GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM


O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 4: ATMOSFERA - CLIMAS DO BRASIL


MUITO ALÉM DE TROPICAL
Apesar de o nosso país estar localizado quase inteiramente entre os trópicos, o clima do Brasil apresenta muitas variações




Mesmo sendo conhecido como "um país tropical", com mais de 90% do território entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, o Brasil também compreende variações climáticas. 
Os tipos de clima no país são definidos com base em critérios diversos, mas, sobretudo, a partir da quantidade de chuva e da temperatura média no decorrer do ano. Essas informações aparecem juntas em um gráfico denominado climograma, que você vê acima. A leitura dele pode parecer complicada, mas é bastante simples: as barras representam a média pluviométrica no mês, expressa em milímetros; já as linhas indicam a temperatura média mensal, em graus Celsius.
O climograma permite a identificação de cada um dos climas e até uma diferenciação entre eles. Uma comparação interessante, por exemplo, é a do clima equatorial com o do semiárido. A princípio, eles podem parecer semelhantes por causa da temperatura média, que oscila em torno de 26 ºC. Porém, ficam claramente diferentes quando observamos as barras que indicam o índice pluviométrico de cada um: enquanto no clima equatorial chove abundantemente durante o ano todo, no semiárido, o índice pluviométrico é muito baixo e distribuído de forma irregular. Confira a seguir as principais características dos seis principais tipos climáticos do Brasil, além de alguns climogramas a eles relacionados.



1. CLIMA EQUATORIAL
Fica nas proximidades da linha do Equador, abarcando a Amazônia, norte do Mato Grosso e oeste do Maranhão. Chove durante o ano todo, e em grande quantidade; é bastante úmido e a temperatura varia pouco no decorrer do ano, com média de 26 ºC. O climograma 1 acima traz informações sobre pluviosidade e a temperatura da cidade de Manaus (AM), localizada nessa faixa de clima. Repare como, no gráfico, a quantidade de precipitação (representada pelas barras verticais) é bem alta, atingindo mais de 300 milímetros no mês de março, com apenas uma pequena queda no meio do ano (em julho, agosto e setembro), quando fica abaixo dos 100 milímetros. A pequena variação de temperatura, típica do clima equatorial, também pode ser vista no climograma de Manaus: a linha horizontal, formada pelas temperaturas médias de cada mês, quase não sobe nem desce, ficando em torno dos 26 ºC. 

2. CLIMA TROPICAL
Predominantemente no território brasileiro, pega toda a faixa do centro do país, leste do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia e de Minas Gerais. Inverno e verão são estações bem marcadas pela diferença de pluviosidade: o verão é bastante chuvoso e há seca no inverno. No climograma 2, de Goiânia (GO), conseguimos enxergar essa diferença pela variação na altura das barras de precipitação: em julho, a precipitação chega a quase zero e, em janeiro, ultrapassa 250 milímetros. A temperatura no clima tropical, de modo geral, é alta, caindo um pouco nos meses de inverno; a média fica entre 18 ºC na maior parte do território.

3. CLIMA SEMIÁRIDO
É o clima das zonas mais secas do interior do Nordeste. Caracteriza-se pela baixa umidade, pouca chuva e temperaturas elevadas. O climograma 3, referente à cidade baiana de Juazeiro, na divisa com Pernambuco, representa graficamente essas características: note que entre julho e setembro as barrinhas de precipitação são bastante baixas - em agosto a mínima de chuva chega a 1,7 milímetro. A chuva se concentra entre os meses de novembro e abril, mas o total anual de precipitação não chega a 550 milímetros - o volume é inferior ao atingido em apenas dois meses (fevereiro e março) no clima equatorial. Já a linha de temperatura varia entre 24,5 ºC e 28,5 ºC durante o ano, médias térmicas bastante elevadas.

4. CLIMA TROPICAL DE ALTITUDE 
É o clima das áreas com altitude de 800 metros em Minas Gerais, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os verões são mais quentes e chuvosos, e os invernos, frios e secos. Isso pode ser visto no climograma 4, que mostra as médias de temperatura e pluviosidade de Belo Horizonte (MG). No inverno, as barras de chuva atingem o mínimo de cerca de 10 milímetros e, no verão, passam de 300 milímetros. Em comparação com o clima tropical, o tropical de altitude tem o mesmo comportamento pluviométrico, mas as médias anuais de temperatura são menores, ficando em torno dos 20 ºC- no inverno, as temperaturas são mais baixas. 

5. CLIMA TROPICAL ATLÂNTICO
Esse clima cobre quase todo o litoral do país: começa no Rio Grande do Norte e vai até o Paraná. A quantidade de chuva varia conforme a latitude da localidade. Por exemplo, enquanto no Nordeste chove muito no inverno, no Sudeste chove mais no verão, como pode ser visto no climograma 5 de João Pessoa (PB) e do Rio de Janeiro (RJ). A variação de temperatura é maior na porção mais ao sul do litoral. No Rio de Janeiro, oscila entre 21,5 ºC e 26,5 ºC e, em João Pessoa, entre 24 ºC e 28 ºC.

6. CLIMA SUBTROPICAL
É o clima das regiões ao sul do Trópico de Capricórnio: sul de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A quantidade de chuva não varia muito durante o ano, mas as temperaturas mudam bastante: o inverno é frio e o verão, quente. No climograma 6, que representa Curitiba (PR), por exemplo, a temperatura oscila entre 12,5 ºC e 20 ºC, enquanto as barras de precipitação apresentam pouca variação (a média anual é de 110 milímetros).



Págs. 80 e 81 (GE: GEOGRAFIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)

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