CONHECIMENTO CEREBRAL
CONTEÚDO DESCOMPLICA

Chegamos em mais um ano de preparação para o Vestibular e Enem, e com ele, todas aquelas dúvidas de o que estudar e como estudar, não é mesmo? Pois fique tranquilo. Além de todo conteúdo voltado a esse assunto, como matérias, atualidades, dicas de redação e conteúdo de disciplinas como História, Geografia, Biologia, Português, entre outras, o Conhecimento Cerebral traz a partir de agora, mais uma série para te ajudar a treinar seus conhecimentos e adquirir novos também. Estamos falando do CONHECIMENTO CEREBRAL CONTEÚDO DESCOMPLICA, uma nova série do blog com conteúdos novos, atualizados e fáceis de você entender e aprender. Então agora, é só você ler e estudar,  e claro, sonhar com aquela vaga tão sonhada na faculdade de sua preferência com o curso que você deseja. Bom estudo!


REDAÇÃO
INTERPRETAÇÃO DO TEMA E PLANEJAMENTO DO TEXTO

Você já esteve ou se imaginou em um situação-limite, como o momento da realização da prova de Redação no vestibular? É fácil imaginar os "estágios" dessa ocasião tão peculiar em nossas vidas: certa tensão no ar, o silêncio inesperado na sala, os minutos no relógio passando tão lenta e, ao mesmo tempo, tão rapidamente, num paradoxo angustiante. Nesse contexto, apenas um aspecto vem na sua mente: resolver a prova a todo custo! Escrever é a regra do jogo, e você deve fazer isso de forma consciente, constante e organizada. Então, você começa a escrever tudo aquilo que foi aprendido, todas as referências lidas, todas as reflexões feitas em sala de aula... Enfim, tudo o que você sabe e diga respeito ao tema proposto pela banca. Desse modo, a nota atribuída pelo corretor será boa, certo? Errado. Infelizmente, a melhor estratégia não é a descrita acima.

De fato, uma prova de Redação só será corrigida se houver um "caderno de respostas" devidamente preenchido. No entanto, os alunos têm a (falsa) impressão de que somente no momento em que a caneta é utilizada na folha de prova é que esta está sendo resolvida. Na verdade, a tarefa de produção textual é muito mais complexa, e necessita de uma fase "pré-textual" talvez até mais demorada que a fase de estrutura em si. Explique-se: do mesmo modo em que um edifício ou uma viagem, para darem certo, devem ser pensados e planejados com antecedência (quantos pavimentos vão existir, o perímetro a ser construído, a disposição dos cômodos, entre outros, no caso do edifício; o meio de transporte utilizado, o número de dias, a programação a ser "conferida", no caso da viagem), um texto também só produzirá o efeito esperado se tiver passando por uma fase de preparação. Essa fase pode ser dividida, para fins didáticos, em quatro etapas distintas, que, se percorridas com o devido cuidado, permitirão ao candidato um gigantesco salto de qualidade no que tange à apreciação da banca. Vamos a elas?

AS ETAPAS DE PREPARAÇÃO

Etapa 1:Interpretação da proposta do tema:

É preciso ressaltar, antes de tudo, que a primeira etapa talvez seja a mais importante de todas. Isso porque, se o candidato não tiver conseguido apreender na totalidade aquilo que a banca colocou em discussão, sempre será aplicado algum tipo de penalidade. Essa "falha" do vestibulando é o que chamamos de fuga ao tema. A fuga pode ser total ou parcial: no primeiro caso, a redação é anulada pela banca (como corrigir um texto que não versa sobre o que foi pedido? Como compará-lo com os demais?) e, obviamente, a nota correspondente é zero; no segundo caso, as possibilidades de erro são inúmeras, com as penalizações variando na mesma medida.
Para que esse tipo de problema não ocorra, é preciso que nos atenhamos a aspectos extremamente importantes, abaixo discriminados:
  1. Dê atenção total a cada uma das palavras que compõem o tema. A banca teve cerca de um ano para pensar na proposta e, se aquelas palavras foram utilizadas, cada uma delas desempenha uma função específica dentro do contexto. Para que a apreensão dos sentidos da proposta seja completa - impedindo que ocorra a fuga ao tema - esses sentidos específicos devem ser inter-relacionados para a composição ao todo.
  2. Muito cuidado para não confundir o tema e assunto. A falta de distinção pode levar o aluno a uma falha bastante grave. O assunto pode ser uma referência genérica ou um fato específico; o que o diferencia do tema é que este último é uma discussão direcionada, construída a partir do assunto escolhido. Para maior entendimento, observe os exemplos abaixo:
Ex. 1 - Assunto: educação dos surdos
Tema: Desafio para a formação educacional de surdos no Brasil. (ENEM 2017)

Ex. 2 - Assunto: intolerância religiosa
Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. (ENEM 2016)

Em ambos os exemplos, fica clara a distinção entre tema e assunto. No primeiro, o assunto vem com uma referência genérica (educação dos surdos), enquanto o tema traz uma discussão mais direcionada, um recorte em que se questionam os desafios na formação educacional dos surdos, delimitando o Brasil como o espaço de análise. No segundo caso, os casos de intolerância religiosa divulgados em 2016 é o assunto usado como pretexto para trazer à tona a verdadeira discussão: os caminhos para combater, nos dias de hoje, a intolerância religiosa no Brasil.

Etapa 2: Listagem de ideias, exemplos, referências e argumentos.

Em síntese, nesta etapa você deve elencar em uma folha de "rascunho" toda e qualquer referência que sobrevier acerca do tema abordado. É o que chamamos de brainstorm - tempestade cerebral. Esse trabalho possui dupla função: primeiro, impedir que uma boa ideia seja esquecida no momento de estrutura do texto; segundo, permitir ao candidato que suas referências sobre o tema sejam mais bem visualizadas e, com isso, a organização das mesmas possa ser mais eficiente.

Etapa 3: Organização e seleção das ideias.

Neste momento, você já "passou para o papel" todo o conhecimento sobre a proposta de tema. Como você está bem preparado, as referências são muitas e é praticamente impossível que todas elas façam parte do texto final, sob pena de este tornar-se muito superficial. Por isso, deve proceder à seleção das melhores ideias, organizadas e associadas entre si, de modo a que a máxima coerência possível seja obtida.

Etapa 4: Roteiro da redação.

Trata-se do último momento pré-textual. Depois de todo o processo anterior, você deve ter percebido que alguns "parágrafos" começam a se definir. Agora, é necessário preparar as linhas gerais da introdução, a ordem mais adequada para os parágrafos argumentativos que vão compor o desenvolvimento e o encaminhamento da conclusão.

Somente depois das observadas essas quatro etapas é que o candidato deverá começar a escrever. Lembre-se: quanto mais tempo for investido no planejamento do texto, menos tempo será gasto na estrutura propriamente dita. Isso porque um texto bem planejado "flui" muito mais do que aquele feito "na hora" - em que o aluno acaba "empacando" inúmeras vezes.

Dica: O "descanso" do texto

Nos meios acadêmico e literário, fala-se muito do processo de "deixar o texto dormir" ou "colocar o texto para descansar". Em poucas palavras, isso significa que devemos, em certo momento, deixar a nossa produção de lado por um instante, a fim de avaliá-la com certo distanciamento, certa frieza, facilitando a identificação de erros.

Na redação do vestibular, essa estratégia é bem interessante, uma vez que o aluno, depois de tanto ler o mesmo texto pronto, não percebe muitos defeitos na argumentação e na própria forma (letras "comidas", pontuações equivocadas, palavras repetidas, etc).

O processo é simples: o candidato pode finalizar a etapa de rascunho, deixar o texto de lado e se dedicar a certo número de questões da prova. Depois de algum tempo, pode, por fim, voltar ao texto e, com certeza, perceberá os problemas antes escondidos e deixará a redação mais "polida". Experimente fazer isso.

CONHECIMENTO CEREBRAL CONTEÚDO DESCOMPLICA foi retirado do material do curso DESCOMPLICA EXTENSIVO ENEM (Professor: Eduardo Valladares/ Rafael Cunha Monitora: Maria Carolina Coelho), págs. 2 e 3. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente ao DESCOMPLICA.

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