GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM


O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 5: BIOSFERA - VEGETAÇÃO NO MUNDO


AS DIFERENTES PAISAGENS DO PLANETA
Conheça as características e a localização dos principais tipos de formação vegetal do planeta



Na Geografia, as diferentes formações vegetais da Terra são analisadas do ponto de vista da distribuição geográfica, das características fisionâmicas e das suas relações com o clima, o relevo, os solos e o substrato rochoso. O estudo da vegetação também deve ser  feito sob o ponto de vista da exploração econômica pelo homem e as consequências socioambientais da derrubada das florestas.
Veja a seguir as principais formações vegetais do planeta, onde elas se localizam e quais são suas características mais marcantes.



1 DESERTO
Nos desertos, a vegetação é esparsa e de poucas espécies. Como as regiões áridas têm índices pluviométricos abaixo de 250 milímetros ao ano, as plantas são xenomórficas, ou seja, adaptadas à ausência de chuva - os cactos, por exemplo, armazenam água e desenvolvem espinhos no lugar das folhas, para reduzir evapotranspiração (perda de água na fotossíntese). Nos desertos frios que ficam em altas latitudes (Patagônia, por  exemplo, na América do Sul), as temperaturas variam pouco durante o dia. Já os desertos quentes, como do Atacama, da Austrália e do Saara, ficam em regiões tropicais e, no decorrer do dia, apresentam grande variação de temperatura, despencando de mais de 40 °C durante o dia para índices abaixo de zero à noite.



2 VEGETAÇÃO DE MONTANHA 

A vegetação de montanha é rasteira, formada apenas de ervas e arbustos que, a duas penas, conseguem sobreviver no clima hostil. Algumas características como folhas duras (coriáceas) ajudam a resistir ao frio e aos ventos fortes das altitudes elevadas.
Esse tipo de formação vegetal pode ser encontrado em diversas regiões montanhosas pelo mundo, como as encostas das Cordilheiras dos Andes (na América do Sul), dos Alpes (na Europa), da Cordilheira do Himalaia (na Ásia) e das Montanhas Rochosas (nos Estados Unidos).



3 FLORESTA DE CONÍFERAS OU FLORESTA BOREAL
Floresta homogênea, de pinheiros e abetos, com folhas em formato de agulha (aciculifoliadas) e copas em forma de cones, que acumulam menos neve durante o longo inverno das regiões de latitudes médias e elevadas. No solo, o frio rigoroso também impõe duas limitações: há pouca vegetação rasteira, com alguns liquens, musgos e arbustos. A floresta de coníferas é intensamente explorada como matéria-prima para importantes indústrias madeireiras, de papel e celulose. Essa formação é encontrada principalmente no norte da Europa, da América e da Ásia (onde é chamada de taiga).



4 TUNDRA

Desenvolve -se em uma das regiões mais frias do mundo, a do clima subpolar, como no norte da Rússia. Ela é formada por musgos e algumas espécies herbáceas que aparecem no solo somente nos poucos meses de degelo, quando o verão eleva a temperatura para 4 °C, em média. No resto do ano, o solo fica coberto por neve, motivo pelo qual é denominado permafrost (permanentemente congelado). Por ter uma relação direta com o degelo nas regiões subpolares, a tundra é utilizada como bioindicador para o estudo de possíveis aumento das temperaturas globais e suas consequências nesse frágil bioma.



5 ESTEPE (CAMPOS, PAMPAS E PRADARIAS)

Típicas de áreas de clima temperado continental, a estepe é uma formação vegetal pobre, sem árvores, constituída basicamente de gramíneas, que se estende sobretudo em regiões planas, podendo ser encontrada também em relevo montanhoso, como nos planaltos tibetanos. Dependendo da área onde se localiza, recebe um nome diferente: campos, no Brasil; pampas, na Argentina; e pradaria, nos Estados Unidos e no Canadá. Essa flora tambem é encontrada na África, na Ásia Central e em trechos da Austrália. Por ser constituída de gramíneas, que são pastagens naturais, é comum encontrar, nessas regiões, a agropecuária como atividade econômica principal. O relevo plano e solo fértil  algumas dessas áreas favorece a produção agrícola. 



6 FLORESTA TEMPERADA

É uma cobertura vegetal típica das latitudes médias - aparece no norte da China, na Coreia do Sul, no Japão, no leste dos Estados Unidos, na Europa e no sudeste da Austrália e da Nova Zelândia. Essa floresta é formada por árvores decíduas, chamadas também de estacionais, caducas ou caducilólias, ou seja, que perdem as folhas no inverno para suportar as baixas temperaturas. As poucas espécies de árvore, como carvalhos, bordos e faias, são espaçadas, e o solo é recoberto por gramíneas. Grande parte da floresta temperada, contudo, já foi devastada - na Europa, por exemplo, de 70% a 80% da cobertura original já foi perdida; na China, de 80% a 90%.



7 FLORESTA TROPICAL 

Vegetação das áreas baixas latitudes, quentes e úmidas; as plantas têm folhas largas (latifoliadas), que absorvem mais energia solar, e são perenes, isto é, não caem no "inverno", pois as temperaturas permanecem elevadas. O solo é coberto por húmus, formado pela decomposição de galhos, troncos e folhas. As florestas tropicais cobrem grande parte da América do Sul (Região Amazônica), da América Central, da zona Equatorial da África, do Sudeste Asiático e do Subcontinente Indiano.



8 VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA
A vegetação mediterrânea é formada por espécies adaptadas a períodos secos, como os garrides, o maqui - arbustos, moitas e árvores pequenas, como oliveiras - e o chaparral, similar ao maqui, mas menos denso. Essa formação vegetal é encontrada no litoral do Mar Mediterrâneo, na Califórnia (EUA), na Austrália e na África do Sul. A oliveira, da qual se extrai o azeite de oliva, e o loureiro, cuja folha é utilizada como tempero, são espécies nativas da vegetação temperada. O clima mediterrâneo também favorece a produção de uvas e concentram as principais vinícolas do mundo.



9 SAVANA (CERRADO)
Na savana, presente em áreas de baixas latitudes, as plantas são rasteiras e há pequenas árvores, distribuídas de maneira esparsa, alternadas com bosques com vegetação arbórea mais desenvolvida. Nas regiões mais secas, predomina a vegetação rasteira e espinhosa. A savana é uma vegetação estacional, marcada por duas estações bem definidas: o período seco (no inverno) e o período chuvoso (no verão). Essas formações são encontradas na África, na Ásia (Índia, principalmente), na Austrália e na América, onde recebe os nomes específicos de ilhanos (Venezuela) e cerrado (no Brasil). A ocorrência de uma prolongada estação seca faz com que as plantas desenvolvam adaptações para reservar e obter água, como as folhas coriáceas e as raízes profundas para atingir o lençol freático.



A RELAÇÃO ENTRE CLIMA E VEGETAÇÃO
Para estudar os principais tipos de vegetação, é importante conhecer sua relação com os demais elementos naturais, como o clima. A variação da temperatura e da umidade é um dos fatores que mais influenciam as formações vegetais.
À medida que diminui tanto a temperatura como a umidade, menos exuberante se torna a vegetação e com menor número de espécies, ou seja, menor biodiversidade. A região intertropical, mais próxima à linha do Equador, reúne o chamado "ótimo climático": altas temperaturas, pluviosidade elevada e luz intensa, propiciando o desenvolvimento das florestas tropicais pluviais, além de milhares vegetais. É o caso da Amazônia, que abriga a mais rica biodiversidade do planeta.
Conforme avançamos para altas latitudes e nos aproximamos nos polos, onde há escassez de luz e baixas temperaturas, a variedade de plantas diminui progressivamente (veja na figura). A tundra, presente no extremo norte da Rússia e do Canadá, é formada por musgos e algumas espécies herbáceas, que surgem nos poucos meses em que a neve derrete.
Mas a ausência da umidade, mesmo em regiões quentes como a zona intertropical, leva à formação de desertos, onde poucas espécies se adaptam. Isso também ocorre em regiões com disponibilidade de água, porém com temperaturas muito baixas a ponto de congelá-la (regiões polares), formando os desertos frios.

SAIBA MAIS

HOTSPOTS - AS ZONAS EM PERIGO
As zonas do planeta mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas de destruição são definidas pelo conceito hotspots (em inglês, em pontos quentes), criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers. São 34 regiões ou biomas, incluindo a Mata Atlântica e o Cerrado brasileiro. Atualmente, elas representam apenas 2,3% da superfície da Terra, mas 50% das espécies de plantas e 42% dos vertebrados terrestres são endêmicas dessas regiões. Os hotspots já perderam 70% da vegetação original.




PARA IR ALÉM

O documentário Home - Nosso Planeta, Nossa Casa, de Yann Arthus-Bertrand, mostra exuberantes imagens aéreas de diversas paisagens e suas transformações decorrentes das ações antrópicas: www.youtube.com/homeproject


Págs. 100, 101, 102, 103, 104 e 105 (GE: GEOGRAFIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)

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