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As informações a seguir foram retiradas do site do jornal FOLHA DE S. PAULO, por isso o conteúdo pertence exclusivamente ao site. A divulgação das informações somente tem objetivo de levar conhecimento a todos que acessam o Conhecimento Cerebral.

"JERUSALÉM SE PREPARA PARA MAIS VIOLÊNCIA"
"Atentados a faca contra judeus e aumento de confrontos em protestos mudam rotina de israelenses e palestinos"


Por: Daniela Kresch

"Enquanto líderes israelenses e palestinos tentam conter os ânimos para evitar uma nova intifada, a tensão popular começa a alterar o cotidiano em meio à mais recente escalada de violência na região.
Com o aumento de ataques e manifestações ao longo desta semana, as tradicionais orações de sexta-feira são observadas com atenção. Palestinos convocaram protestos depois das preces na Cidade Velha de Jerusalém.
Nesta quinta (8), houve pelo menos quatro atentados de palestinos contra israelenses com facas ou outros objetos cortantes em Jerusalém, Kiryat Arba (Cisjordânia) e em cidades israelenses distantes dos territórios palestinos, como Tel Aviv e Afula (norte).
Em um deles, um palestino foi morto após ferir quatro israelenses com uma chave de fenda diante do maior shopping de Tel Aviv. Na quarta (7), também houve quatro ataques a faca em Jerusalém, Petah Tikva (centro) e Kiryat Gat (sul).
A atual onda de atentados começou em 1º de outubro.
Desde então, quatro israelenses foram assassinados por palestinos; quatro agressores palestinos foram mortos por policiais ou justiceiros israelenses e três palestinos foram mortos por soldados de Israel durante manifestações.
Há centenas de feridos de ambos os lados."

"ESCOLAS FECHADAS"

"A onda de ataques causou pânico entre os israelenses.
A Associação de Pais e Alunos de Jerusalém começou uma greve para exigir que a prefeitura coloque guardas em todas as escolas e creches da parte judaica da cidade.
Em Petah Tikva, onde ocorreu um incidente quarta (7), o prefeito enviou e-mails aos pais com diretrizes de segurança: 'Deslocamos mais oito patrulhas e suspendemos obras de construção (em que há operários palestinos) perto de instituições de ensino', escreveu Yitzik Braverman.
O Ministério da Educação também enviou cartas a pais de alunas explicando como 'suprir as necessidades emocionais das crianças e jovens', que têm assistido ao incessante noticiário sobre atentados em TVs e rádios.
Mas os pais parecem mais nervosos que os filhos.
Na última semana, houve aumento na blindagem de carros por causa do lançamento de pedras por palestinos. Em Jerusalém, casamentos e outras festas começam a ser adiados ou transferidos, e comerciantes se queixam da queda da clientela.
O clima tem levado líderes dos dois lados a atitudes consideradas incomuns.
Nir Barkat, prefeito de Jerusalém, saiu às ruas com um fuzil na quarta, embora não tenha porte para esse tipo de arma. Apesar das críticas, ele sugeriu que os cidadãos com porte de armas saiam de casa com elas para se defenderem: 'Temos milhares de combatentes na reserva, acho certo usar essas pessoas para neutralizar terroristas num momento de emergência'.
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, ordenou que seus ministros evitem a Esplanada das Mesquitas (Monte do Templo para os Judeus) para não incitar palestinos que acusam Israel de tentar violar seu status quo e ampliar a presença judaica.
Netanyahu deu rara entrevista coletiva nesta quinta (8), tentando demonstrar tranquilidade. Pediu união à oposição, mas alfinetou a liderança palestina: 'As ações não são organizadas, mas resultam da incitação do Hamas [grupo radical da faixa de Gaza], da Autoridade Nacional Palestina [ANP] e de países da região, além do Movimento Islâmico israelense, que faz alegações mentirosas de mudanças no status quo'.
Entre os árabes-israelenses, também há tentativas de contenção. Ayman Ouda, líder da Lista Unida Árabe, o terceiro maior partido no Parlamento, pediu que seus partidários evitem a Esplanada nesta sexta para evitar atrito.
Os palestinos se queixam das medidas repressivas de Israel, sobretudo a limitação à entrada de muçulmanos na Cidade Velha de Jerusalém.
Mahmoud Abbas, presidente da ANP, disse em palestra a empresários que, embora apoie quem 'protege a Mesquita de al-Aqsa', seu povo não será 'arrastado' para mais violência com Israel."


"EVENTOS RECENTES"

Setembro
Palestinos e soldados israelenses confrontam-se por vários dias na Esplanada das Mesquitas.

30. setembro
O palestino Mahmoud Abbas declara na ONU que seu governo abandonou os acordos de Oslo com Israel, base para uma solução de dois Estados.

1º. outubro
Palestinos atropelam e matam dois israelenses diante de seus 4 filhos em Al Bireh, na Cisjordânia.

3. outubro
Palestinos mata dois israelenses a facadas na Cidade Velha de Jerusalém.
Israel proíbe palestinos de entrar na Cidade Velha.

4 e 5. outubro
Dois palestinos são mortos em confronto com soldados israelenses em Tulkarem e Belém, na Cisjordânia.

8. outubro
Seis israelenses são esfaqueados por palestinos: quatro em Tel Aviv (o agressor foi morto), um em Afula e um no assentamento de Kiryat Arba; um palestino é morto em confronto.


Informações retiradas do jornal FOLHA DE S. PAULO - EDIÇÃO DIGITAL, nº 31.600 - Ano 95, pág. A10. Mundo. 09 de outubro de 2015, sexta-feira (Acesso: 09/10/2015)

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