos fixos do oceano, usados na navegação e monitoramento de progresso de voo, e uma hora de tentativas frustradas de comunicação, feita pela torre, sem qualquer comunicação, o alarme foi dado e as equipes de busca e salvamento foram acionadas. Com a escuridão da noite, as buscas só retornaram doze horas depois. Na manhã do dia seguinte, e por mais oito dias de buscas intensas pelo mar, nenhum sinal de destroços, corpos ou qualquer vestígio do avião foi encontrado. A Varig nunca conseguiu desvendar o enigma do desaparecimento. E com isso, muitos acreditam que possa ter havido um sequestro em voo, promovido por colecionadores de arte. Contudo, nem essa ou outra teoria foi confirmada pelas autoridades.
A hipótese mais plausível para o misterioso acidente, é que possa ter havido uma despressurização da cabine logo após a decolagem, quando o avião já estava na altitude de cruzeiro elevado, que não causou uma explosão da aeronave, mas pode ter matado a tripulação lentamente. O avião então, voou com a ajuda do piloto automático por muitos quilômetros até que, sem combustível, caiu em algum ponto do oceano, distante de onde as buscas foram feitas, e que o mesmo pode estar, no fundo do Oceano Pacífico, ou sobre alguma área inabitada do estado americano do Alasca. Nada confirmado.
Como este, outros aviões também desapareceram sem deixas vestígios, e até hoje, mesmo com toda tecnologia empregada na indústria da aviação, isso ainda acontece.
Abaixo, foto do comandante Gilberto, e seus outros cinco colegas da tripulação do Voo Varig 967, e notícia do jornal na época do acidente.




SUGESTÃO

Abaixo, vídeo da notícia do desaparecimento do Voo Varig 967, no Pacífico. As imagens são do YouTube, e o idioma é o português.


SUGESTÃO PARA LEITURA

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