DOSSIÊ ANSIEDADE:
DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO.
- "O MAL DO SÉCULO" -

Você já teve ou tem ansiedade? Certamente sua resposta foi sim. E não dá para não dizer que, a ansiedade virou o tema para muita coisa, desde notícias a matérias de jornais e revistas, está na televisão e no rádio, é assunto de livros e trabalhos nas faculdades, e até mesmo, Best-seller. Se você ainda não está convencido da veracidade desse mal, que pode ser tão benéfico, quando nos ajuda a se proteger de acidentes ou algo perigoso, mas também pode atormentar, com fobias das mais variadas e claro, pensamentos negativos que podem atrapalhar em qualquer momento. Para muitos, confundida com a depressão, por ter muito em comum. A ansiedade ainda é um dilema para muitos que convivem com ela diariamente. Mas já há inúmeros tratamentos para que possa ser amenizada, e seus sintomas, menos nocivos. Por isso, é importante procurar ajuda quando for preciso. Psicólogos, terapeutas e psiquiatras com certeza irão ajudar muito e da forma correta, a enfrentá-la e tratá-la. E é por isso que, à partir de agora, conheça o DOSSIÊ ANSIEDADE: DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO. - "O MAL DO SÉCULO" -, que reúne preciosas informações e dicas, para levar mais conhecimento a sua vida e assim, te ajudar a enfrentar seus medos e claro, a ansiedade. 

2. QUANDO VIRA DOENÇA - UMA HORA, A ANSIEDADE PODE PASSAR DO PONTO. É QUANDO ELA DEIXA DE SER UMA REAÇÃO NATURAL E SE TRANSFORMA EM UM TRANSTORNO


"TAG"
"ANGÚSTIA GERAL"


"No trabalho, poucas novidades: a mesma rotina de sempre, pouco espaço para surpresas. As contas do mês estão pagas, os filhos estão bem de saúde e na escola, a agenda tem até um espaço garantido para um cineminha a dois. E um dia típico na sua vida - incluindo a apreensão entalada na garganta, a sensação constante de que há algo incontrolável prestes a dar errado. Essa angústia onipresente e duradoura generalizada, ou apenas TAG.
Não há como controlá-la, e seu corpo parece saber disso. 'Se um paciente diz: 'sou muito ansioso, tenho muita tensão muscular, nunca relaxo, tenho dor nos ombros, de cabeça, distúrbio do sono', é ansiedade generalizada', afirma Daniela Zippin Knijnik. Segundo a psiquiatra, a expressão que define o TAG é 'preocupação com a preocupação', do inglês worry about the worry.
Havendo uma ínfima chance de algo dar errado, a pessoa com TAG se debruça sobre essa possibilidade, superestimando as preocupações e subestimando a própria capacidade de lidar com elas. Viver se torna tarefa sofrida - ainda que o desafio real não sejam as atividades rotineiras, mas lidar com o tanto de sofrimento que resulta desse exercício antecipatório. A ansiedade parece ser a origem e a consequência dos problemas. Mas, na verdade, é ela o problema.
Segundo Daniela, o ansioso generalizado é bem exemplificado pelo sujeito workaholic que não para nunca de trabalhar, é extremamente minucioso na vida profissional, preocupado com cada chamada não atendida e com cada minuto de atraso, mas não olha para a saúde. 'Brincamos que este paciente está olhando tanto para um lado que se esquece de olhar para o outro'.
A psicóloga Andrea Vianna lembra que outro aspecto determinante para o diagnóstico é o prejuízo trazido pelo estado frequente de ansiedade ao desempenho social e profissional do indivíduo. 'No transtorno de ansiedade generalizada, a pessoa fica tão preocupada em ter a atitude correta que simplesmente deixa de agir. É como se ela criasse vários problemas que não existem', diz.
Indivíduos com TAG frequentemente experimentam sintomas físicos de ansiedade, como sudorese, náuseas e diarreia. Além disso, o TAG é uma comorbidade comum em quem tem outras doenças mentais, como depressão, abuso de álcool e drogas, e outros transtornos ansiosos. 'A comorbidade com fobia social é praticamente uma regra', afirma Daniela Knijnik. 'Dificilmente alguém vem ao consultório porque está muito preocupado com as preocupações. O paciente procura o terapeuta por fobia social, e o profissional encontra a comorbidade do TAG'.
Se todos nós somos, eventualmente, ansiosos diante de uma entrevista de emprego, um momento amoroso conturbado, as contas que extrapolam o saldo no banco, estima-se que em torno de 2% a 4% dos indivíduos sejam ansiosos generalizados.
O risco de desenvolver TAG é maior em mulheres. A prevalência também varia de região para região, o que revela, também, a influência do meio no desenvolvimento da doença.
Mais prevalente em descendentes de europeus e na América do Norte, o TAG parece ser um transtorno típico de países desenvolvidos. Quer dizer: parece haver uma relação entre o ritmo de vida, as expectativas depositadas sobre o indivíduo e a chance de este se tornar um ansioso crônico."


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