HISTÓRIA:
VESTIBULAR E ENEM



O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A história é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - História: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 4: IDADE CONTEMPORÂNEA - REVOLUÇÃO CHINESA


O GIGANTE COMUNISTA
Sob liderança de Mao Tsé-tung, o movimento revolucionário transformou a sociedade chinesa


Com o fim da II Guerra Mundial e a eclosão da Guerra Fria, o mundo presenciou um conjunto de movimentos revolucionários. Um dos mais importantes ocorreu na China no fim dos anos 1940 e causou grande impacto geopolítico por envolver uma civilização milenar, de grande população e extenso território.


GUERRA CIVIL

A Revolução Chinesa de 1949 foi o resultado de uma longa batalha iniciada logo depois do fim da I Guerra Mundial, em 1921, com a fundação do Partido Comunista Chinês (PCC). Os comunistas consideravam que a instauração da República, em 1911, e a chegada ao poder do Partido Nacionalista não resultaram em um Estado efetivamente soberano e nem proporcionaram reformas sociais profundas que melhorassem a vida dos trabalhadores urbanos e rurais chineses.

Desde então, a China viveu períodos alternados de guerra civil entre nacionalistas e comunistas e períodos de aliança, nos quais esses dois grupos lutaram juntos contra agressões estrangeiras - O Japão invadiu o país durante a década de 1930 e no decorrer da II Guerra Mundial. O fim da II Guerra e a expulsão das forças japonesas do território chinês abriram um novo período de acirrada disputa de poder de nacionalistas e comunistas. 

O líder dos nacionalistas, Chiang Kai-chek (1887-1975), não resistiu ao avanço dos guerrilheiros camponeses comandados pelo líder comunista Mao Tsé-tung. Em 1° de outubro de 1949, Mao proclamou a República Popular da China e reogarnizou o país nos moldes comunistas, com a coletivação das terras e a expropriação das grandes empresas, que passaram para o controle estatal. Chang Kai-chek refugiou-se na Ilha de Taiwan (Formosa) e fundou a República da China.  Ainda hoje, Taiwan se auto-intitula a "verdadeira China", mas é considerada uma "província rebelde" pelo governo de Pequim. 

REVOLUÇÃO CULTURAL

Com a ascensão dos comunistas ao poder, várias tentativas de economia planejada foram implementadas, como o Grande Salto para a Frente (1958-1962), com o objetivo de acelerar o processo de industrialização e modernização da sociedade chinesa. No entanto, o resultado foi um caos econômico, que causou a fome e a morte de milhões de camponeses. Nesse cenário, começaram a surgir críticas, no interior das fileiras do PCC, à liderança de Mao Tsé-tung. Para neutralizar seus opositores e reverter um movimento que considerava ameaçar as conquistas da revolução, Mao desencadeou a Revolução Cultural.

Ele convocou os jovens e, com eles, organizou as Guardas Vermelhas, unidades paramilitares encarregadas de enfrentar os burocratas e o "revolucionismo burguês" e manter vivo o "espírito revolucionário". O grupo, que chegou a ter 11 milhões de integrantes, perseguiu membros rivais do PCC e pessoas acusadas de conservadorismo. As Guardas Vermelhas também combateram o pensamento do filósofo Confúcio (século V a.C.), que durante milênios influenciou a sociedade chinesa. A perseguição a qualquer ideia considerada reacionária, a Revolução Cultural resultou em escolas fechadas, no ataque (não apenas verbal) a intelectuais e no culto exagerado à personalidade de Mao.

As Guardas Vermelhas começaram a perder poder quando racharam em várias facções, cada uma acreditando ser a legítima representante de Mao. A Revolução Cultural foi encerrada após a morte do líder, em 1976. Com isso, abriu-se caminho para a ascensão Deng Xiaoping à chefia do Partido Comunista Chinês. Suas reformas, baseadas na abertura econômica do país ao mercado internacional e no aproveitamento da abundante mão de obra para produzir artigos para a exportação, deram o impulso necessário para a China se transformar na superpotência de hoje.


Pág. 76 (GE - HISTÓRIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)

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