DOSSIÊ ANSIEDADE:
DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO.
- "O MAL DO SÉCULO" -

Você já teve ou tem ansiedade? Certamente sua resposta foi sim. E não dá para não dizer que, a ansiedade virou o tema para muita coisa, desde notícias a matérias de jornais e revistas, está na televisão e no rádio, é assunto de livros e trabalhos nas faculdades, e até mesmo, Best-seller. Se você ainda não está convencido da veracidade desse mal, que pode ser tão benéfico, quando nos ajuda a se proteger de acidentes ou algo perigoso, mas também pode atormentar, com fobias das mais variadas e claro, pensamentos negativos que podem atrapalhar em qualquer momento. Para muitos, confundida com a depressão, por ter muito em comum. A ansiedade ainda é um dilema para muitos que convivem com ela diariamente. Mas já há inúmeros tratamentos para que possa ser amenizada, e seus sintomas, menos nocivos. Por isso, é importante procurar ajuda quando for preciso. Psicólogos, terapeutas e psiquiatras com certeza irão ajudar muito e da forma correta, a enfrentá-la e tratá-la. E é por isso que, à partir de agora, conheça o DOSSIÊ ANSIEDADE: DE ONDE ELA VEM. PARA QUE SERVE. E COMO SE LIVRAR DESSE SUFOCO. - "O MAL DO SÉCULO" -, que reúne preciosas informações e dicas, para levar mais conhecimento a sua vida e assim, te ajudar a enfrentar seus medos e claro, a ansiedade. 

2. QUANDO VIRA DOENÇA - UMA HORA, A ANSIEDADE PODE PASSAR DO PONTO. É QUANDO ELA DEIXA DE SER UMA REAÇÃO NATURAL E SE TRANSFORMA EM UM TRANSTORNO


"TOC"
"SÓ MAIS UMA VEZ"


"Quero matar minha mãe, quero matar minha mãe, quero matar minha mãe. Vou lavar minhas mãos, vou lavar minhas mãos, vou lavar minhas mãos. Parece um poema esquisito, mas eis um ritual típico de gente com transtorno obsessivo. A mente de quem tem TOC é marcada por repetições: pensamentos desconfortáveis de que não se consegue fugir, combatidos com comportamentos compulsivos para atenuar o sofrimento.
Os pensamentos obsessivos são intrusivos: chegam inesperadamente e não há como evitá-los. 'A pessoa lava a mão e vê que diminuiu o desconforto e tende a repetir, mantendo o que se chama de reforço negativo', diz a psicóloga clínica Andrea Vianna, da Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade (Aporta).
O manual de diagnósticos DSM-5, um dos standards da psiquiatria, identifica os conteúdos mais comuns das obsessões e compulsões entre indivíduos: obsessões por contaminação e compulsão por limpeza; obsessões por simetria e obsessões por repetição, organização e contagem; obsessões agressivas e sexuais; obsessões pela ideia de ferir a si mesmo ou a terceiros e compulsão por verificar se isso realmente ocorreu. O mesmo paciente pode ter várias obsessões ou rituais compulsivos distintos.
'Na maior parte dos casos, a conexão entre a obsessão e a compulsão não parece lógica. Obsessões de agressão podem ser ligadas a compulsões religiosas, a pessoa começar a rezar ou a blasfemar, fala palavrões', afirma Andrea. Há casos em que não há uma obsessão propriamente dita, mas a sensação - um nojo ou asco inesperado que se afastar por meio do ritual compulsivo. Também são comuns os rituais mentais: mentalmente a pessoa está contando quantas arestas tem uma determinada janela.
Você pode estar aí pensando: 'Nossa, devo ter TOC'. Muitos de nós mantém singelas 'manias' (entre aspas, porque em psicologia mania é outra coisa), como admirar-se toda vez que o relógio marca um horário curioso, ou a de somar números nas placas de automóvel. Mas, calma lá, não vá se angustiar: somente 2,5% das pessoas desenvolvem o transtorno. O que vai determinar se é doença é o grau de sofrimento e o quanto a pessoa vai passar seus dias envolvida pelos pensamentos e rituais. Ela pode adorar deixar a casa em ordem, refazer várias vezes e não ser um problema para ela e para quem convive. O TOC causa prejuízos significativos à vida dos pacientes. As compulsões tornam-se paralisantes - não se consegue mais realizar as tarefas mais corriqueiras e indispensáveis.
Estima-se que 76% dos pacientes com TOC desenvolvem algum outro transtorno, como pânico, ansiedade generalizada ou depressão, ao longo da vida - o que aponta para fatores de risco comuns entre as patologias. Mas também há bases neurológicas e genéticas. Gêmeos idênticos são quatro vezes mais propensos do que os não idênticos a reproduzir o outro em termos de TOC."


"HUMILHANTE E DIFICULTANTE"

"A pessoa com TOC tem autocrítica, percebe que os pensamentos intrusivos e rituais que emprega para afastá-los são, muitas vezes, ridículos. Ao mesmo tempo, acredita que o ato de pensar em algo é perigoso, aumenta a  probabilidade de acontecer o que mais se teme - mas sente-se sozinha, como se só ela fosse capaz de imaginar tanto absurdos. A vergonha e o constrangimento só dificultam a busca por ajuda."


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