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A seguinte matéria foi escrita por Flávia Furlan, publicada em 19 de agosto de 2015 pela revista EXAME. Todos os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores, e não devem ser copiados sem a divulgação de seus nomes.

"UM ATRASO BILIONÁRIO"
"O feijão transgênico da Embrapa combate uma doença que causa perdas de 2 bilhões de reais por ano. Só falta chegar ao mercado..."


"Os 1 400 produtores de feijão do município de Itaberá, no interior paulista, já chegaram a colher duas safras por ano: uma de abril a maio, outra de novembro a dezembro. De uma década para cá, porém, eles vêm perdendo a primeira colheita. A culpa é da mosca-branca, inseto que prolifera nos campos de soja, para a qual não causa grandes complicações. Mas o inseto transmite ao feijão a doença do mosaico-dourado. 'No início do ano, quando a soja é colhida, a mosca migra para o feijão e acaba com a safra', diz Luis Carlos Godinho, agrônomo da Casa da Agricultura de Itaberá, órgão vinculado à Secretaria da Agricultura paulista.
Não é só em Itaberá que os agricultores sofrem. As perdas nas lavouras de feijão são estimadas em 2 bilhões de reais por ano. A Embrapa desenvolveu uma semente transgênica resistente à doença, aprovada em 2011 pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Normalmente, as sementes estão prontas para a comercialização meses após a aprovação. Não foi o que ocorreu. O processo já dura um ano além do previsto a princípio: ir para o mercado em 2014. Segundo Francisco Aragão, um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, a Embrapa decidiu esperar o aval da CTNBio para iniciar os testes de campo necessários à obtenção do registro da variedade no Ministério da Agricultura, que autoriza o plantio comercial. As empresas privadas poupam tempo fazendo as duas etapas simultaneamente. Um dos motivos alegados pela Embrapa para a demora é que os pesquisadores descobriram que o mosaico-dourado mascara outra praga no feijão. 'Desde que assumi a presidência, trabalho com o prazo de 2016', diz Maurício Lopez, à frente da Embrapa desde 2012. 'Estimativas anteriores foram definidas por gestões anteriores'. Para a consultoria Céleres, a opção transgênica já poderia ter sido adotada em 35% da área cultivada, com ganho de 700 milhões de reais. 'Temos solução para o problema, mas ineficiência em levá-la ao mercado', diz Anderson Galvão, presidente da Céleres."


A matéria acima foi retirada da revista EXAME, edição 1095, ano 49, nº 15, pág. 60. 19 de agosto de 2015. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista EXAME e a Editora Abril.


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