INTERNACIONAL


As informações a seguir, foram retiradas do site do jornal O ESTADO DE S. PAULO, por isso o conteúdo pertence exclusivamente ao site. A divulgação das informações somente tem objetivo de levar conhecimento a todos que acessam o Conhecimento Cerebral.

"UMA SEMANA APÓS AÇÃO DO EI EM PARIS, AL-QAEDA ATACA HOTEL E MATA 21 NO MALI"


"Extremistas ligados à Al-Qaeda invadiram ontem um hotel na capital do Mali, Bamako, em uma ação que deixou pelo menos 21 mortos, segundo o presidente do país, Ibrahim Boubacar Keita. Entre os mortos, estavam dois terroristas. As Forças Armadas francesas combatem extremistas no território malinês, ex-colônia do país, desde 2013. O ataque ocorreu uma semana após os atentados de Paris, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).
Um grupo de radicais armados invadiu o hotel Radisson Blu por volta das 7h (5h em Brasília). Tropas malinesas e da missão de paz da ONU no país (Minusma) invadiram o hotel, mataram os terroristas e libertaram parte dos hóspedes e funcionários após um cerco de cinco horas. A Al-Qaeda no Magreb Islâmico e o Al-Mourabitoun, grupo menor afiliado à rede terrorista fundada por Osama bin Laden, reivindicaram a ação.
Os militantes entraram no hotel, bastante frequentado por estrangeiros, em um carro diplomático e não levantaram suspeitas da equipe de segurança. Eles abriram fogo contra hóspedes e funcionários gritando em árabe 'Deus é maior'. Após tomar os reféns, cerca de 20 pessoas que estavam no hotel foram libertadas após conseguirem recitar trechos do Alcorão, o livro sagrado do islã. Havia 138 pessoas no local, entre elas idosos, mulheres e crianças.
'Eles dirigiam veículos com placas diplomáticas. Como isso é frequente no hotel, os guardas apenas levantaram as cancelas', disse. 'Aí eles abriram fogo e feriram os guardas. Tomaram os reféns e os colocaram no salão principal', afirmou uma das testemunhas.
O presidente malinês cancelou uma viagem ao Chade e retornou ao país após o ataque. 'Não queremos assustar nosso povo, mas temos de aprender a lidar com situações como essa', disse. 'Precisamos permanecer humildes. Ninguém está a salvo do terrorismo'. O Al-Mourabitoun é liderado pelo veterano extremista argelino Mokhtar Belmokhtar, que foi dado como morto em um ataque aéreo dos EUA em junho."


"Resgate. Equipes de segurança isolaram o hotel Radisson, onde estavam hospedados delegados da Organização Internacional da Francofonia e participantes de um encontro previsto para hoje sobre novas tecnologias. As embaixadas dos EUA e da França chegaram a pedir para seus cidadãos em Bamako se abrigarem onde fosse possível. Com o auxílio logístico de especialistas franceses e americanos, uma equipe de soldados malineses e da Minusma preparou o ataque para retomar o prédio. Por mensagens de celular, representações diplomáticas no país avisaram seus cidadãos para procurar abrigo, manter a calma e esperar a invasão militar. Entre os reféns havia, americanos, franceses, indianos, chineses, belgas, turcos, alemães, argelinos e guineenses. A embaixada chinesa em Bamako confirmou que três de seus cidadãos estavam entre os mortos.
'Tropas de Operações Especiais dos EUA ajudaram no resgate dos reféns', disse o coronel Mark Cheadle, porta-voz do comando militar americano na África. 'Nossos militares ajudaram a remover os civis para locais seguros enquanto tropas malinesas garantiam a segurança do hotel'.
No começo da tarde, as tropas decidiram invadir o hotel, esquadrinhando o local andar por andar. Os reféns mortos estavam nos dois primeiros níveis. Muitos dos reféns que foram libertados estavam em choque.
'Vi muitos corpos pelo hotel. É muito horrível o que está ocorrendo', disse um refém francês que não se identificou no canal France 24. 'Eu me escondi no meu quarto o tempo todo e quando ouvi o grito para sair os soldados apareceram'."


"Instabilidade. O país tornou-se alvo de militantes islâmicos a partir de janeiro de 2012, quando radicais ligados à Al-Qaeda roubaram parte do arsenal do líder líbio Muamar Kadafi, deposto e morto no ano anterior, e lançaram uma campanha que tomou cidades  no norte e no centro do país.
Um golpe de Estado, motivado pela insatisfação com a incapacidade das autoridades de deter os islâmicos, derrubou o governo democraticamente eleito em março. Um ano depois, quando os militantes chegaram ao sul do país, a França enviou uma missão militar para a ex-colonia para expulsá-los. Com a presença militar francesa e de outras partes da África Ocidental, o país foi relativamente pacificado e conseguiu realizar eleições em 2013. O norte continua estável. /NYT e REUTERS"


Informações retiradas do jornal O ESTADO DE S. PAULO - EDIÇÃO DIGITAL, nº 44594 - ano 136, pág. A12. Internacional. 21 de novembro de 2015, sábado (Acesso: 21/11/2015)

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